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FIV: conheça mais sobre a transferência embrionária, última etapa do procedimento

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Chamamos de fecundação o encontro entre óvulo e espermatozoide, que marca o início da formação de um novo ser humano. Nela, os gametas de ambos os pais, contendo o material genético de cada um, unem-se e formam uma célula primordial completa, chamada zigoto.

Essa célula primordial sofre sequenciais divisões e multiplica-se, passando a ser denominada de embrião. A fecundação acontece de forma natural, mas também pode ser realizada em laboratório no contexto da fertilização in vitro (FIV).

Durante a fase embrionária, a multiplicação celular vai dando origem aos primeiros tecidos que formarão os órgãos do futuro bebê, num processo chamado organogênese, que se estende até a oitava semana de gestação. A partir da nona semana até o parto, que ocorre por volta da 38ª semana de gestação, o indivíduo em formação passa a ser chamado de feto.

As técnicas de reprodução assistida são importantes instrumentos para auxiliar o processo de fecundação, chegando, inclusive, a reproduzir o momento em ambiente laboratorial, como é o caso da FIV. Para compreender melhor a técnica, é preciso conhecer profundamente suas diferentes etapas.

Esse texto aborda com mais profundidade a transferência embrionária, uma etapa fundamental para o sucesso do tratamento. Acompanhe o texto até o final e saiba mais sobre o assunto!

Formação dos embriões na FIV

A FIV é uma técnica de reprodução assistida de alta complexidade e oferece a possibilidade de monitorar e intervir no processo inicial de fecundação e formação dos embriões, aumentando as chances de gravidez. A fecundação é o encontro do óvulo com o espermatozoide. Na FIV, isso é feito em laboratório, dando origem aos embriões.

Os gametas utilizados na FIV podem ser fornecidos pelo próprio casal que se submete a essa técnica ou por doação de óvulos e espermatozoides. Assim como os gametas, os embriões também podem ser recebidos por doação, ótima opção para os casais inférteis que não conseguem utilizar os próprios por qualquer razão.

Os embriões são formados, na FIV, após a fecundação, que é feita em uma placa de cultivo contendo meio de cultura adequado. O embriologista insere individualmente os espermatozoides em cada óvulo disponível com auxílio de uma agulha especial, técnica chamada ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide).

Etapas da FIV

De forma geral, o tratamento por FIV é dividido em 5 etapas:

Entenda como a transferência embrionária é realizada

Muitas mulheres se preocupam de forma especial com a fase de transferência embrionária, receando que o procedimento seja invasivo, que cause dor ou que seja necessário o uso de anestesia e internação, comprometendo sua rotina diária. Vamos esclarecer como é feita em detalhes, para que a ansiedade em relação a esse momento não prejudique a saúde emocional da mulher e o sucesso do procedimento.

A transferência embrionária é o último estágio da FIV e consiste em depositar os embriões em desenvolvimento no útero próximo ao endométrio, de forma eficiente e com o mínimo de traumas possível, para que o processo de implantação aconteça naturalmente. A transferência é indolor, por isso dispensa anestesia ou internação. Causa apenas um pequeno desconforto, que pode ser comparado com o de um exame papanicolaou.

Pode ser feita tanto com embriões a fresco, logo após a coleta de gametas e fertilização, quanto com embriões previamente congelados, que são descongelados pouco antes do procedimento. Algumas mulheres precisam, nessa fase, de uma preparação endometrial para receber os embriões.

Na gestação natural, o embrião migra para o útero entre o 5° e o 7° dia após a fecundação, por isso, na reprodução assistida, a transferência pode ser feita também próximo a esse período, entre o 2º e o 6º dia. No entanto, também pode-se transferir embriões no 3º dia de desenvolvimento.

Como preparação, a mulher precisa estar com a bexiga cheia, o que cria uma espécie de “câmara acústica” melhorando a visualização fornecida pelo ultrassom.

A mulher deve ficar em posição ginecológica e o médico introduz um fino cateter de plástico flexível pelo orifício externo do colo uterino e o deixa corretamente posicionado. Esse é o cateter externo.

Depois, o embriologista dá ao médico um outro cateter, o interno, que vai ser inserido por dentro do cateter externo já posicionado. É nesse cateter interno que estão os embriões em meio de cultura e pelo qual eles passam para que sejam depositados no útero, perto do endométrio. Os embriões são então depositados no útero por esse cateter e o procedimento está terminado.

A transferência embrionária é acompanhada por ultrassom, fornecendo imagens ao vivo que auxiliam tanto na manipulação dos embriões quanto mostram detalhes do processo para a mulher ou o casal que está em tratamento.

A mulher pode voltar para casa no mesmo dia e no seguinte à transferência embrionária já pode prosseguir com a rotina normal, inclusive profissional. É comum que haja ansiedade nos primeiros dias, sendo importante que o casal siga as orientações médicas.

Número de embriões

Tendo em vista que muitas vezes o embrião encontra dificuldade na implantação no útero, inclusive em gestações conseguidas de forma natural, na FIV é selecionado um número maior de embriões.

A idade da mulher é o que determina a quantidade de embriões a serem transferidos, sendo três o número limite num único ciclo de FIV. Esse limite tem como objetivo diminuir as chances de gestações múltiplas, que podem trazer riscos para a mulher e para os fetos.

Se houver a confirmação de que os embriões são euploides por teste genético, apenas 2 embriões podem ser transferidos, independentemente da idade da mulher.

Essas regras são determinadas pela do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Criopreservação

A criopreservação é uma técnica de conservação por congelamento de gametas, embriões e tecidos gonádicos. O objetivo é manter esses materiais até que o casal queira engravidar.

Na FIV, em alguns ciclos de tratamento, o número de embriões formados é maior que o de transferidos ao útero. Se houver embriões excedentes, eles devem ser criopreservados por pelo menos 3 anos e podem ser utilizados no futuro para uma nova gestação ou doados para casais inférteis que estejam em tratamento.

Entenda melhor todas as etapas da FIV tocando aqui.

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