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A azoospermia é uma das condições mais graves de infertilidade. Acontece quando não há espermatozoides no sêmen ejaculado, inviabilizando a fecundação e, consequentemente, a gravidez. Por não apresentar sintomas, com exceção da infertilidade, o homem geralmente procura um médico apenas quando está tentando ter filhos e encontra dificuldades para engravidar sua parceira.
Uma condição também importante é a oligozoospermia, que é a quantidade de espermatozoides no sêmen inferior aos parâmetros de normalidade, que é de 15 milhões por mL, mas não a sua ausência. Quanto mais baixa a quantidade, mais severa é a condição. Essa diferenciação é importante porque indica problemas e opções de tratamentos diferentes.
Há dois tipos de azoospermia: obstrutiva e não obstrutiva. A primeira indica que o homem está com algum distúrbio no transporte dos espermatozoides. Já a segunda indica uma deficiência na produção dos gametas. Cada uma tem suas características e são tratadas de uma maneira específica.
Também chamada de excretora, a azoospermia obstrutiva é uma condição causada por um problema no transporte dos espermatozoides. As causas são diversas:
Nesses casos, os gametas são produzidos pelos testículos e armazenados no epidídimo, mas não conseguem chegar à vesícula seminal pela obstrução ou ausência do canal deferente.
Se o homem estiver com planos de ter filhos e apresentar azoospermia obstrutiva, mesmo os vasectomizados, existem técnicas microcirúrgicas (aspiração ou biópsia testicular) que conseguem coletar os espermatozoides diretamente dos túbulos seminíferos, que fazem a espermatogênese, ou do epidídimo, que armazena e faz o processo de amadurecimento dos gametas depois de produzidos, para utilização em técnicas de reprodução assistida com altas taxas de sucesso, principalmente da fertilização in vitro (FIV) com injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI). As técnicas são: PESA, MESA, TESE e Micro-TESE. O médico avalia qual é a mais adequada para o caso.
No caso da vasectomia, existe a possibilidade de reversão do procedimento, mas o médico também deve estudar as possibilidades de sucesso, de acordo com alguns fatores, como a idade da parceira e o tempo decorrido da cirurgia original.
A azoospermia não obstrutiva é uma condição causada por um distúrbio na produção dos espermatozoides. As possíveis causas são:
Dependendo da causa da azoospermia não obstrutiva, é possível tratar, como no caso de doenças ou traumas, mas em outras situações a única forma de obter espermatozoides é por técnicas cirúrgicas, que, no entanto, apresentam taxas de sucesso mais reduzidas do que na azoospermia obstrutiva.
A principal e mais grave consequência da azoospermia é a infertilidade. Dentro dessa abordagem, a azoospermia não obstrutiva é a mais grave, pois dificulta a obtenção de espermatozoides diretamente dos testículos ou epidídimo.
O médico é o profissional capaz de avaliar cada caso e propor o melhor tratamento ou técnica cirúrgica para obtenção de espermatozoides para utilização em técnicas de reprodução assistida.
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