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Congelamento de óvulos: conheça a técnica

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Desde o seu desenvolvimento no útero, a mulher tem em seus ovários estruturas chamadas folículos. Trata-se de uma bolsa repleta de líquido que contém os óvulos, os gametas femininos.

Na fecundação do óvulo pelo gameta masculino – o espermatozoide –, forma-se o zigoto. Na sequência, tem início um processo chamado de clivagem, que é a divisão celular, e o zigoto passa a ser chamado de embrião, que se desenvolve até o nascimento, 9 meses depois.

Os gametas são fundamentais para a fertilidade de homens e mulheres em idade reprodutiva. Quando são acometidos por alguma doença ou alteração hormonal, a funcionalidade dos gametas pode ser comprometida e causar infertilidade feminina e masculina.

Os gametas femininos são também importantes em tratamentos de reprodução assistida e podem ser utilizados em diferentes contextos. Um deles é o congelamento de óvulos, muito utilizado por mulheres que querem adiar a gravidez, seja por desejo, seja por necessidade.

A seguir, saiba o que é o congelamento dos óvulos, como ele é feito e quando pode ser indicado.

O que é o congelamento de óvulos?

Com o avanço da medicina reprodutiva, muitos procedimentos foram desenvolvidos e aprimorados ao longo dos anos para auxiliar casais com problemas de infertilidade ou pessoas com dificuldades para alcançar a gravidez por algum motivo.

O congelamento de óvulos é uma técnica complementar à fertilização in vitro (FIV) utilizada para preservar o material biológico da mulher. Dessa forma, ela pode adiar a gravidez por tempo indeterminado e utilizar os gametas quando estiver pronta para engravidar.

A FIV é o método de maior complexidade da reprodução assistida e tem inúmeros recursos que visam aumentar as chances de gravidez em circunstâncias específicas. Ela permite a micromanipulação dos gametas tanto masculino como feminino para a fecundação e pode utilizar o material congelado quando for o caso.

Esse tipo de intervenção é fundamental para pessoas que buscam alcançar a gestação e não conseguem. O congelamento de óvulos é essencial para mulheres que desejam engravidar em algum momento futuro.

Devido ao fato de ser possível manter os óvulos congelados por tempo indeterminado, é possível utilizá-los no período desejado para realizar o sonho de ter filho. 

O congelamento de óvulos é, portanto, uma técnica utilizada no contexto da reprodução assistida para que o casal consiga planejar melhor a construção de sua família, podendo ter filhos quando achar melhor. Hoje, muitas mulheres adiam a gravidez por motivos profissionais e pessoais. Tendo a possibilidade de congelar os óvulos, ela ganha liberdade para planejar a sua vida como achar melhor.

Como o congelamento de óvulos é feito?

O processo de congelamento também pode ser chamado de criopreservação e pode ser usado também para espermatozoides e embriões. É feito por meio da vitrificação, um congelamento ultrarrápido que preserva as células.

O material biológico passa por um resfriamento em poucos minutos, sendo utilizadas diferentes concentrações de soluções crioprotetoras para prevenir possíveis danos aos óvulos.

Inicialmente, a mulher passa pela estimulação ovariana, procedimento em que injeções hormonais são aplicadas diariamente a fim de aumentar o desenvolvimento dos folículos e obter mais óvulos.

Durante este período, acontece o acompanhamento da ovulação pelas ultrassonografias pélvicas e exames de sangue, que possibilitam avaliar o tamanho dos folículos que se desenvolveram. A etapa seguinte é a indução da ovulação, feita também com medicamentos hormonais.

Pouco antes da ovulação, portanto do rompimento dos folículos, eles são aspirados. O líquido retirado é encaminhado para o laboratório, que separa os óvulos maduros para o congelamento.

Uma vez retirados dos ovários, os óvulos não podem ser recolocados, por isso é necessária a FIV para fazer a fecundação em laboratório e transferir os embriões ao útero para que a gestação possa começar.

Quando o congelamento de óvulos pode ser realizado? 

O congelamento de óvulos pode ser recomendado em diferentes situações. Algumas mulheres têm o desejo de engravidar, mas preferem esperar para que isso aconteça em algum momento futuro por qualquer razão.

Com o passar da idade, a reserva ovariana da mulher tende a diminuir, tanto em quantidade quanto em qualidade. Sendo assim, ela pode optar pela preservação da fertilidade utilizando esse procedimento. É recomendado que ela faça a coleta antes dos 37 anos, quando os gametas ainda são mais saudáveis. O ideal mesmo é que, se ela já souber que vai protelar a gravidez, faça quanto antes.

Hoje, é comum que mulheres que precisem passar por tratamento oncológico sejam encaminhadas ao congelamento de óvulos antes de iniciar a radioterapia ou a quimioterapia. Isso acontece porque eles podem afetar a fertilidade, e o material biológico pode ser preservado antes para que ela tenha seu filho quando estiver saudável.

Quando a paciente tem casos de menopausa precoce na família, também pode optar por esse método, uma vez que a baixa quantidade de óvulos é comum quando já existe histórico.

Por ser um método avançado, existem diferentes possibilidades para a sua realização. Todos os casos devem ser avaliados de maneira detalhada e encaminhados da melhor forma para que o objetivo de ser mãe seja alcançado com sucesso.

Se você se interessou por este assunto, leia também nosso artigo sobre a criopreservação e saiba em quais outros contextos a técnica pode ser utilizada na reprodução assistida.

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