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A capacidade reprodutiva das mulheres diminui com o avanço da idade, e o motivo pelo qual isso acontece é a redução natural da reserva ovariana. Até a menopausa, a mulher tem uma quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação, mas isso pode variar muito de uma mulher para outra, por isso a contagem de folículos antrais é fundamental para avaliar a fertilidade, inclusive no contexto da reprodução assistida.
O procedimento é um dos melhores recursos para avaliar a resposta ovariana, pois estima como a paciente responderá à estimulação ovariana, etapa fundamental de qualquer técnica de reprodução assistida.
Este texto esclarece o que são folículos antrais e por que sua contagem é uma das melhores maneiras de avaliar a reserva ovariana, como o procedimento é realizado e o que seus resultados podem indicar. Além disso, aborda outros métodos de avaliação. Acompanhe a leitura e entenda mais sobre esse exame.
Folículos antrais são pequenas cavidades que ficam nos ovários, com líquido em seu interior, responsáveis pelo amadurecimento dos óvulos a cada ciclo menstrual. Cada folículo contém um óvulo. Durante a vida fértil da mulher, os folículos se desenvolvem durante o ciclo menstrual, mas apenas um se rompe e libera o óvulo para ser fecundado.
A contagem dos folículos antrais, portanto, é um excelente indicador da reserva ovariana. Ao identificar a disponibilidade desses folículos em um ciclo menstrual, é possível estimar a quantidade de folículos nos ovários suscetíveis à estimulação ovariana.
Assim, pode-se entender melhor a qualidade da reserva ovariana da paciente e, consequentemente, suas chances de sucesso na reprodução assistida. A ultrassonografia transvaginal é o exame utilizado para a realização da contagem de folículos antrais, sendo um procedimento simples e indolor.
O exame é realizado no início do fluxo menstrual da paciente, aproximadamente entre o 2º e o 5º dia. São contabilizados, no procedimento, os folículos entre 2 mm e 10 mm de diâmetro médio existentes em ambos os ovários.
A ultrassonografia transvaginal é realizada como de costume, com a paciente em posição ginecológica e com a introdução de um transdutor, equipamento que emite ondas sonoras, no canal vaginal para a formação de imagens com precisão e de boa resolução, o que viabiliza a contagem de folículos antrais por meio de um monitor.
O exame de imagem ajuda o especialista a classificar a reserva ovariana em baixa, normal ou alta, com base na quantidade de folículos antrais encontrados.
Se o resultado for um número menor que 8, por exemplo, a conclusão é de baixa reserva ovariana, o que significa que a mulher pode apresentar baixo potencial fértil.
Assim, é possível guiar melhor as etapas seguintes na reprodução assistida ou mesmo indicar a criopreservação de gametas ou embriões, se a mulher não tiver planos para engravidar em breve.
No entanto, se a paciente já estiver iniciando um tratamento, o resultado ajuda os especialistas a decidir a técnica de reprodução assistida ideal, a avaliar a necessidade de adiar um ciclo, de utilizar gametas doados e de adaptar o protocolo de estimulação ovariana.
A contagem de folículos antrais não é a única maneira de avaliar a reserva ovariana. Além da idade da paciente, que é um indicador muito importante, devido à influência na disponibilidade de óvulos, dosagens hormonais também podem estimar as chances de sucesso em ciclos de reprodução assistida.
Para isso, exames de sangue medem níveis de hormônios, como o LH (hormônio luteinizante), o FSH (hormônio folículo-estimulante) e o estradiol (um dos principais hormônios sexuais femininos), o que pode indicar, por exemplo, insuficiência dos ovários, um quadro de anovulação ou baixo crescimento de folículos ovarianos.
Além desses, o hormônio antimülleriano também é um importante indicador de reserva ovariana, pois o hormônio é produzido por células presentes nos folículos ovarianos e, assim, a análise de seus níveis sugere a disponibilidade de folículos.
A contagem de folículos antrais é realizada por meio da ultrassonografia transvaginal, exame que permite a visualização de ambos os ovários e, assim, estimar, com base na quantidade de folículos encontrados, a capacidade reprodutiva da paciente e sua provável resposta à estimulação ovariana, feita com hormônios. Os resultados são um importante preditivo de reserva ovariana baixa, normal ou alta, além de indicar outras condições de saúde, por isso desempenha grande importância em quadros de infertilidade.
A ultrassonografia é um dos exames mais realizados no mundo e é muito solicitado na reprodução assistida, principalmente para investigação de doenças que podem levar à infertilidade. Quando ela não for conclusiva, hoje outros exames podem complementar a investigação.
Você gostaria de saber mais sobre o exame utilizado na contagem de folículos antrais e sua importância em outras etapas da reprodução assistida? Acesse e leia a página ‘Ultrassonografia Pélvica‘ aqui no site.
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