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É comum que mulheres e homens procurem saber sobre sua fertilidade apenas quando encontram dificuldades para engravidar. O ideal é procurar um médico e fazer exames específicos, mas algumas condições podem indicar previamente uma possível infertilidade, como a idade, doenças do sistema reprodutor e hábitos de vida prejudiciais.
Hoje, sabemos que a infertilidade atinge homens e mulheres igualmente. Pesquisas indicam que 30% dos casos de infertilidade são relacionados a fatores masculinos, 30% a fatores femininos, 30% a ambos e 10% não têm causas aparentes, ou seja, são mais difíceis de diagnosticar, embora uma investigação profunda possa indicar as possíveis causas em determinados casos.
Para falar sobre infertilidade, no entanto, é importante saber o que caracteriza essa condição e como ela pode ser investigada.
A definição de “infertilidade” é dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), portanto trata-se de um conceito universal adotado por toda a comunidade científica, facilitando a elaboração de pesquisas para compreender melhor essa condição.
A OMS define infertilidade como “uma doença do sistema reprodutor caracterizada pelo insucesso de alcançar a gravidez após 12 meses de tentativas regulares sem o uso de anticoncepcionais”. É importante destacar que o casal é considerado infértil até que uma gestação chegue a termo. Mesmo que a mulher engravide, o casal ainda não é considerado fértil, caso a gestação não se desenvolva adequadamente.
Isso é importante porque todo o processo de engravidar e da gravidez em si é complexo e muitos são os problemas que afetam a fertilidade. A chance de um casal engravidar em um ano de tentativas é de cerca de 80% e hoje sabemos que a chance maior está nos primeiros seis meses. Embora seja uma porcentagem significativa, ainda há um número expressivo de casais que não conseguem engravidar em um ano, mesmo sendo fértil.
Algumas condições podem levar tanto a mulher como o homem à infertilidade. Por isso, é importante uma investigação profunda. O primeiro passo é verificar a história clínica dos pacientes, sua idade e hábitos de vida.
Pesquisas têm mostrado que a idade afeta tanto a fertilidade da mulher como a do homem, embora de forma mais significativa a da mulher. Depois dos 35 anos, o corpo feminino perde muito da sua capacidade reprodutiva, portanto a idade já é uma condição importante de infertilidade. Se combinada a outros fatores, as chances de gravidez diminuem significativamente. Já o homem tem uma perda mais acentuada da capacidade reprodutiva perto dos 50 anos.
Se a mulher tiver mais que 35 anos e não conseguir engravidar, na maioria dos casos é indicada a reprodução assistida.
Estudos mostram que a infertilidade tem relação com o tabagismo e com o consumo de álcool. Mulheres e homens fumantes ou que façam uso frequente de bebidas alcóolicas têm sua fertilidade reduzida e podem encontrar dificuldades de engravidar. Da mesma forma, mulheres obesas ou com baixo peso têm um índice de infertilidade mais alto.
Portanto, quando um casal está tentando engravidar, é importante que abandonem o tabagismo e o consumo de álcool.
Algumas doenças afetam diretamente a fertilidade e podem dificultar a gestação.
Doenças masculinas:
Cada uma dessas doenças afeta um ou mais órgãos do sistema reprodutor feminino e masculino. Para descobrir as causas de uma possível infertilidade, é necessário realizar exames específicos.
Outras condições também podem afetar a fertilidade, como diabetes, hipertensão, anemia, disfunções da glândula tireoide, entre outras.
Para investigar as causas da infertilidade, o médico solicita exames específicos para a mulher e para o homem. Os exames femininos incluem o ultrassom transvaginal e a histerossalpingografia, além de dosagens hormonais no sangue, que verificam a quantidade dos hormônios relacionados à fertilidade, como FSH, LH, progesterona, testosterona, estrogênio e o anti-mülleriano, que ajuda a avaliar a reserva ovariana, fator essencial para a fertilidade. Os masculinos são, principalmente, o espermograma e a ultrassonografia dos testículos, mas também podem ser solicitados dosagens hormonais e avaliações genéticas, a depender de cada caso.
Esses exames conseguem diagnosticar uma série de condições e doenças que podem causar a infertilidade.
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