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Estradiol: o que é?

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O estradiol é um hormônio importante para a fertilidade feminina, sendo considerado o estrogênio predominante na maior parte da vida reprodutiva da mulher.

Assim como a maior parte dos hormônios, o estradiol induz outras atividades metabólicas, como a multiplicação celular do endométrio, o crescimento do folículo dominante e o controle da produção de gonadotrofinas.

Entenda melhor o que é o estradiol com a leitura do texto a seguir.

Os estrogênios são um grupo de hormônios esteroides

A formação dos hormônios acontece segundo um mecanismo metabólico, ou seja, algumas moléculas base iniciam uma sequência de transformações, mediadas por enzimas e outros fatores, em novas moléculas, com funções específicas.

O colesterol é uma dessas moléculas base, presente principalmente nas membranas de praticamente todas as células do corpo. Além disso, o metabolismo do colesterol é essencial desde o desenvolvimento fetal até o final da vida de homens e mulheres.

Diversas moléculas são derivadas das etapas de metabolismo do colesterol, principalmente os sais biliares, a vitamina D e os hormônios esteroides:

  1. Cortisol: produzido pelas glândulas adrenais e envolvido com o controle do sódio e potássio;
  2. Aldosterona: produzida pelas glândulas adrenais e envolvida com o metabolismo de lipídeos e açúcares, formação de células imunológicas, colágenos, células da pele e o funcionamento do sistema nervoso central;
  3. Hormônios sexuais: produzidos nos ovários e testículos, controlam a fertilidade.

Os principais hormônios sexuais são a testosterona e seus derivados, produzidos em maior quantidade pelos homens, além da progesterona e do grupo de estrogênios, predominante nas mulheres.

Estradiol: o principal estrogênio do ciclo menstrual

Os estrogênios participam das funções associadas à fertilidade das mulheres. Além do estradiol, o corpo feminino também produz mais dois tipos de estrogênios: o estriol e a estrona.

O estradiol é o estrogênio mais potente e predominante na vida das mulheres como um todo, por ser produzido a cada ciclo menstrual entre a puberdade e a menopausa, e em quantidades grandes.

Já o estriol é o estrogênio predominante da gestação, produzido pela placenta somente durante a gravidez, e a estrona é um dos poucos tipos de estrogênio que continua sendo produzido após a menopausa, sendo por isso predominante até o final da vida da mulher.

O estradiol desempenha diversas funções na fertilidade das mulheres

A produção de estradiol durante cada ciclo menstrual não é constante, mas oscilante, ou seja, em alguns momentos do ciclo o estradiol é produzido em grandes quantidades e em outros momentos sua produção é interrompida.

Contudo, é importante saber que tanto a presença quanto a ausência do estradiol promovem eventos celulares e hormonais essenciais para o ciclo menstrual e a fertilidade.

O estradiol é produzido pela atividade das gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) sob as células dos folículos ovarianos na fase folicular do ciclo – ou seja, entre a menstruação e a ovulação.

Nesse período, o estradiol participa diretamente do crescimento do folículo dominante – único, entre os folículos recrutados, que participa efetivamente da ovulação – e induz as células do endométrio à multiplicação, tornando este tecido mais espesso.

A própria ovulação é disparada quando as gonadotrofinas e o estradiol atingem um pico máximo de concentração simultaneamente, induzindo o rompimento do folículo dominante e a liberação do óvulo.

Na fase lútea – ou seja, entre a ovulação e a chegada de uma nova menstruação –, a progesterona passa a ser predominante e, além de atuar diretamente no preparo endometrial, também inibe a secreção de FSH e LH, interrompendo a produção de estradiol.

Ainda no início da fase lútea, o estradiol que resta da fase folicular desempenha alguma atividade no útero, mas sua concentração cai gradualmente – assim como a concentração de progesterona, caso o óvulo não seja fecundado naquele ciclo –, até atingir o rebaixamento mínimo que desencadeia a menstruação.

Alterações na secreção de estradiol podem afetar a fertilidade das mulheres

O estradiol é um estrogênio essencial para diversos aspectos da fertilidade das mulheres: do amadurecimento e crescimento do óvulo ao preparo do endométrio e sua descamação para a menstruação, a cada ciclo reprodutivo.

Isso significa que o estradiol desempenha funções associadas ao crescimento celular (quando participa do crescimento do folículo e do óvulo antes da ovulação) e à multiplicação celular (quando induz o endométrio a se multiplicar)

Assim, inicialmente, as alterações na produção de estradiol podem provocar danos à fertilidade, prejudicando a ovulação e o preparo endometrial, como acontece na SOP (síndrome dos ovários policísticos).

Nesta síndrome metabólica, alterações na produção das gonadotrofinas levam à diminuição na produção de estradiol, simultaneamente ao aumento na concentração de testosterona.

Além disso, as doenças estrogênio-dependentes – como mioma, pólipo e endometriose – também envolvem o estradiol, mas neste caso as alterações não estão associadas à produção deste hormônio, mas a sua atividade.

Nessas doenças, observamos a formação de estruturas tumorais, na maior parte das vezes benignas e compostas por tipos celulares diferentes, embora específicos para cada doença e todos com receptores para estradiol.

Nesse sentido, essa classificação das doenças estrogênio-dependentes deve-se ao fato de que o estradiol é o hormônio que induz o crescimento e a inflamação de todas as estruturas tumorais dessas doenças.

Entenda como o estradiol participa dos tratamentos com reprodução assistida

Em geral, todas as técnicas de reprodução assistida, das menos complexas, como a RSP (relação sexual programada) e a IA (inseminação artificial), até a FIV (fertilização in vitro), técnica de alta complexidade, contam com uma etapa inicial de estimulação ovariana – que pode utilizar análogos de hormônios como o estradiol.

Na estimulação ovariana, a mulher recebe uma medicação hormonal diária, aproximadamente entre o 1º e o 12º dias do ciclo, com objetivo de induzir o crescimento e amadurecimento do folículo dominante. Para isso, pode-se utilizar análogos das gonadotrofinas e estradiol.

Além disso, como a FIV permite a fecundação fora do corpo da mulher e o congelamento dos embriões, é possível trabalhar o preparo endometrial com estradiol e progesterona.

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