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Doação de embriões: como é feita e quando pode ser realizada

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As regras de ovodoação, doação de sêmen e de doação de embriões são determinadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A resolução mais recente é de 2022, que ampliou o acesso às técnicas de reprodução assistida de forma geral, incluindo a doação de gametas e embriões.

Entre as diretrizes mais relevantes, estão aspectos que tangem também à reprodução assistida para casais homoafetivos, como regras para cessão temporária de útero em qualquer situação.

Esses são pontos importantes especialmente para a FIV (fertilização in vitro), por ser a técnica que viabiliza a doação de gametas e embriões por excelência, promovendo a fecundação em ambiente controlado.

Para aumentar as chances de sucesso dos ciclos de FIV, a coleta de gametas busca coletar diversos folículos de uma só vez, já que essas células serão depois selecionadas. Normalmente, são formados mais embriões do que o número que será transferido para o útero.

O número máximo de embriões a serem transferidos também é determinado pelo CFM e varia de acordo com a idade da mulher que forneceu os óvulos e a qualidade dos embriões (se são ou não euploides), sendo 3 o número máximo.

Isso faz com que a FIV geralmente produza embriões excedentes, cujo destino deve ser a criopreservação.

As condutas sobre a forma de conservação e o destino que deve ser dado aos óvulos, espermatozoides e embriões são diferentes para cada tipo de material biológico, embora todos sejam conservados pelo mesmo processo, a criopreservação por vitrificação.

Os embriões excedentes podem ser criopreservados para outros ciclos de FIV do mesmo casal, se houver desejo de engravidar novamente e nos casos em que o ciclo atual não resultou em gestação. Além disso, esses embriões podem também ser doados para outros casais, sempre de forma anônima.

Este texto fala sobre como é feita a doação de embriões e em que casos pode ser realizada.

Boa leitura!

O que é doação de gametas e embriões?

A doação de gametas e pré-embriões é permitida desde 1992, com a primeira resolução do CFM a criar regras para a reprodução assistida no Brasil. De lá para cá, algumas mudanças foram feitas, sempre no sentido de ampliar essa possibilidade, englobando o máximo de situações possíveis.

A doação de embriões, como a de gametas, é feita sempre de forma anônima, ou seja, nem receptores nem doadores podem ter acesso às identidades um do outro.
Esse material biológico também não pode ser comercializado de nenhuma forma e, a partir de 2013, o CFM também estipula idades máximas para a doação de gametas, para homens e mulheres.

Apenas pessoas que estão em tratamento com a FIV podem doar embriões, por ser esta a única técnica em que a fecundação acontece fora do corpo da mãe, mas também pelo fato de o próprio procedimento resultar frequentemente em um número de embriões excedentes, que não serão transferidos para o corpo da mulher.

Como é feita a doação de embriões?

Para compreender como é feita a doação de embriões, vamos observar alguns detalhes sobre a FIV.

Nessa técnica, o procedimento é dividido em 5 etapas: estimulação ovariana, coleta de gametas, fecundação, cultivo embrionário e transferência de embriões.

A estimulação ovariana é feita com o uso de medicamentos hormonais, que induzem o recrutamento e amadurecimento dos folículos, administrados no início do ciclo reprodutivo. Os protocolos de estimulação ovariana da FIV têm como objetivo conseguir coletar diversos folículos maduros, em um mesmo ciclo reprodutivo.

Esse material deve ser ainda selecionado e encaminhado para fecundação, que é feita com espermatozoides coletado do parceiro ou doados.

Como o limite de embriões numa transferência é 3, busca-se fecundar não muito mais óvulos do que os embriões que serão transferidos, no entanto, para que possa haver uma boa seleção embrionária, é bastante frequente que os ciclos de FIV produzam embriões excedentes, ou seja, acima de 3 e que não serão transferidos naquele ciclo.

Para esses embriões excedentes, o CFM determina que sejam criopreservados, o que hoje é feito por vitrificação. Eles podem ser utilizados mais tarde ou doados.

Em que momento pode ser feita?

A vitrificação é a técnica de criopreservação mais eficiente entre as disponíveis atualmente, e oferece um grau de preservação celular que permite a conservação dos embriões por tempo indeterminado.

Por isso, os embriões excedentes da FIV podem ser doados a qualquer momento após a criopreservação deles.

FIV e doação de embriões

É importante considerar que a doação dos embriões excedentes produzidos pela FIV é uma saída bastante vantajosa.

Isso porque, enquanto as taxas de abandono de embriões nos bancos de células germinativas ainda são altas, existem muitos outros casais com diagnósticos de infertilidade severa não podendo contar com os próprios gametas para realizar o sonho de ter filhos e que podem se beneficiar dessa técnica.

Para saber mais acesse o link.

 

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