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A anovulação é um distúrbio ovulatório em que a mulher não libera o óvulo para ser fecundado, ou seja, é a ausência da ovulação, processo essencial para que a mulher possa engravidar. A anovulação pode ser crônica ou intermitente.
Para ser fértil, a mulher precisa estar com os hormônios e o sistema reprodutor normais, funcionando em equilíbrio e harmonia. Se houver algum desequilíbrio, problemas ou deficiências podem surgir, como a anovulação.
No texto de hoje, será abordada a anovulação, o ciclo menstrual, a ovulação, situações que podem levar a essa condição e sua relação com a infertilidade feminina.
O processo ovulatório é regido pelo ciclo menstrual. Qualquer tipo de variação no funcionamento pode causar problemas de fertilidade.
Ciclo menstrual é o nome que se dá a alterações fisiológicas que ocorrem nas mulheres durante a fase reprodutiva, preparando o corpo para um possível gravidez.
Durante o ciclo menstrual, por exemplo, vários folículos crescem, um deles desenvolve, amadurece e rompe liberando o óvulo para que ele possa ser fecundado por um espermatozoide nas tuba uterinas. Em média, esse ciclo dura 28 dias, começa no primeiro dia da menstruação e termina quando a menstruação do ciclo seguinte inicia.
As fases de um ciclo menstrual são:
A fase folicular inicia no primeiro dia da menstruação e geralmente dura até o 13º. Nessa fase, há aumento da produção do FSH (hormônio folículo-estimulante). Esse hormônio tem como função estimular o crescimento dos folículos, que são como bolsas que contêm o óvulo em desenvolvimento.
Conforme o folículo cresce, o ovário libera estrogênio, hormônio responsável por preparar o endométrio para uma provável fecundação e consequente gravidez. A preparação do endométrio provoca um espessamento da camada, tornando-a mais adequada à fixação do embrião e início da gravidez.
Assim que um folículo atinge o tamanho ideal, está maduro. Nesse momento, a hipófise passa a estimular os ovários a produzirem o hormônio luteinizante (LH), responsável pela ovulação.
Nessa fase, os níveis de estrogênio continuam a aumentar e levam o organismo feminino a produzir o LH, que provocará o rompimento do folículo dominante, aquele que apresenta o tamanho ideal para liberar o óvulo.
Ao rompimento do folículo se dá o nome de ovulação, que ocorre, em ciclos regulares, por volta do 14º dia do ciclo menstrual.
Após a sua liberação, o óvulo é captado pelas tubas uterinas, onde permanece por 24h. Caso não seja fecundado pelo espermatozoide, é eliminado durante a menstruação. Se houver a concepção, o embrião formado migra até o útero e depois de alguns dias se fixa no endométrio.
A fase lútea é a última do ciclo menstrual. Nesse período, o folículo que antes abrigava o óvulo, passa a produzir progesterona em maiores quantidades, como forma de manter o preparo uterino para uma possível gestação.
Nessa fase, ocorre também um aumento de estrogênio, que pode causar alterações de humor, sensibilidade nas mamas e inchaços localizados.
Caso a fecundação não ocorra, o folículo degenera e os níveis de estrogênio e progesterona diminuem até que a camada funcional do endométrio seja eliminada, marcando o início da menstruação e de um novo ciclo menstrual.
Caso o óvulo seja fecundado, ele se adere à parede uterina, fazendo com que o organismo da mulher produza hCG, hormônio responsável por manter o folículo produzindo altas doses de estrogênio e progesterona para manter o revestimento uterino até que a placenta seja formada.
Para compreender o conceito de anovulação, é importante saber o que é ovulação. A ovulação é o processo de liberação do óvulo após o crescimento do folículo até se tornar maduro.
A ovulação ocorre geralmente no 14º dia de um ciclo menstrual regular e é fundamental para que haja a fecundação. Sem a ovulação, não é possível a gravidez.
A anovulação, portanto, é a não liberação do óvulo pelo ovário, podendo ocorrer por uma série de motivos. Entre as principais causas da anovulação, pode-se citar:
A anovulação possui relação direta com a infertilidade feminina. Entretanto, existem tratamentos capazes de reverter essa condição de saúde, e mesmo quando intervenções médicas não conseguem tratar o problema, a mulher ainda pode ter filhos com o auxílio de técnicas de reprodução assistida.
Atualmente, existem diversas técnicas de reprodução assistida, que podem ajudar as mulheres com anovulação a ter filhos. As mais indicadas nesse caso são:
A ovodoação e doação de embriões são complementares ao tratamento de FIV, ou seja, podem apenas ser utilizadas nessa técnica, única em que a fecundação acontece de forma artificial, em laboratório e os embriões são posteriormente transferidos ao útero para implantar naturalmente.
Ambas são particularmente importantes para mulheres que não podem engravidar com óvulos próprios, assim como para casais homoafetivos masculinos e homens solteiros terem filhos biológicos.
Toda mulher que nutre o desejo de ser mãe precisa saber o que é anovulação. Por isso, compartilhe as informações desse texto em suas redes sociais para que mais mulheres conheçam essa condição.
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