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Atualmente é possível observar que muitos casais optam por adiar a maternidade e a paternidade, por motivos pessoais ou econômicos. O crescimento e desenvolvimento de diversos métodos contraceptivos têm um papel central nesse quadro, que também fica evidente pelo aumento crescente da busca pela realização da vasectomia.
A vasectomia é, atualmente, a única forma contraceptiva que pode ser adotada exclusivamente por homens e consiste na promoção da esterilidade definitiva, pela criação de um quadro artificial de azoospermia obstrutiva.
O procedimento consiste na interrupção dos canais deferentes, que formam o cordão espermático e transportam os espermatozoides para compor o sêmen.
A cirurgia de vasectomia é simples, porém a decisão por fazê-la deve ser bem refletida e feita com acompanhamento médico, para o esclarecimento de todas as consequências que acarreta.
Isso porque mesmo que a reversão da vasectomia seja possível, as taxas de sucesso variam muito, dependendo especialmente da idade do homem, do tempo decorrido entre a vasectomia e a reversão, e também de outras variáveis, inclusive ligadas ao estilo de vida.
Quer saber mais sobre como é feita a reversão da vasectomia e quem pode recorrer a esse procedimento? Então não perca a leitura do texto a seguir!
A vasectomia é o procedimento cirúrgico responsável por criar um quadro de infertilidade permanente nos homens que ou não desejam ser pais, ou não desejam ter mais filhos.
O procedimento é simples e não necessita anestesia geral, podendo ser feito em ambiente ambulatorial. A recuperação é igualmente rápida e em pouco tempo o homem pode retomar inclusive as atividades sexuais normalmente.
Como comentamos, a vasectomia consiste em simplesmente bloquear os ductos deferentes, fazendo com que os espermatozoides não sejam mais emitidos durante a ejaculação, mas alguns mitos circundam a vasectomia, inclusive que ela causa disfunção erétil ou que o homem deixa de ejacular, o que não é verdade em nenhum dos casos.
A reversão da vasectomia busca reconectar os ductos deferentes, para que voltem a conduzir os espermatozoides aos ductos deferentes, fazendo com que integrem novamente o líquido ejaculado.
Esta cirurgia é mais complexa que a vasectomia em si: costuma durar algumas horas e deve ser feita em ambiente hospitalar, com anestesia local ou geral.
Existem duas formas de reconectar os ductos deferentes, dependendo das condições em que se encontram: a vasovasostomia e a vasoepididimostomia.
Como a produção de espermatozoides não é interrompida com a vasectomia, espera-se que, ao acessar o trecho testicular dos ductos deferentes interrompidos, a partir do ponto obstruído pela vasectomia, seja possível encontrar espermatozoides vivos. Quando isso acontece, a reversão da vasectomia é feita com a técnica de vasovasostomia, que reconecta os ductos deferentes no exato local onde foram interrompidos.
No entanto, especialmente quando a vasectomia foi feita há mais tempo, é possível que nenhum espermatozoide seja encontrado nesse local. Nessas situações, o procedimento deve ser feito por vasoepididimostomia, sendo necessário percorrer o trecho testicular do ducto deferente interrompido até que os espermatozoides sejam encontrados e então a reconexão é feita nessa altura dos ductos, mais próximo aos epidídimos.
A recuperação da reversão da vasectomia é rápida, no entanto o real sucesso da reversão, muitas vezes, só é visível depois de 6 meses a um ano.
A reversão da vasectomia é indicada a todos os homens vasectomizados que tenham se arrependido dessa decisão e ainda desejam ser pais, porém quanto mais tempo passa desde a realização da vasectomia até o momento em que se decide reverter o procedimento, menores são as chances de sucesso da reversão.
Além disso, quando a mulher do casal tem mais de 37 anos, as taxas de sucesso da gestação por vias naturais podem decair naturalmente e, nestes casos, a reversão da vasectomia pode não ser suficiente para chegar à gravidez.
Depois de um tempo após a reversão da vasectomia, é necessário realizar um espermograma para avaliar se os parâmetros seminais foram restaurados.
Se a presença de espermatozoides no espermograma não for confirmada, é possível que a reversão da vasectomia não tenha sido efetiva. Ainda assim, esse acompanhamento deve ser feito nos 12 meses seguintes à reversão, já que o resultado pode demorar a ser perceptível pelo espermograma.
Em alguns casos, o homem pode inclusive apresentar espermatozoides no líquido ejaculado, porém em baixa concentração, com problemas de motilidade ou apresentar taxas elevadas de fragmentação do DNA espermático.
Assim, como é sabido que as taxas de sucesso da reversão da vasectomia são sensivelmente menores em homens mais velhos ou cuja vasectomia foi feita há mais tempo, em muitos casos o casal recebe indicação para reprodução assistida direto.
Quando a reversão da vasectomia não dá certo, duas são as principais consequências: ou o homem não ejacula nenhum espermatozoide (azoospermia) ou o líquido ejaculado contém espermatozoides em concentração insuficiente para garantir a fecundação (oligozoospermia).
Nesses casos, as técnicas mais indicadas são a IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro), já que ambas permitem o preparo seminal e a recuperação espermática – que consegue contornar a infertilidade obstrutiva, já que permite a coleta de espermatozoides diretamente dos túbulos seminíferos (TESE e micro-TESE) ou dos epidídimos (PESA e MESA).
O preparo seminal submete a amostra de sêmen a uma centrífuga, que é capaz de separar os espermatozoides mais aptos e aumentando as chances de sucesso da fecundação.
Para saber mais acesse o link.
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