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O que é fragmentação do DNA espermático?

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O sêmen masculino é um fluido liberado durante a ejaculação que contém os espermatozoides. Quando um desses espermatozoides chega ao óvulo, forma-se o embrião, que dará origem ao feto. Há casos, no entanto, em que problemas nos espermatozoides ou no sêmen, como a fragmentação do DNA espermático, podem levar à infertilidade.

O espermograma é um exame importante para avaliação da fertilidade masculina, mas ele não detecta todos os fatores que podem reduzir as chances de o homem ter filhos.

Cerca de 10% dos casos de infertilidade conjugal têm causas desconhecidas. A essas circunstâncias damos o nome de infertilidade sem causa aparente (ISCA). A fragmentação do DNA espermática é um fator que pode não ser identificado e a infertilidade aparentemente não ter uma causa.

A produção adequada dos gametas masculinos (espermatozoides), que ocorre nos testículos, é fundamental para que a fecundação ocorra e a gravidez se desenvolva. Os espermatozoides devem ter o formato (morfologia) e a motilidade adequados, além de ser necessário que estejam presentes em quantidade suficiente no sêmen para que possam encontrar o óvulo e fecundá-lo.

A fragmentação do DNA espermático tem sido associada a casos de ISCA e, por isso, tal condição tem recebido maior atenção nos últimos anos.

Leia o texto a seguir e saiba mais sobre a fragmentação do DNA espermático, condição que pode levar à infertilidade masculina.

A fragmentação do DNA espermático

O DNA carregado pelos espermatozoides é essencial para a formação do embrião que dará origem ao futuro bebê. Quando esse DNA é danificado por algum motivo, as chances de uma gravidez diminuem.

A fragmentação do DNA espermático ocorre quando os espermatozoides sofrem alterações que fazem com que fragmentos de seu DNA sejam liberados no sêmen. Esse problema pode acometer alguns gametas, enquanto outros podem permanecer saudáveis.

Quando, no entanto, é detectada uma grande quantidade de fragmentos do DNA espermático no sêmen, pode-se ter como consequência a infertilidade, uma vez que os espermatozoides se tornarão incapazes de fertilizar adequadamente o óvulo.

Causas da fragmentação do DNA espermático

Diferentes fatores podem causar a fragmentação do DNA espermático. Um deles é a varicocele, dilatação das veias presentes na região testicular. Hábitos de vida considerados não saudáveis, como a não prática de exercícios físicos, obesidade e tabagismo, também podem prejudicar os gametas.

Isso ocorre porque tais hábitos levam ao acúmulo de radicais livres de oxigênio no corpo, o que pode causar a fragmentação. A idade avançada e outras doenças podem ser ainda responsáveis por esse problema, assim como causas ambientais, incluindo poluentes, agrotóxicos e toxinas.

Consequências da fragmentação do DNA espermático

A fragmentação do DNA espermático pode prejudicar a qualidade dos espermatozoides, fazendo com que não consigam fertilizar o óvulo.

Na fecundação, há a fusão do código genético trazido pelo espermatozoide com o código genético do óvulo. Dependendo da condição do espermatozoide, a fusão não tem êxito e a gestação não acontece.

Isso também pode levar a falhas de implantação, quando o embrião tenta se fixar no endométrio para dar início à gestação. Essa falha leva a um abortamento, que pode se repetir outras vezes e caracterizar uma condição chamada de aborto de repetição.

Investigação da fragmentação do DNA espermático

Para que a fragmentação do DNA espermático seja detectada, é necessário fazer testes que analisem o esperma masculino. O exame que tem a função de detectar tal fragmentação é considerado complementar ao espermograma e chama-se teste de fragmentação do DNA espermático.

Esse exame pode ser solicitado se o casal tiver dificuldades de engravidar, estiver sofrendo de abortos de repetição ou já tiver sucessivas falhas de implantação na técnica de FIV (fertilização in vitro). Dependendo das características do casal, esse exame pode ser solicitado na investigação inicial da infertilidade.

Quando tais fatores ocorrem, o médico solicita exames a fim de determinar as causas da infertilidade. Caso não sejam detectadas, uma análise do DNA espermático pode ser importante.

O sêmen é colhido para a análise por meio de masturbação. O homem é orientado no laboratório como o procedimento deve ser feito, mas deve manter abstinência sexual por 2 a 7 dias antes do procedimento. A coleta é realizada em recipiente apropriado para evitar a contaminação.

Após a coleta da amostra, são avaliados o volume e viscosidade do sêmen, a motilidade e vitalidade dos gametas masculinos, a presença de fragmentos de DNA no esperma, além de sua quantidade.

Após ser verificada a porcentagem de gametas que sofreram a fragmentação do DNA espermático, o médico pode determinar as causas e indicar o tratamento mais adequado em cada caso.

Tratamento e reprodução assistida

O organismo masculino pode melhorar a fragmentação sem um tratamento específico. No entanto, há casos em que é um empecilho à gestação espontânea e aos tratamentos por técnicas de reprodução assistida.

Nesses casos, a melhor indicação é a FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide). Na FIV com ICSI, os melhores espermatozoides selecionados são injetados individualmente diretamente no citoplasma do óvulo, com o auxílio de um instrumento chamado micromanipulador de gametas.

A fragmentação do DNA espermático tem sido cada vez mais relacionada aos casos de ISCA. Entender o problema é essencial para casais que desejam ter filhos e estão preocupados por não obter uma gravidez.

Compartilhe esse texto em suas redes sociais para auxiliar outras pessoas a entenderem mais sobre o problema.

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