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Infertilidade feminina: doenças que podem causá-la

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A infertilidade feminina pode ter diversas causas: naturais, como a diminuição da reserva
ovariana em virtude do envelhecimento, ou doenças.

Cada mulher nasce com uma determinada reserva ovariana, que é a quantidade de folículos
disponíveis para liberarem um óvulo, e essa reserva não se renova. Portanto, só está disponível
durante a fase reprodutiva, que termina na menopausa. Essa reserva ovariana, no entanto,
também pode ser afetada por problemas que interferem no funcionamento adequado dos
ovários, o que pode levar à infertilidade.

Assim como os ovários, os outros órgãos reprodutores – tubas uterinas e útero – precisam
funcionar corretamente para a gravidez ser bem-sucedida. Alterações em ambos também
comprometem a fertilidade da mulher.

A infertilidade é um quadro que atinge cerca de 15% dos casais em idade fértil no mundo. É
diagnosticada quando há insucesso na obtenção da gravidez após um ano de tentativas regulares
sem a utilização de métodos contraceptivos.

Leia o texto até o final e conheça as principais doenças que podem dificultar a capacidade
reprodutiva. Confira!

 

Doenças que podem causar infertilidade feminina

 

Doenças comuns durante a fase reprodutiva podem provocar infertilidade feminina. Veja
abaixo as principais:

Endometriose

A endometriose é uma doença inflamatória crônica de caráter progressivo, considerada a
principal causa de infertilidade feminina. É caracterizada pela presença de um tecido
endometrial em região ectópica, ou seja, em outros órgãos fora do útero: endométrio é a camada
que o reveste internamente.

Esse tecido pode ser encontrado em locais como:

• peritônio, que é a membrana que recobre as paredes da cavidade abdominal e de outros
órgãos;
• tubas uterinas;
• ovários;
• bexiga;

• intestino.

 

O ciclo menstrual é modulado pela ação de quatro principais hormônios: FSH, LH, estrogênio e
progesterona. O estrogênio, mais importante ao se falar em endometriose, tem a função de
espessar o endométrio para que ele possa receber o embrião, se houver fecundação.

Se houver tecido endometrial em outros órgãos, ele também vai sofrer a ação do estrogênio e
se tornar mais espesso. Esse processo gera uma inflamação local, produzindo os efeitos da
endometriose, inclusive os sintomas, embora muitos casos sejam assintomáticos.

A endometriose está associada à infertilidade por alguns motivos. A doença pode:

• afetar a reserva ovariana e prejudicar a ovulação;
• liberar substâncias que tornam o ambiente hostil aos espermatozoides;
• causar obstrução das tubas uterinas.

 

Miomas uterinos

 

Outra causa de infertilidade feminina, os miomas são tumores benignos que surgem da
multiplicação de células da camada intermediária do útero, o miométrio. Podem ter diferentes
tamanhos e são classificados de acordo com sua localização no útero, que também é uma
característica que ajuda a prever a chance de a mulher ter dificuldade para engravidar.

Existem três tipos principais de miomas: submucosos, intramurais e subserosos. Os
submucosos, por exemplo, que crescem próximos ao endométrio, têm mais chance de causar
infertilidade do que os outros dois tipos. Eles podem prejudicar a implantação do embrião e
ocupar espaço na cavidade uterina, dificultando o desenvolvimento do feto ao longo da gestação.

 

Pólipos endometriais

Os pólipos endometriais são abaloamentos do tecido endometrial que se projetam para a
cavidade uterina. Quando o tecido começa a crescer, formam-se pólipos de tamanho variado,
podendo ser de poucos milímetros a centímetros.

Esses pólipos também podem causar infertilidade feminina. Eles podem ser sésseis ou ter
pedículo, uma estrutura que os mantém preso ao endométrio. São geralmente benignos, mas
existe uma chance, ainda que muito pequena, de malignidade.

A interferência na fertilidade pode ocorrer durante a implantação embrionária, já que eles podem
provocar alterações na receptividade endometrial e ocupar parte da cavidade uterina. Assim,
antes da tentativa de engravidar, seja por relações sexuais, seja por reprodução assistida, é
importante removê-los.

 

Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

 

A síndrome dos ovários policísticos ou apenas SOP é um distúrbio hormonal que ocorre em
mulheres em idade reprodutiva caracterizado pelo aumento dos hormônios andrógenos
(hiperandrogenismo) e presença de múltiplos cistos nos ovários, o que pode resultar em
infertilidade feminina.

A SOP pode causar a infertilidade por prejudicar o correto funcionamento dos ovários,
interferindo no processo de ovulação. A condição mais comum desencadeada pela síndrome é a
anovulação crônica (ausência de ovulação).

Assim, quanto mais precocemente for diagnosticada, mais eficientes serão as formas de
tratamento e menores as consequências para a saúde reprodutiva. Sendo considerada a
endocrinopatia feminina de maior incidência, afeta entre 5% e 10% dessa população, e interfere
na qualidade de vida e na autoestima.

A infertilidade feminina pode ser causada por diversos fatores. Se você estiver tentando
engravidar sem sucesso, procure um médico. Ele conseguirá avaliar o que pode estar
acontecendo. É sempre importante lembrar que o homem também pode ser infértil, portanto,
em casos de infertilidade, tanto o homem como a mulher precisam ser investigados: sempre o
casal.

Compartilhe esse texto em suas redes sociais para informar mais mulheres sobre as principais
doenças que podem levar ao problema.

 

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