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O que é LH e qual sua função no ciclo menstrual?

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LH (luteinizing hormone) ou hormônio luteinizante é um hormônio produzido pela hipófise, que exerce um papel fundamental na vida reprodutiva de mulheres e homens.

Nas mulheres, induz o amadurecimento dos folículos, ovulação e produção de progesterona. LH e FSH (follicle stimulating hormone) ou hormônio folículo-estimulante são as duas principais gonadotrofinas: hormônios proteicos que, além da fertilidade, também são importantes para o desenvolvimento normal na puberdade.

O LH atua com o FSH em todas as fases do ciclo menstrual, embora esteja presente em maior concentração durante a fase ovulatória. Seus níveis, quando equilibrados, estimulam a liberação do óvulo, que pode ser fecundado pelo espermatozoide. A alteração dos níveis pode dificultar ou inibir a concepção.

Veja neste texto a função do LH no ciclo menstrual, as consequências do desequilíbrio hormonal e a solução proporcionada pelos tratamentos de reprodução assistida.

Como ocorre o ciclo menstrual?

O ciclo menstrual é dividido em três fases importantes para o sucesso da gravidez: folicular, ovulatória e lútea.

Na fase folicular, o crescimento dos folículos é estimulado. Geralmente apenas um deles amadurece e ovula. Nos ciclos de 28 dias, a fase folicular inicia no primeiro dia e dura até o 13º.

No 14º dia, na fase ovulatória, o óvulo é liberado e permanece nas tubas uterinas por 24 a 36 horas, quando a fase lútea começa, no 15º dia do ciclo menstrual, e dura até o 28º.

Se não ocorrer a fecundação, o óvulo se desintegra, os níveis hormonais diminuem, provocando a descamação do endométrio e a menstruação. Um novo ciclo então tem início.

Como o LH atua no ciclo menstrual?

O ciclo menstrual funciona com a secreção alternada de quatro hormônios: LH, FSH, estradiol e progesterona. O LH, entretanto, atua em todas as fases.

Quando o ciclo inicia, no primeiro dia da menstruação, pequenas quantidades de FSH e LH são liberadas. O FSH estimula o crescimento dos folículos com a ajuda do LH, importante para a maturação deles. Vários folículos são estimulados, porém apenas um se desenvolve, amadurece e libera o óvulo.

À medida que os folículos se desenvolvem, há um aumento de estradiol, que proporciona o espessamento do endométrio, necessário para implantação adequada do embrião.

O estradiol atinge o seu pico na metade do ciclo, provocando a elevação dos níveis de LH e o rompimento do folículo para a liberação do óvulo, normalmente no 14º dia do ciclo menstrual, na fase ovulatória.

Após a ovulação, na fase lútea, também chamada fase secretora, o LH estimula as células do folículo ovariano rompido a se transformarem em corpo-lúteo, responsável pela secreção de estradiol e de quantidades elevadas de progesterona, fundamental para o desenvolvimento da gestação e formação da placenta.

Quando não ocorre a fecundação, os níveis de estradiol e progesterona caem e causam a diminuição dos de LH e FSH, a desintegração do corpo-lúteo e a descamação do endométrio.

Alterações nos níveis de LH comprometem a liberação do óvulo, formação do corpo-lúteo e, consequentemente, o sucesso da gravidez.

Por outro lado, para mulheres que estão tentando engravidar, o pico de LH é um indicativo importante da fase ovulatória. Cerca de 12 horas após a elevação dos níveis, ocorre a ovulação.

Quais são as consequências do desequilíbrio hormonal?

Um desequilíbrio hormonal é caracterizado por qualquer alteração em excesso ou diminuição nos níveis dos hormônios no corpo, afetando suas funções. Na saúde reprodutiva feminina, o desequilíbrio provoca irregularidades no ciclo menstrual.

São classificadas como irregularidades menstruais a ausência de períodos (amenorreia), a falta de frequência menstrual (oligomenorreia), o sangramento excessivo (menorragia) e quando há sangramento menstrual prolongado e períodos dolorosos (dismenorreia).

Irregularidades no ciclo menstrual resultam em disfunção da ovulação e dificuldades para engravidar. A incapacidade de ovular, por exemplo, é considerada a causa mais comum de infertilidade feminina e ocorre em quase a metade das mulheres com infertilidade.

Alterações nos níveis de LH, além de interferirem no funcionamento das fases do ciclo menstrual, também podem indicar outros problemas, que dificultam a concepção.

Embora os níveis elevados sejam normais na fase ovulatória e durante a menopausa, níveis constantemente altos podem ser indicativos de condições como a falência ovariana prematura (menopausa precoce) ou a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Já a redução de LH pode resultar em falha no funcionamento das gônadas, glândulas sexuais masculinas e femininas (testículos e ovários).

A condição é conhecida como hipogonadismo, caracterizada pela produção inadequada de hormônios sexuais, como a testosterona nos homens e o estradiol nas mulheres. O problema é sinalizado pela ausência de fluxo menstrual ou amenorreia.

Mulheres com infertilidade provocada por alterações hormonais e, consequentemente, distúrbios ovulatórios podem, entretanto, buscar tratamentos de reprodução assistida para aumentar as chances de gravidez.

Nas três técnicas, a estimulação ovariana garante o desenvolvimento de uma quantidade maior de folículos. O tratamento é indicado de acordo com a causa que provocou o problema e a idade da mulher.

As técnicas de baixa complexidade – relação sexual programada (RSP) e inseminação intrauterina (IIU) – são indicadas para mulheres com até 35 anos, que ainda possuam uma boa reserva ovariana, uma vez que os ciclos são minimamente estimulados com o propósito de obter até três óvulos.

A fertilização in vitro (FIV), de alta complexidade, além de ser ideal para mulheres em idade mais avançada, é a técnica indicada quando há problemas mais graves de infertilidade, feminina ou masculina.

Na FIV, como a fecundação ocorre em laboratório, os ciclos são estimulados com o propósito de obter até 10 óvulos, aumentando as chances de embriões formados e de uma gravidez bem-sucedida.

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