Dra. Fernanda Valente | Reprodução Humana SP | WhatsApp
Agendar Consulta | (11) 99991-2499 | Telefone: (11) 3842-9532
Hidrossalpinge: saiba tudo sobre a doença

Espermograma: quais podem ser os diagnósticos baseados nos resultados

1464


Para a maior parte dos homens com dificuldades reprodutivas, a investigação em busca das causas da infertilidade masculina começa pelo espermograma, em exame laboratorial que avalia a qualidade do sêmen.

Em linhas gerais, o espermograma mensura aspectos do sêmen – concentração de espermatozoides e sua integridade, pH, viscosidade e taxa de liquefação, entre outros –com os quais se pode entender como está o aparelho reprodutivo masculino.

Com o panorama oferecido pelo espermograma, é possível levantar hipóteses mais seguras sobre a saúde reprodutiva masculina e as possíveis causas da infertilidade – e, consequentemente, delinear os melhores tratamentos para cada caso.

Este texto tem como objetivo mostrar a abrangência do espermograma, inclusive as doenças que podem ser diagnosticadas com ele e como seus resultados influenciam a escolha dos melhores tratamentos para infertilidade masculina.

Boa leitura!

Como é feito o espermograma?

Como comentamos, o espermograma é um exame laboratorial que avalia a qualidade do sêmen, analisando seus aspectos quantitativos e qualitativos, a partir de uma amostra coletada por masturbação.

As principais variáveis analisadas pelo espermograma incluem a concentração de espermatozoides no sêmen, sua capacidade de motilidade e os aspectos morfológicos dessas células, o pH do líquido ejaculado, bem como a aparência geral do sêmen (cor, viscosidade etc.), sua capacidade de liquefação e a presença ou ausência de leucócitos (que indicam infecções).

Alterações nesses parâmetros normalmente indicam problemas na formação dos espermatozoides, na composição do líquido ejaculado ou no trajeto percorrido pelo sêmen durante a ejaculação. Essas doenças podem causar infertilidade por alterações nos padrões seminais, identificados pelo espermograma, e podem ter origens genéticas ou adquiridas, tratáveis ou não.

É importante lembrar que, embora as variáveis analisadas sejam consideradas determinantes para estabelecer a boa qualidade do sêmen, nem sempre o espermograma é suficiente. Parâmetros como a estabilidade genética dos espermatozoides só podem ser mensurados por outros exames, como o teste de fragmentação do DNA espermático.

O que são alterações seminais?

As alterações seminais incluem todos os problemas associados à qualidade do sêmen e seus componentes. Vamos conhecer as alterações seminais mais frequentes quando se fala em infertilidade masculina.

Azoospermia e oligozoospermia

Por definição, oligozoospermia é uma condição em que o sêmen apresenta uma concentração baixa de espermatozoides, enquanto azoospermia é a ausência de espermatozoides no líquido ejaculado, porém essas condições podem ser resultantes de diversas e distintas causas.

A azoospermia do tipo obstrutiva é provocada por interrupções nos ductos deferentes e epidídimos, que impedem a união entre os espermatozoides produzidos nos túbulos seminíferos e os líquidos glandulares, para a formação do sêmen.

As obstruções que levam à azoospermia podem ter origens genéticas, com malformações, ou adquiridas, como as cicatrizes e aderências deixadas por algumas ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), especialmente a clamídia e a gonorreia.

Porém a ausência de espermatozoides também pode ser decorrente de problemas na espermatogênese e normalmente estão associadas alterações genéticas e hormonais, que provocam azoospermia não obstrutiva.

A varicocele é uma doença genética que causa azoospermia não obstrutiva, com alta incidência na população em idade fértil. Nessa doença, os vasos da rede venosa que irriga o cordão espermático possuem defeitos em suas válvulas, fazendo com que o sangue se acumule.

A estagnação do sangue leva ao aumento da pressão e da temperatura interna dos testículos, prejudicando a espermatogênese.

A oligozoospermia pode estar associada aos mesmos mecanismos que desencadeiam a azoospermia, mas em fases iniciais ou nos casos mais leves.

Astenozoospermia e teratozoospermia

O espermograma é capaz de avaliar a capacidade de motilidade dos espermatozoides e sua morfologia, imprescindíveis para garantir que essas células exerçam suas funções dentro do aparelho reprodutivo feminino.

Em alguns casos, os espermatozoides podem não desenvolver a cauda e, por isso, serem morfologicamente incapazes de nadar em direção ao óvulo, em outros, a cauda chega a se formar, porém permanece presa a outras caudas, impedindo um grande número de gametas de se locomover de forma ordenada.

Chamamos astenozoospermia a condição em que a maior parte dos espermatozoides apresenta déficits de mobilidade, e teratozoospermia a condição a amostra de sêmen apresenta alta taxa de espermatozoides com alterações morfológicas (que podem também incidir sobre a motilidade).

Outras condições identificadas pelo espermograma

Cada uma das glândulas anexas – vesículas seminais, glândulas bulbouretrais e a próstata – é responsável pela produção de substâncias altamente funcionais para a conservação dos espermatozoides.

Quando essas estruturas são afetadas por qualquer tipo de agente infeccioso, pelo crescimento de massas tumorais ou são dotadas de malformações que afetam seu funcionamento, a composição química do líquido seminal pode ser alterada – o que pode ser percebido pelo espermograma.

Além disso, como em praticamente qualquer tipo de análise laboratorial, a presença de leucócitos – que são algumas das células de defesa do sistema imunológico – indica que existem infecções ativas, locais ou sistêmicas.

O espermograma não é um exame de cultura, porém sua capacidade de detectar a presença de leucócitos pode apontar a necessidade de testagens mais específicas, que identificam os agentes microbianos envolvidos na infecção.

Tratamentos e a reprodução assistida

A reprodução assistida é uma das melhores opções de tratamento para os homens inférteis, ainda que a primeira abordagem seja sempre o tratamento das doenças envolvidas na infertilidade.

Nos casos em que as doenças não têm tratamento ou os tratamentos anteriores não conseguem reverter a infertilidade, a medicina reprodutiva oferece técnicas de reprodução assistida valiosas, como a IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro).

Conheça outros detalhes sobre o espermograma tocando neste link.

0 0 votes
Article Rating

Compartilhe:

Facebook Whatsapp Linkedin

Último Post:


Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments