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A epididimite é uma infecção do epidídimo, estrutura que liga os testículos ao canal deferente e por onde os espermatozoides passam durante seu processo de amadurecimento. Portanto, em determinados casos, pela proximidade, a infecção pode chegar aos testículos, quando a doença é chamada de epidídimo-orquite.
A epididimite pode ser causada por alguns fatores: bactérias, traumas e, mais raramente, pelo retorno da urina ao epidídimo, muitas vezes em decorrência de traumas.
Os agentes causadores da epididimite bacteriana são, principalmente, a clamídia e a bactéria causadora da gonorreia, transmitidas por contato sexual, mas há outras, como a Escherichia coli e a Ureaplasma sp.
A epididimite também pode ser causada por traumas, principalmente cirurgias realizadas no local, como a vasectomia. Esses traumas podem provocar alterações no aparelho reprodutor masculino e levar a outros tipos de problemas, como o retorno da urina ao epidídimo, que também pode provocar a infecção.
Considerando essas características da doença, alguns homens estão mais expostos ao risco de contraí-la, como os que não utilizam preservativos nas relações sexuais, têm histórico de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) ou de cirurgias na região do trato urinário, principalmente as que requerem a utilização de cateteres.
A epididimite bacteriana pode ser evitada com a utilização de preservativos nas relações sexuais, mas as que são causadas por trauma são mais difíceis de prevenir.
Homens podem contrair a doença em qualquer fase de sua vida, mas observa-se um maior número de casos em homens sexualmente ativos. Isso mostra que a grande maioria de casos da doença é sexualmente transmitida.
Assim como outras doenças, a epididimite pode ser crônica ou aguda. O critério é a duração ou frequência dos sintomas. Se os sintomas se estenderem por mais de seis semanas devido à falta de tratamento ou a doença for reincidente, o diagnóstico é de epididimite crônica.
Muitas IST têm sintomas semelhantes, portanto é sempre fundamental fazer uma investigação profunda dos sintomas para que o tratamento seja o mais adequado possível:
Uma vez que o epidídimo armazena e faz o transporte dos espermatozoides, a doença pode provocar a infertilidade.
Geralmente, o homem procura um médico apenas quando os sintomas estão presentes. No exame físico, que às vezes é suficiente para o diagnóstico da epididimite, pode-se observar testículos com volume aumentado, corrimento pela uretra e alteração nos gânglios linfáticos da virilha.
No entanto, há casos em que o exame físico não é conclusivo e há a necessidade da realização de outros exames, como:
O tratamento da epididimite, assim como o de muitas infecções bacterianas, é feito com antibióticos, que são prescritos de acordo com a causa da doença. O médico examina o paciente e os resultados dos exames para indicar o medicamento mais adequado com a melhor posologia. Geralmente, o tratamento leva cerca de 10 dias e deve ser feito até o fim, pois a infecção não totalmente curada pode reincidir e causar outros problemas, inclusive infertilidade.
Se o paciente sentir dor, o médico pode prescrever anti-inflamatórios e analgésicos também e recomendar repouso.
A parceira do paciente também deve procurar um médico para verificar se não contraiu a doença, já que se trata de uma IST.
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