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A FIV (fertilização in vitro) com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) é uma técnica de reprodução assistida das mais avançadas na medicina reprodutiva, especialmente por oferecer esperança a casais que enfrentam problemas de infertilidade masculina grave.
Esse procedimento abre novas possibilidades para realizar o sonho de ter um filho biológico, proporcionando aos casais a oportunidade de formar suas famílias com o auxílio da ciência e da tecnologia médica.
É importante que os casais busquem a orientação de profissionais especializados em reprodução assistida para encontrar a melhor abordagem de tratamento para o seu caso específico.
Neste artigo, vamos nos concentrar na ICSI, um método altamente eficaz para tratar a infertilidade masculina. Continue conosco na leitura!
A infertilidade conjugal é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a incapacidade de um casal alcançar uma gravidez após, pelo menos, um ano de relações sexuais regulares e desprotegidas.
Quando o casal enfrenta dificuldades para conceber devido a problemas específicos relacionados ao homem, a situação é classificada como infertilidade masculina – uma condição em que um homem é incapaz de gerar uma gravidez em uma mulher devido a problemas relacionados ao seu esperma.
Essa condição pode resultar de diversos fatores, incluindo problemas na produção de espermatozoides, baixa qualidade dessas células e obstruções no sistema reprodutor masculino.
Para diagnosticar a infertilidade masculina, normalmente são realizados exames clínicos e laboratoriais, incluindo o espermograma – que avalia parâmetros seminais, como quantidade, motilidade e forma dos espermatozoides.
Dependendo da causa identificada, o tratamento pode variar, incluindo opções como medicações, cirurgias corretivas, terapia hormonal ou técnicas de reprodução assistida, como a FIV com ICSI.
Um dos principais fatores associados à infertilidade masculina são os desequilíbrios hormonais que prejudicam a produção de espermatozoides e a qualidade do esperma, comprometendo a capacidade de fertilização.
A varicocele é outra causa comum de infertilidade masculina. Ela ocorre quando as veias do cordão espermático, que transportam o sangue para os testículos, dilatam-se de forma anormal, levando a um acúmulo de sangue e aumento da temperatura nos testículos – o que também prejudica a produção de espermatozoides. Alguns dos sintomas associados à varicocele incluem dor testicular, sensação de peso nos testículos e, em alguns casos, inchaço visível.
Problemas genéticos também podem desempenhar um papel na infertilidade masculina, já que algumas condições genéticas afetam diretamente a produção de espermatozoides saudáveis, dificultando sua capacidade de fertilizar um óvulo.
As ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) também podem ser responsáveis pela infertilidade masculina, desencadeando quadros como epididimite e prostatite, que complicam a produção, maturação e transporte de espermatozoides. Além disso, se não tratadas, essas infecções podem causar danos permanentes aos testículos, levando à infertilidade.
Além dos fatores mencionados, o estilo de vida também pode influenciar a fertilidade masculina – e, por isso, é importante destacar que um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e redução do estresse, pode contribuir para uma melhor saúde reprodutiva.
A ICSI, como comentamos, é uma técnica avançada e revolucionária, utilizada nos tratamentos com FIV para contornar obstáculos relacionados à fertilização em casos de infertilidade masculina severa, em que a quantidade, qualidade ou capacidade de movimentação dos espermatozoides está comprometida.
O procedimento da ICSI envolve a manipulação cuidadosa de um único espermatozoide, selecionado diretamente pelo embriologista e inserido delicadamente dentro do citoplasma de um óvulo maduro, utilizando-se técnicas microscópicas altamente precisas.
A escolha do espermatozoide é essencial na ICSI e por isso o embriologista busca selecionar o mais saudável e com melhores características, maximizando as chances de sucesso da fertilização.
Antes da ICSI, a mulher passa por um processo de estimulação ovariana controlada, quando são administrados medicamentos hormonais para o desenvolvimento de múltiplos folículos nos ovários, aumentando o número de óvulos maduros disponíveis para a coleta.
A coleta dos óvulos é realizada por punção folicular, um procedimento minimamente invasivo em que se utiliza uma agulha, guiada por ultrassom, para aspirar os folículos contendo os óvulos.
Enquanto a mulher se prepara para a coleta de óvulos, o homem fornece uma amostra de sêmen (por masturbação ou recuperação espermática), que é então processada em laboratório no preparo seminal – um processo que separa os espermatozoides móveis e saudáveis dos imóveis e impotentes –, com objetivo de selecionar os melhores espermatozoides para a ICSI.
Após a coleta dos óvulos e a preparação dos espermatozoides, a etapa central da ICSI é realizada: o embriologista utiliza um microscópio especializado e uma agulha microscópica para selecionar um único espermatozoide e, cuidadosamente, injetá-lo diretamente no citoplasma de um óvulo maduro – como descrevemos anteriormente.
Após a ICSI, os óvulos fertilizados – agora, embriões – são cuidadosamente acomodados em incubadoras especiais e o embriologista avalia seu desenvolvimento e qualidade, durante o período em que passam pelas primeiras divisões celulares.
Geralmente, cerca de três a cinco dias após a ICSI, os embriões considerados saudáveis e com melhor potencial de implantação são selecionados para a transferência dos embriões para o útero, um procedimento relativamente simples e não requer anestesia.
A ICSI é altamente recomendada para casais cujos problemas reprodutivos estão relacionados à infertilidade masculina justamente porque possibilita a fertilização mesmo com poucos espermatozoides viáveis disponíveis. Além disso, a ICSI também é uma opção quando outras abordagens se mostraram ineficazes no tratamento da infertilidade masculina.
A ICSI é especialmente recomendada em casos em que o homem apresenta baixa contagem de espermatozoides (oligozoospermia) e a predominância de baixa motilidade (astenozoospermia) e formas anormais dos espermatozoides (teratozoospermia), bem como em situações em que o sêmen não apresenta células reprodutivas (azoospermia).
Em relação às taxas de sucesso, a ICSI tem proporcionado resultados positivos, com taxas de gravidez encorajadoras em muitos casos de infertilidade masculina.
Toque neste link e leia nosso artigo completo sobre a ICSI.
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