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Um diagnóstico profundo sempre se inicia na anamnese – que é simples, mas não pode ser subestimada: uma investigação minuciosa da história médica e reprodutiva é um alicerce sobre o qual se constrói um plano de tratamento, com reprodução assistida, personalizado de fato.
A anamnese, porém, não é apenas uma lista de perguntas, mas sim uma oportunidade para que a mulher ou o casal possa relatar suas preocupações e expectativas, em uma comunicação aberta e sincera.
Neste artigo, iremos explorar em detalhes o que é anamnese e como ela é conduzida especialmente na reprodução assistida, fornecendo informações essenciais para entender as opções disponíveis quando a gravidez natural se mostra desafiadora.
Em seu sentido mais amplo, a anamnese consiste em uma entrevista e uma conversa profundas entre o paciente e o médico, na qual o paciente relata sua história médica, incluindo doenças prévias, cirurgias, tratamentos médicos anteriores, alergias e outros aspectos relevantes de sua saúde.
Essas informações são utilizadas para estabelecer um perfil individualizado do paciente para auxiliar o médico na elaboração de um plano de diagnóstico específico e, consequentemente, de um tratamento personalizado.
No contexto da reprodução assistida, a anamnese abrange um conjunto específico de questões adaptadas para a área da saúde reprodutiva, em que se exploram questões como:
Com base nas informações coletadas durante a anamnese, é possível determinar quais exames são necessários para investigar melhor as condições reprodutivas do casal.
Para as mulheres, isso geralmente inclui:
Para os homens, os exames iniciais frequentemente envolvem análise do sêmen, principalmente o espermograma.
É importante lembrar que esses exames colaboram com a escolha da técnica de reprodução assistida mais adequada mesmo na ausência de infertilidade, como no atendimento de casais homoafetivos e para a preservação da fertilidade.
A análise aprofundada da anamnese é um passo inicial no diagnóstico, mas que pode influenciar até mesmo a decisão sobre qual técnica de reprodução assistida é mais apropriada para cada caso.
Isso porque algumas técnicas de reprodução assistida têm restrições específicas em suas indicações, que podem se tornar evidentes já durante a anamnese.
Outro ponto relevante é a anamnese em casais homoafetivos. Nesses casos, a escolha da técnica de reprodução assistida também depende de uma avaliação completa das necessidades e preferências do casal.
Nessas situações, a anamnese é uma oportunidade para discutir a escolha do doador de esperma ou da doadora de óvulos, as opções de inseminação artificial e os procedimentos legais necessários para estabelecer a parentalidade, especialmente em casos de útero de substituição, para que o tratamento consiga atender às circunstâncias individuais de cada casal.
O primeiro passo na RSP é o monitoramento da ovulação, geralmente feito por exames de sangue para medir os níveis hormonais. Em alguns casos, a RSP pode envolver o uso de medicamentos indutores da ovulação, que estimulam os ovários a produzir e liberar ao menos um óvulo, aumentando ainda mais as chances de gestação.
Com base no monitoramento da ovulação, as relações sexuais são programadas para ocorrer durante o período que antecede a ovulação, o que maximiza as chances de encontro entre o óvulo e os espermatozoides.
A RSP é uma opção adequada para casais que enfrentam dificuldades para engravidar devido a fatores de infertilidade feminina leves, como desequilíbrios hormonais e problemas na ovulação.
A IA é uma técnica de reprodução assistida frequentemente recomendada em diversos cenários, incluindo casos de infertilidade leve, casais homoafetivos femininos e mulheres sem um parceiro, permitindo-lhes realizar o sonho da maternidade de forma segura e eficaz.
Antes da inseminação, os espermatozoides são coletados, processados e preparados cuidadosamente em laboratório, para a remoção de materiais indesejados, melhorando assim a qualidade do esperma que será usado no procedimento.
A mulher passa então pela estimulação ovariana e um monitoramento rigoroso do ciclo menstrual para determinar o momento da ovulação, permitindo que a inseminação ocorra quando a probabilidade de concepção é maior.
O tratamento com a FIV é mais complexo que a IA e a RSP, embora também comece com a estimulação ovariana controlada. Neste caso, porém, o processo envolve a administração de medicamentos que estimulam os ovários a produzirem vários óvulos maduros em um único ciclo.
Quando os óvulos atingem a maturidade, são coletados por aspiração folicular e levados ao laboratório de FIV, enquanto o sêmen também é coletado e processado, para que os espermatozoides mais saudáveis e móveis sejam selecionados para a fertilização.
A fertilização ocorre no laboratório e os embriões resultantes são cultivados por alguns dias, quando os de melhor qualidade são selecionados e transferidos para o útero.
A FIV é uma técnica altamente versátil com diversas indicações, incluindo:
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