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Você sabe como é formado a cavidade interna do útero? O órgão, internamente, possui diversas camadas, algumas mais internas e outras mais externas. Assim, ele possui, das camadas mais superficiais para as mais profundas: endométrio (camada epitelial), miométrio (camadas musculares), perimétrio ou serosa (camada que delimita o órgão).
Provavelmente você deve estar se perguntando agora: ah, então a endometriose está relacionada com essa camada: a resposta é “sim”. E uma de suas classificações é a endometriose superficial.
Continue lendo e entenda mais sobre esse quadro e aproveite para tirar suas dúvidas sobre o tema. Boa leitura.
A endometriose é uma doença crônica, estrogênio-dependente, que pode surgir na vida fértil da mulher. Trata-se de uma inflamação do tecido do endométrio que, a partir disso, gera um crescimento anormal e pode, assim, sair da cavidade uterina.
Assim, ela pode alcançar ovários e tubas, bem como outros órgãos próximos (como bexiga e intestino). Quanto mais ela avança, maior é a gravidade do quadro.
Trata-se de uma das doenças mais comuns do público feminino: atinge entre 5% a 15% das pessoas em período reprodutivo e até 3% a 5% na fase pós-menopausa.
Por ser hormônio-dependente, com a chegada da menopausa tende a amenizar a situação, já que os ovários reduzem a produção do estrogênio no dia a dia.
Para facilitar o processo de acompanhamento da doença e seus tratamentos específicos, há a classificação morfológica do quadro. Assim, ela pode ser dividida em:

Uma das mais comuns e o quadro mais leve é a endometriose superficial. Nesse caso, os tecidos afetados pela infiltração do endométrio são as paredes abdominais e superfície dos órgãos pélvicos.
Caracteriza-se quando há presença de tecido endometrial de até 5mm de profundidade no peritônio. Isso ocorre de forma superficial. Pode atingir, assim, os órgãos próximos da região, tais como:
É considerada superficial, pois sua penetração no tecido é de até 5mm. A partir disso, ela passa a ser enquadrada como formas mais graves da doença.
Até mesmo nos quadros mais graves, muitas mulheres encontram-se na condição assintomática, ou seja, elas não apresentarão nenhum sintoma que identifique o quadro. Contudo, para algumas, a versão superficial da doença pode trazer alguns sintomas, tais como:
Como muitos desses sintomas são vistos como “naturais”, muitas mulheres não buscam auxílio e, com isso, podem ter complicações. Por exemplo, quantas vezes você achou que suas cólicas menstruais eram comuns, ainda que deixassem você incapacitada no período menstrual? Essa é a grande questão: isso pode ser um sintoma de problemas mais sérios.
Diante do que falamos acima, é muito comum que o diagnóstico de endometriose seja feito de forma tardia. Com isso, o avançar da doença pode causar problemas sérios, como evolução dos quadros de dor e, também, a presença de infertilidade.
A doença é a principal causa de infertilidade feminina. Aproximadamente entre 30% a 40% das pacientes que sofram com o quadro terão dificuldades para engravidar sem o processo de reprodução assistida.
Ainda há muita discussão sobre a forma como a endometriose causa a infertilidade. Contudo, os pesquisadores apontam que há uma série de questões levantadas como as mais prováveis para este caso.
Por exemplo, nos casos mais simples, como a endometriose superficial, as suspeitas são:
Ainda que as versões mais brandas tenham baixo índice de infertilidade para as pacientes, ainda assim isso pode ocorrer. Para isso, é importante que, quando diagnosticado o problema, sejam feitos os tratamentos mais adequados caso a caso. Estão entre eles:
Contudo, em muitos casos, essa ação, ainda, não será o suficiente e não devolverá a fertilidade para a paciente. Nesses casos, pode ser interessante optar pelo método de reprodução assistida. O profissional pode, assim, identificar os melhores tratamentos e intervenções e, caso não dê certo, conduzir a pessoa para os melhores métodos de reprodução assistida.
A endometriose superficial pode ser um quadro mais brando da doença, contudo, ainda assim causa uma série de prejuízos a qualidade de vida da paciente. Por isso, não deixe de procurar um especialista, caso sinta algum dos sintomas e verifique a possibilidade do problema.
Para saber mais sobre a endometriose, confira este material imperdível e tire suas dúvidas.
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