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Hidrossalpinge: saiba tudo sobre a doença

Mioma: veja como é o diagnóstico

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O mioma, independentemente do tipo e da localização, é uma doença inflamatória crônica e estrogênio-dependente, que provoca o aparecimento de massas celulares nas camadas de tecido que compõem a parede uterina.

Assim como as demais doenças estrogênio-dependentes, como a endometriose, o mioma responde aos estímulos dos estrogênios do ciclo reprodutivo tornando-se inflamado.

Ao atingir o útero, o processo inflamatório promove alterações físicas e celulares que interferem no bom desempenho das funções uterinas e estão associadas aos sintomas do mioma.

Embora nem todos os tipos de mioma interfiram obrigatoriamente sobre a fertilidade feminina, em alguns casos a mulher pode encontrar dificuldade para engravidar em função desses tumores benignos.

A identificação do mioma não é um processo complicado, mas além dos exames iniciais, a mulher pode passar por exames mais específicos, também com objetivo de excluir outras possibilidades diagnósticas – importante, já que as doenças estrogênio-dependentes podem causar sintomas semelhantes.

Neste texto trazemos informações mais completas e detalhadas sobre o processo diagnóstico do mioma, aproveite a leitura!

Nem sempre o mioma causa sintomas

Ainda que qualquer alteração uterina possa se refletir em mudanças na rotina menstrual e íntima em geral, não são todos os casos de mioma que produzem sintomas relevantes, passíveis de serem percebidos rapidamente pela mulher.

Na realidade, a grande quantidade de casos assintomáticos, associados a uma cultura de negligenciar sintomas durante o período menstrual, faz com que muitas mulheres só cheguem o diagnóstico do mioma com os exames ginecológicos de rotina.

Além disso, nos casos em que a mulher apresenta sintomas, esses sinais podem também ser confundidos com aqueles apresentados pelas doenças estrogênio-dependentes em geral:

Dependendo da localização e do tamanho do mioma, a mulher pode apresentar conjuntos de sintomas específicos, ou seja, embora estes sejam os principais sinais que encaminham o diagnóstico da doença, nem sempre todos estão presentes no quadro.

Alguns fatores de risco podem colaborar para o aparecimento do mioma

A medicina ainda desconhece as causas mais específicas do aparecimento do mioma, assim como dos tumores benignos que geralmente são formados nas doenças estrogênio-dependentes, mas alguns fatores de risco parecem aumentar as chances da doença.

Mulheres com casos pregressos de mioma na família consanguínea parecem ter mais chance de desenvolver a doença, assim como aquelas com histórico médico pessoal de outras doenças estrogênio-dependentes.

Pelo tempo maior de exposição ao estrogênio, mulheres que tiveram a primeira menstruação precocemente, e também aquelas que nunca tiveram filhos, também têm mais chances de serem portadoras do mioma.

Os exames de imagem são essenciais para o diagnóstico do mioma

O processo diagnóstico do mioma deve começar pelo acolhimento dos sintomas relatados pela mulher, quando eles existem e motivam a busca por atendimento médico, bem como seu histórico de saúde individual e familiar – além da abordagem de seus hábitos cotidianos.

Essa anamnese direciona os primeiros exames, normalmente mais abrangentes e simples, como a ultrassonografia transvaginal ‒ que pode ser realizada já na primeira consulta, na própria clínica.

Assim como as demais doenças que promovem a formação de massas celulares nos órgãos da cavidade pélvica, também o mioma é identificado por exames de imagem e a ultrassonografia transvaginal é um deles.

Nos casos em que o ultrassom não é conclusivo, porém, a mulher pode receber indicação para ressonância magnética, um procedimento mais preciso e que fornece imagens mais detalhadas das condições uterinas.

Esses exames normalmente exibem uma considerável taxa de acerto no diagnóstico do mioma, mas é importante lembrar que somente a biópsia dessa massa celular pode apontar com precisão a origem dessas células e fechar um diagnóstico realmente conclusivo.

O material para biópsia pode ser coletado com auxílio de outro exame de imagem, que abre espaço para um nível maior de intervenção na parede uterina, a histeroscopia diagnóstica.

Mioma tem tratamento

O tratamento para o mioma uterino depende principalmente do desejo reprodutivo da mulher e da intensidade dos sintomas inflamatórios.

A medicação para equilíbrio da dinâmica hormonal ‒ e consequentemente da atividade estrogênica ‒ é feita com contraceptivos orais, o que a torna desaconselhável às mulheres que desejam engravidar.

Nestas situações e também quando o tratamento farmacológico é insuficiente para controlar os sintomas dolorosos, o mioma deve ser retirado cirurgicamente. O procedimento pode ser feito, na maior parte das vezes, por histeroscopia cirúrgica, que é bem pouco invasiva.

Em casos específicos, quando o mioma é grande ou quando sua localização não permite o uso da histeroscopia, a miomectomia pode ser feita por videolaparoscopia.

O papel da reprodução assistida

A reprodução assistida é um conjunto de técnicas que têm como objetivo ajudar casais e pessoas com demandas reprodutivas a ter filhos biológicos com segurança ‒ inclusive mulheres com infertilidade em decorrência de um ou mais miomas.

Entre as técnicas disponíveis, a FIV (fertilização in vitro) é o procedimento mais indicado para os casos de infertilidade feminina por fator uterino. Isso acontece principalmente porque a FIV realiza a fecundação em laboratório e somente alguns dias depois os embriões selecionados são transferidos para o útero em que a gestação vai acontecer.

Essa metodologia permite o congelamento dos embriões para um melhor acompanhamento do preparo endometrial, mas também abre espaço pela possibilidade de cessão temporária de útero ou útero de substituição.

Leia mais sobre miomas uterinos tocando neste link.

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