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Avaliação da reserva ovariana: saiba como é feita

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Avaliação da reserva ovariana: saiba como é feita

Todas as células precursoras dos folículos ovarianos (ovogônias), que darão origem aos óvulos nas mulheres, surgem já no desenvolvimento embrionário.

Isso significa que as mulheres podem contar com um número limitado de células reprodutivas, utilizadas ao longo de toda a sua vida fértil, entre a puberdade e a menopausa, quando essa reserva chega ao fim e a mulher passa a ser permanentemente infértil.

Chamamos de reserva ovariana esse estoque limitado de folículos ovarianos, que podem amadurecer e participar da ovulação, por isso a avaliação da reserva ovariana pode fornecer informações sobre a fertilidade como um todo. Esse processo é feito geralmente com exames de imagem, como o ultrassom transvaginal e a ressonância magnética.

Em alguns casos, pode também ser complementada com exames laboratoriais de dosagem hormonal que confirmem o diagnóstico.

Algumas doenças do sistema reprodutivo e endócrino da mulher, como a menopausa precoce, endometriose ovariana (endometriomas), SOP (síndrome dos ovários policísticos) – e a própria idade da mulher – são os principais fatores que contribuem para a diminuição da reserva ovariana.

Nos casos em que a fertilidade pode ser revertida com o tratamento da doença ou condição que levou ao quadro, essa é a primeira abordagem terapêutica.

No entanto, a mulher que realmente apresenta uma redução da reserva ovariana pode receber indicação direta das técnicas de reprodução assistida para conseguir engravidar.

Entenda melhor como é feita a avaliação da reserva ovariana e como ela identifica problemas com a fertilidade feminina lendo o texto a seguir.

Aproveite!

O que é reserva ovariana?

A reserva ovariana é importante para mensurar a fertilidade feminina, estimando a quantidade de folículos ovarianos disponíveis para fecundação, em um determinado momento da vida.

A idade da mulher é um dos principais fatores de degradação da reserva ovariana, que diminui em quantidade, contudo a proximidade da menopausa também pode alterar a qualidade genética dos ovócitos, aumentando os riscos de gestar um bebê com problemas genéticos. Vamos entender por que isso acontece.

A partir da puberdade, a mulher tem uma reserva ovariana de aproximadamente 300 mil folículos viáveis, que passam a ser sistematicamente recrutados para amadurecer, a cada ciclo reprodutivo, na ovulação. Porém, apesar de ter milhares de folículos disponíveis, ao longo de sua vida fértil, a mulher usará em média apenas 500 folículos.

Isso acontece porque muitas dessas células são recrutadas para o amadurecimento em um mesmo ciclo reprodutivo, porém apenas uma completa esse processo e é liberada para a ovulação. Os demais folículos entram em um processo de atresia e apoptose (morte celular) e são reabsorvidos pelos ovários.

Assim, a reserva ovariana buscará delinear o potencial de fertilidade das mulheres por meio da contagem amostral de folículos, com o auxílio de exames de imagem e laboratoriais, e o cruzamento desses dados com outros ligados à idade da mulher, histórico de infertilidade ou de comorbidades do sistema reprodutivo, que possam refletir em prejuízos à fertilidade.

Como é feita a avaliação da reserva ovariana?

A avaliação da reserva ovariana é um procedimento normalmente indicado nos casos em que a mulher apresenta dificuldades para engravidar, seja por motivos de doenças que afetem essa reserva ou pela idade e a proximidade da menopausa.

Os exames que fornecem dados para essa avaliação incluem exames de imagem e laboratoriais, especificamente a ultrassonografia pélvica, principalmente transvaginal, que podem ser complementados pela dosagem do HAM (hormônio antimülleriano).

Na avaliação feita por exames de imagem, a mulher se submete aos exames de ultrassom em momentos diferentes do ciclo reprodutivo e as imagens obtidas em cada um deles mostra a quantidade de folículos antrais.

Já a dosagem do hormônio antimülleriano é feita com uma amostra de sangue, que avalia a concentração do hormônio – que é produzido pelos próprios folículos, para controle do processo de recrutamento folicular. Assim, quanto menos folículos presentes nos ovários, menos HAM o exame de sangue vai acusar.

O que pode afetar a reserva ovariana?

Algumas doenças e síndromes metabólicas podem causar infertilidade por afetar a reserva ovariana, normalmente manifestando sintomas relacionados à anovulação, como acontece na SOP e nas mulheres com endometriomas.

Em alguns casos, a mulher pode entrar na menopausa precocemente, condição normalmente causada por alterações genéticas hereditárias.

No caso da SOP, a anovulação é derivada das alterações no padrão pulsátil das gonadotrofinas, que leva, entre outras consequências, a uma diminuição considerável na concentração dos estrogênios.

Já na endometriose ovariana, a infertilidade é resultado da própria presença dos cistos (endometriomas) nos ovários, que aumentam a pressão interna nessas glândulas e interrompem o amadurecimento folicular, além de danificar os folículos, interferindo diretamente na reserva ovariana.

Como a reprodução assistida pode ajudar mulheres com baixa reserva ovariana?

Caso a avaliação da reserva ovariana aponte um comprometimento da fertilidade por consumo dessa reserva, a reprodução assistida ainda fornece técnicas que buscam contornar esse resultado.

A indicação de cada técnica depende do grau de comprometimento da reserva ovariana e das causas dessa diminuição, além de outros fatores, como a presença de infertilidade masculina simultaneamente.

As três técnicas disponibilizadas pela medicina reprodutiva são a RSP (relação sexual programada), a IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro). As duas primeiras, por sua baixa complexidade, contam com protocolos de estimulação ovariana mais leves e podem não ser indicadas para os casos em que se observa uma diminuição da reserva ovariana.

No caso da FIV, a estimulação ovariana é mais robusta, já que o principal objetivo nesta técnica é aumentar a quantidade de oócitos maduros para coleta por aspiração folicular. Esta especificidade da técnica aumenta as chances de acesso aos oócitos, já diminuídos nas mulheres com baixa reserva ovariana.

Contudo, apesar de a FIV oferecer taxas de gestação relevantes, na maior parte dos casos, ainda é possível que mulheres com a reserva ovariana muito baixa encontrem dificuldades mesmo em responder positivamente a esta técnica.

Nesses casos é ainda possível recorrer à ovodoação, onde a mulher pode obter os embriões por meio da fecundação de óvulos recebidos de uma doadora anônima e gestá-los em seu próprio corpo.

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