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Dosagem de hormônio antimülleriano: como e para que finalidade é feita?

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Dosagem de hormônio antimülleriano: como e para que finalidade é feita?

Hormônios são moléculas importantes, produzidas por glândulas, que enviam mensagens aos órgãos com ordens de regular diversas funções fisiológicas. Essas substâncias são também muito importantes em diversas atividades do sistema reprodutor e, por esse motivo, exames como a dosagem do hormônio antimülleriano ajudam na investigação da infertilidade feminina em procedimentos de reprodução assistida.

Outros importante hormônios, como o FSH (hormônio folículo estimulante), o LH (hormônio luteinizante) e o estrogênio, também podem ser avaliados. O FSH estimula o crescimento de folículos ovarianos no período fértil e o LH promove a maturação final do folículo dominante (e do óvulo).

Já o estrogênio controla o ciclo menstrual e faz a preparação do endométrio para a nidação. Por fim, a progesterona age depois da ovulação para manter o endométrio preparado para receber o embrião e para a gravidez se desenvolver.

Assim, outros hormônios desempenham funções fundamentais em ciclos menstruais, mas o foco deste texto está na dosagem do hormônio antimülleriano. Se você está com dificuldades para ter filhos devido à idade avançada ou já está em tratamento da infertilidade, leia o texto e entenda a função dessa substância, como a avaliação é realizada e o que seus resultados podem indicar.

O que é hormônio antimülleriano?

O hormônio antimülleriano (HAM) é produzido por células presentes nos folículos ovarianos — cavidades em que são produzidos e amadurecidos os óvulos — e, portanto, está relacionado ao crescimento e desenvolvimento de gametas durante a idade reprodutiva da mulher, do nascimento à menopausa.

Assim, o HAM está relacionado também à reserva ovariana, isto é, à disponibilidade de gametas que a mulher pode gerar durante a sua vida. Ao nascer, em condições ideais de saúde, a mulher tem um milhão ou mais de óvulos, número que se reduz ao longo da idade reprodutiva.

Por isso, a dosagem do hormônio antimülleriano é um importante marcador da reserva ovariana. É um dos exames de maior confiabilidade para a avaliação, sendo capaz de estimar a quantidade de óvulos aproximada que a mulher pode produzir.

Como o hormônio antimülleriano indica a condição da reserva ovariana?

A concentração do HAM no sangue reflete uma estimativa do número de folículos antrais e pré-antrais nos ovários. Quanto maior o nível encontrado na dosagem, maior é a probabilidade de haver mais óvulos disponíveis para a fecundação e, consequentemente, as chances de sucesso.

A análise hormonal é realizada por um exame de sangue simples, que verifica os níveis do hormônio antimülleriano. Estudos indicam que a sensibilidade e a especificidade do exame para avaliar a reserva ovariana é superior a 80% e, portanto, a dosagem pode ajudar muito a prever, por exemplo, uma má resposta à estimulação ovariana.

Naturalmente, existe também relação entre o HAM e a idade da mulher, já que está relacionado ao desenvolvimento de óvulos, assim, o hormônio declina gradualmente até a menopausa e, por isso, a dosagem pode, ainda, ajudar a prever a chegada da menopausa.

O que indicam os resultados?

A dosagem do hormônio antimülleriano pode apresentar como resultado diferentes valores em nanogramas por ml. Os quadros em que a concentração estiver entre 1,0 e 3,0 ng/ml indicam normalidade.

Se o valor for menor ou maior, a mulher deve apresentar uma baixa ou alta resposta à estimulação ovariana, devido à sua reserva ovariana. Esse resultado é muito importante na reprodução assistida porque é um dos elementos que ajudam na indicação, por exemplo, do melhor protocolo hormonal para estimular o crescimento de óvulos.

Outra possibilidade de solicitação da dosagem de hormônio antimülleriano é no caso de mulheres portadoras da SOP (síndrome dos ovários policísticos). Essas pacientes costumam ter níveis muito maiores de HAM, devido a uma quantidade superior de folículos nos ovários, e, portanto, a dosagem ajuda a prever uma resposta exacerbada ao estímulo, o que poderia levar à SHO (síndrome de hiperestimulação ovariana).

A dosagem de hormônio antimülleriano é, portanto, um importante preditivo da resposta dos ovários à estimulação ovariana. Ao analisar a concentração do HAM, é possível estimar se a mulher tem uma reserva de óvulos baixa, normal ou alta, o que ajuda a sugerir os próximos passos para que a paciente realize o sonho da maternidade.

O hormônio antimülleriano é apenas um dos marcadores da reserva ovariana. A investigação e avaliação da fertilidade ou infertilidade feminina envolve uma série de outros exames, como ultrassom para a contagem de folículos antrais e outros exames hormonais.

Outro fator fundamental para a análise da reserva ovariana é a idade. Naturalmente, a fertilidade feminina diminui ao longo do tempo. Esse processo se acentua depois dos 35 anos, embora a mulher possa ter filhos até uma idade mais avançada. Isso varia de uma mulher para outra.

Se você quiser saber mais sobre outros fatores que influenciam negativamente à capacidade reprodutiva das mulheres, confira nossa página a respeito da infertilidade feminina.

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