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Exame físico na consulta de avaliação da infertilidade: como é feito?

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A infertilidade é um diagnóstico que pode ser dado inicialmente aos casais que não conseguem engravidar após 1 ano de tentativas. Nesse contexto, é fundamental compreender que a infertilidade não é exclusivamente associada a um dos parceiros, mas sim a uma dinâmica que envolve ambos, tornando a investigação e o tratamento um processo conjugal.

As dificuldades reprodutivas podem se manifestar de diversas formas e suas causas podem estar relacionadas tanto à saúde reprodutiva masculina, como feminina. Em algumas situações, contudo, pode não ser possível determinar ao certo as causas das dificuldades reprodutivas, o que chamamos ISCA (infertilidade sem causa aparente) e é um grande desafio.

A jornada para desvendar as causas da infertilidade pode ter início na primeira consulta médica especializada, quando é possível iniciar o caminho para identificar as razões subjacentes à dificuldade de concepção, definindo o direcionamento das investigações subsequentes e, consequentemente, as possibilidades de tratamento.

Ao longo deste artigo vamos falar mais especificamente do exame físico, uma etapa importante da primeira consulta do processo de investigação das causas da infertilidade conjugal. Continue conosco e aproveite a leitura!

A primeira consulta é um momento especial

O impacto psicológico da suspeita de infertilidade não deve ser subestimado. A incerteza sobre o futuro reprodutivo pode gerar ansiedade, estresse e emoções intensas – e, por isso, a primeira consulta é projetada para oferecer o acolhimento de um ambiente seguro, em que o casal se sinta à vontade para expressar suas emoções, compartilhar experiências e compreender as formas de tratamento.

O entendimento mais profundo das expectativas do casal permite personalizar a abordagem clínica, garantindo que o plano de investigação e o tratamento sejam adaptados às necessidades específicas de cada casal.

Além disso, é nesse momento que são esclarecidos aspectos práticos do processo de avaliação da infertilidade: o casal é informado sobre os diferentes estágios da investigação, incluindo exames, testes e procedimentos que serão realizados, minimizando a ansiedade e proporcionando uma visão mais clara do caminho a ser percorrido.

Anamnese

A base da primeira consulta é a anamnese, um processo meticuloso que coleta informações sobre a saúde global do casal. No contexto médico, a anamnese é uma recordação guiada, na qual o casal compartilha detalhes sobre sua saúde e história de vida.

Além do aspecto emocional, a anamnese aborda o histórico de doenças e saúde individual e familiar, com perguntas direcionadas sobre condições prévias, tratamentos realizados e eventos relevantes para identificar potenciais fatores que possam estar contribuindo para a infertilidade.

Abordagem do histórico de doenças

Como comentamos, a abordagem do histórico de doenças na avaliação inicial, busca compreender não apenas condições médicas anteriores, mas também fatores mais indiretos que possam impactar a fertilidade.

Certas condições, reveladas na abordagem do histórico de doenças, se destacam devido ao seu potencial impacto na fertilidade, como ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) prévias, especialmente clamídia e gonorreia (mesmo após o tratamento), diagnóstico também prévio de SOP (síndrome dos ovários policísticos), endometriose, adenomiose, miomas e pólipos.

Outras alterações cuja associação com a infertilidade não é tão óbvia, são alterações como diabetes e hipertensão, além de tratamentos médicos anteriores, como radioterapia ou quimioterapia e intervenções cirúrgicas anteriores.

O exame físico é o primeiro procedimento da investigação diagnóstica

O exame físico é feito também na primeira consulta e pode ser considerado o primeiro procedimento, propriamente dito, de uma investigação diagnóstica da infertilidade.

Duas abordagens principais são utilizadas no exame físico: observação direta e palpação. Na observação direta, o profissional examina visualmente áreas específicas em busca de alterações que possam indicar condições adversas, enquanto a palpação envolve o toque físico das estruturas anatômicas relevantes.

No caso do exame cervical, por exemplo, a observação do colo do útero, com ajuda do espéculo, permite identificar a presença de secreções anormais (que sugerem infecções) e nódulos visíveis (que podem apontar para miomas ou pólipos), ao passo que a palpação revela alterações no volume pélvico e dor – todos fatores que podem impactar a fertilidade feminina, mais especificamente a receptividade do útero ao embrião, favorecendo perdas gestacionais e aborto de repetição.

A observação direta também se estende ao sistema reprodutivo masculino, com um foco específico no aumento do volume testicular, já que variações no tamanho ou forma podem indicar varicocele, ISTs e outras condições médicas relevantes.

Complementando a avaliação física masculina, a palpação testicular que evidencia hipersensibilidade também pode sugerir condições como varicocele, infecções e inflamações.

A investigação diagnóstica precisa ser baseada no resultado de exames

Embora o exame físico possa fornecer insights valiosos sobre as condições reprodutivas do casal, suas suspeitas devem ser confirmadas por exames laboratoriais e de imagem. Os exames fornecem informações quantificáveis e qualitativas, ou seja, dados que comprovem ou não as hipóteses iniciais.

Entre os exames laboratoriais, destacamos as diversas formas de dosagem hormonal, o hemograma, o exame de urina – importante na detecção de infecções – e principalmente as testagens para ISTs, devido ao seu potencial impacto direto na saúde reprodutiva.

Alguns exames de imagem também são essenciais na investigação diagnóstica da infertilidade, como o ultrassom transvaginal (identifica cistos ovarianos e malformações uterinas) e a histerossalpingografia (avalia a anatomia do útero e a permeabilidade das tubas uterinas) – além do ultrassom testicular com Doppler (para varicocele).

Tratamentos e a reprodução assistida

A abordagem terapêutica na infertilidade varia de acordo com as condições específicas. Para algumas condições, tratamentos primários são a primeira linha de abordagem e sua eficácia é maximizada quando implementados de forma precoce.

Por outro lado, em situações mais complexas, a reprodução assistida pode ser a opção mais adequada.

Entre todas as técnicas, a FIV (fertilização in vitro) é o conjunto de procedimentos mais complexo – e por isso mais abrangente. A maior parte dos casos de infertilidade conjugal pode ser abordado pela FIV, inclusive quando há obstrução tubária e do cordão espermático, e até mesmo a indisponibilidade de gametas, por permitir a gestação com óvulos e espermatozoides doados.

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