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O que é infertilidade sem causa aparente e quando diagnosticar?

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Infertilidade sem causa aparente (ISCA) é o termo utilizado para definir problemas de fertilidade que não puderam ser diagnosticados pelos testes padrão. Ou seja, embora o problema exista, a causa permanece desconhecida.

Habitualmente definida pela tentativa malsucedida de engravidar após um ano de relações sexuais sem proteção, a infertilidade pode ser provocada por fatores masculinos ou femininos em igual proporção.

Diferentes exames são realizados para identificar o que causou o problema. A ISCA é diagnosticada após a exclusão de fatores femininos ou masculinos.

Apesar de ser um diagnóstico frustrante, ainda é possível engravidar a partir dos tratamentos de reprodução assistida.

No texto, são abordados os critérios que orientam o diagnóstico para infertilidade sem causa aparente (ISCA) e o tratamento mais indicado.

Quando a infertilidade sem causa aparente é diagnosticada

Na maioria das vezes a infertilidade pode ser diagnosticada, mas a infertilidade sem causa aparente (ISCA) ainda representa cerca de 10% dos casos.

Diferentes testes são realizados para detectar o que causou problemas na fertilidade. A infertilidade masculina, geralmente provocada por alterações nos espermatozoides ou no transporte deles, é investigada por testes que analisam desde a quantidade e qualidade dos gametas até a função espermática.

Já na feminina, geralmente provocada por causas como alterações no útero e tubas uterinas ou hormonais, a avaliação é feita a partir de diferentes exames, laboratoriais e de imagem.

Quando os exames falham em detectar qualquer anormalidade, a infertilidade é classificada como sem causa aparente. A ISCA pode acontecer quando:

A necessidade de identificar uma causa específica de infertilidade está relacionada ao direcionamento do tratamento. Quando é feito um diagnóstico de ISCA, após realização da rotina inicial de investigação da infertilidade, prossegue-se com a pesquisa de distúrbios endocrinológicos e imunológicos, alterações genéticas e da fisiologia reprodutiva, contribuindo para individualizar o tratamento.

Possíveis causas de infertilidade sem causa aparente (ISCA)

Fortemente influenciada pela idade feminina e pela duração da infertilidade, a concepção pode ser ainda afetada por outros fatores não reconhecidos pelos exames tradicionais.

Além do avanço da idade, quando naturalmente a quantidade e a qualidade dos óvulos diminuem, os testes diagnósticos têm algumas limitações para determinar o impacto que alterações menores podem provocar na infertilidade feminina.

Exemplos incluem pequenas anormalidades nas tubas uterinas, que causam disfunção tubária, ou a não identificação da endometriose em estágios iniciais. Doenças autoimunes, comuns ao mundo industrializado, também têm sido associadas à infertilidade feminina e masculina por diferentes estudos e não são detectadas pelos testes tradicionais.

Além disso, determinados problemas que afetam a fertilidade masculina, como a fragmentação do DNA espermático, não são detectados na análise seminal. A investigação dessas causas auxilia na orientação do tratamento de casais diagnosticados com ISCA.

Independentemente do que provocou o problema, entretanto, os tratamentos de reprodução assistida demonstram percentuais significativos de gravidez em casais diagnosticados com ISCA.

Qual o tratamento mais indicado para infertilidade sem causa aparente?

As três principais técnicas de reprodução assistida (TRA) são a relação sexual programada (RSP) e a inseminação intrauterina (IIU), de baixa complexidade, e a fertilização in vitro (FIV), de alta complexidade.

Mesmo que as técnicas de menor complexidade sejam indicadas para o tratamento de ISCA em alguns casos, a FIV é a que oferece as melhores taxas de sucesso.

A estimulação ovariana, realizada com medicamentos hormonais, proporciona o desenvolvimento de mais folículos e, consequentemente, a coleta de maior quantidade de óvulos.

As técnicas de preparo seminal possibilitam a seleção dos espermatozoides com melhor morfologia e motilidade para fecundação. Quando eles não estão presentes no líquido seminal, podem ainda ser recuperados do epidídimo ou testículos com procedimentos cirúrgicos.

Após a seleção dos melhores gametas, como a fertilização ocorre em laboratório, é possível controlar o processo de fecundação. Atualmente, o procedimento mais utilizado é a FIV com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), em que cada espermatozoide previamente selecionado é injetado diretamente no óvulo.

O período mais adequado para implantação do embrião, conhecido como janela de implantação, pode ainda ser identificado com precisão pelo teste ERA.

O hatching assistido (HA), procedimento em que são criadas aberturas na zona pelúcida por laser, pode ajudar no processo de implantação. Falhas na implantação também podem ocorrer pela dificuldade de o embrião romper a zona pelúcida.

O teste genético pré-implantacional (PGT) identifica distúrbios genéticos a partir da avaliação das células do embrião, possibilitando a transferência para o útero apenas dos mais saudáveis.

Na FIV, os embriões podem ainda ser congelados e transferidos somente no próximo ciclo de tratamento. O congelamento de embriões diminui o efeito dos medicamentos da estimulação ovariana na receptividade endometrial, mitigando as falhas de implantação.

Nos casos em que disfunções no sistema reprodutor feminino ou masculino impossibilitam a fecundação ou quando alterações nos gametas interferem com o sucesso do tratamento, é possível ainda contar com recursos como a doação de gametas e embriões ou o útero de substituição. Ambos os procedimentos compõem o conjunto de técnicas complementares à FIV.

Com a incorporação das técnicas complementares, as chances de sucesso do tratamento foram ampliadas. A FIV é a técnica de reprodução assistida com os maiores percentuais de nascidos vivos por ciclo de realização.

Clique aqui e entenda mais sobre a infertilidade sem causa aparente.

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