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Hidrossalpinge: saiba tudo sobre a doença

Pólipo endometrial e infertilidade: saiba mais sobre o assunto

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Pólipo endometrial é uma das causas de infertilidade feminina, além de oferecer outros
riscos à saúde da mulher. Sendo assim, geralmente é uma doença que requer intervenção
cirúrgica.

Existem inúmeras outras condições que podem afetar a capacidade reprodutiva do casal. A
proporção de casos de infertilidade masculina e feminina é semelhante. Além disso, alguns casais
não apresentam nenhuma limitação orgânica, mas ainda assim não conseguem concretizar o
objetivo de gravidez.

Para muitas das condições identificadas na investigação da infertilidade conjugal, existe
tratamento. Caso a intervenção com medicação ou cirurgia não seja suficiente para restaurar a
fertilidade espontânea, existe a reprodução assistida, que trabalha com técnicas que podem
superar uma ampla gama de disfunções reprodutivas.

Confira, neste post, o que é pólipo endometrial, por que essa doença pode causar
infertilidade e quando a cirurgia é indicada!

O que é pólipo endometrial?

Pólipos endometriais são nódulos que se formam no endométrio (revestimento da parte
interna do útero). O crescimento anormal das glândulas endometriais leva ao surgimento dessas
projeções, que podem se desenvolver com várias características: de forma isolada ou em
multiplicidade; com tamanhos variados; sésseis (rentes à base do endométrio) ou pediculados
(ligados à camada basal por uma haste).

O útero é o órgão que abriga, protege e fornece nutrição ao feto, desde a nidação até o momento
do parto. É justamente no tecido endometrial que o embrião se implanta, marcando o começo
da gestação. Portanto, esse tecido deve estar em condições favoráveis para a implantação
embrionária e para a manutenção da gravidez.

Alterações no útero, como os pólipos endometriais, oferecem risco à fertilidade da mulher.
Além disso, embora o risco seja muito baixo, esses nódulos podem sofrer modificações malignas,
evoluindo para um câncer de endométrio.

Mulheres com mais de 40 anos, inclusive as que já passaram pela menopausa, são mais
suscetíveis ao desenvolvimento de pólipos endometriais. Entretanto, as mais jovens, que
ainda têm planos de gravidez, também podem ter a doença.

 

As causas dos pólipos não estão completamente elucidadas, mas acredita-se que tenham origem
em alterações hormonais. A expressão reduzida de receptores de progesterona permite que os
níveis de estrogênio aumentem de modo anormal. A ação estrogênica é responsável pela
proliferação das células endometriais.

Também existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento dos pólipos endometriais,
incluindo:

• idade superior a 40 anos;
• obesidade;
• inflamação no endométrio (endometrite);
• terapia de reposição hormonal;
• uso de tamoxifeno, medicação usada no tratamento do câncer de mama.

 

Quais são os sinais e sintomas dos pólipos?

As portadoras de pólipos trazem relatos variados referentes à sintomatologia da doença. Uma
parcela dos casos também é assintomática. Contudo, o sintoma mais referido é o sangramento
uterino anormal, que pode ocorrer tanto em mulheres que ainda estão em idade reprodutiva
quando naquelas que já passaram pela menopausa.

O sangramento anormal é um fator que motiva a busca por avaliação médica entre as mulheres
na pós-menopausa, pois nessa fase já não há mais fluxo menstrual. Quanto às que estão em
idade fértil, o sintoma está relacionado às seguintes alterações:

• fluxo abundante e por período prolongado;
• escapes de sangue fora do período menstrual;
• sangramento após a relação sexual.

A infertilidade também é um indício de pólipos endometriais. As pacientes que ainda
desejam engravidar são indicadas ao tratamento cirúrgico, muitas vezes aliado às técnicas de
reprodução assistida.

 

Por que os pólipos endometriais devem ser retirados?

 

Os pólipos endometriais devem ser retirados por vídeo-histeroscopia cirúrgica, técnica que
possibilita a visualização direta da cavidade uterina. A indicação para a cirurgia é feita
principalmente quando a mulher tem intenção de engravidar ou apresenta fatores de risco para
a transformação maligna dos pólipos.

A infertilidade nesses casos ocorre porque os nódulos modificam a superfície do endométrio,
reduzem a receptividade uterina e dificultam a implantação do embrião. A doença também é uma das causas de aborto de repetição. Por todas essas razões, é necessário retirar os pólipos
antes das tentativas de gravidez — tanto na reprodução espontânea quanto na reprodução
assistida.

A fertilização in vitro (FIV) é a técnica de reprodução assistida que pode aumentar as chances
de gravidez quando a mulher apresenta disfunções uterinas. É indicada se houver diagnóstico
de pólipos endometriais, mioma, adenomiose, endometriose, malformações congênitas no
útero e endometrite. Também é o tratamento mais promissor em casos de idade materna
avançada, baixa reserva ovariana, obstrução tubária e infertilidade masculina.

Enfim, a lista de indicações da FIV é longa, assim como suas taxas de sucesso são bem
expressivas. Isso se deve à vasta quantidade de técnicas empregadas para contornar fatores
específicos de infertilidade.

Por mais que a FIV seja bem-sucedida em grande parte dos casos e que seja realizada com
técnicas avançadas que superam diversas situações de infertilidade, o resultado positivo
depende da retirada dos pólipos endometriais. Dessa forma, a superfície endometrial é
restaurada, tornando o ambiente uterino favorável para a implantação de um embrião.

Quer conhecer outras doenças que afetam as chances de gravidez? Leia nosso texto sobre
infertilidade feminina!

 

 

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