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A fertilidade feminina está intimamente ligada ao ciclo menstrual. Com uma média de 28 dias, o ciclo menstrual inclui um momento crucial: a ovulação – que ocorre geralmente no meio do ciclo –, quando um óvulo maduro é liberado pelo ovário, pronto para ser fertilizado por um espermatozoide.
A fertilidade tende a ser mais alta nas primeiras décadas de vida, diminuindo naturalmente após os 35 anos, mas diversos outros fatores podem influenciar a fertilidade da mulher, como a saúde geral, condições médicas específicas e estilo de vida.
Nesse sentido, problemas hormonais, SOP (síndrome dos ovários policísticos) e endometriose são as principais condições que podem afetar a capacidade reprodutiva por prejudicar a própria ovulação.
Por isso, mulheres que buscam engravidar monitoram frequentemente seu ciclo menstrual para identificar o período fértil e assim favorecer as chances de engravidar.
A compreensão do ciclo menstrual e da ovulação proporciona autonomia às mulheres, tanto para quem busca a gravidez quanto para quem procura evitar a concepção, permitindo um maior entendimento do próprio corpo e suas nuances.
Neste texto, falaremos sobre a ovulação – continue conosco e saiba mais!
A reserva ovariana refere-se à quantidade e qualidade dos óvulos presentes nos ovários de uma mulher. Esta reserva é estabelecida ainda durante o desenvolvimento fetal, quando o número de óvulos atinge seu pico, diminuindo ao longo da vida.
Isso significa que, ao nascer, uma menina possui aproximadamente 1 a 2 milhões de óvulos, mas esse número diminui progressivamente até a menopausa. A reserva ovariana é consumida principalmente após a puberdade, com o início dos ciclos menstruais.
Os ciclos menstruais são parte integrante do sistema reprodutivo feminino e começam geralmente com a maturação dos órgãos reprodutivos, como ovários e útero, e o início dos ciclos menstruais, que são um processo mensal periódico de preparação do corpo para uma possível gravidez.
O ciclo menstrual é dividido em diferentes fases e regulado por hormônios, principalmente o FSH (hormônio folículo-estimulante) e o LH (hormônio luteinizante). A fase folicular é a primeira metade do ciclo, começa no primeiro dia da menstruação e se estende até a ovulação.
No início da fase folicular, os níveis de FSH aumentam, estimulando os ovários a desenvolverem vários folículos ovarianos (cada folículo contém um óvulo imaturo). À medida que esses folículos crescem, há uma produção crescente de estrogênio.
O aumento dos níveis de estrogênio estimula o espessamento do revestimento uterino (endométrio), preparando-o para a possível implantação de um óvulo fertilizado.
Inicialmente, vários folículos começam a se desenvolver, sob a influência do FSH, e competem para se tornar o folículo dominante, aquele que se desenvolverá até a maturidade e liberará o óvulo na ovulação.
Como comentamos, sob a influência dos hormônios, os folículos crescem, mas apenas um se destaca como dominante, continuando a crescer e liberando o óvulo maduro durante a ovulação.
Ou seja, a ovulação marca o momento em que o óvulo é liberado do ovário e parte em direção às tubas uterinas, onde pode ser fecundado por um espermatozoide, se a mulher mantém relações sexuais durante o período fértil.
O período fértil compreende não apenas o tempo após a ovulação, quando o óvulo está disponível para fertilização nas tubas uterinas, mas também os dois dias que antecedem a ovulação.
Isso se deve à capacidade de sobrevivência dos espermatozoides no trato reprodutivo feminino, que podem permanecer viáveis por até 72h, fazendo com que o óvulo possa ser fertilizado já nas primeiras 24 horas após a ovulação.
A fase lútea é a segunda metade do ciclo menstrual, que se inicia após a ovulação e perdura até o início da próxima menstruação.
Após a ovulação, o folículo que liberou o óvulo transforma-se em uma estrutura chamada corpo lúteo, que produz progesterona – um hormônio fundamental para a manutenção do revestimento uterino (endométrio), tornando-o mais estável e receptivo para uma possível implantação do óvulo fertilizado.
Se ocorrer a fertilização e a implantação do óvulo, o corpo lúteo continua a produzir progesterona, sustentando a gravidez inicial até a placenta assumir essa função. No entanto, se a fertilização não ocorrer, o corpo lúteo degenera e interrompe a produção de progesterona.
A diminuição dos níveis hormonais sinaliza o final da fase lútea, desencadeando a descamação do endométrio e o início de um novo ciclo menstrual.
Distúrbios ovulatórios referem-se a condições em que a ovulação é afetada. Dois distúrbios comuns são a oligovulação e a anovulação.
A oligovulação ocorre quando há uma irregularidade na ovulação, resultando em ciclos menstruais irregulares, enquanto a anovulação significa a ausência de ovulação, normalmente em vários ciclos seguidos.
Um dos principais fatores que podem causar distúrbios ovulatórios é a SOP, em que desequilíbrios hormonais, especialmente altos níveis de hormônios masculinos (andrógenos), podem interferir no processo de maturação dos folículos ovarianos, impedindo ou dificultando a ovulação.
Outra condição que pode afetar a ovulação é a endometriose ovariana. A endometriose ocorre quando o tecido que normalmente reveste o útero (endométrio) cresce fora dele. Quando isso afeta os ovários, pode levar a cistos conhecidos como endometriomas – que podem interferir na ovulação, causando ciclos menstruais irregulares e dificultando a concepção.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado, muitas vezes, desempenham um papel crucial na gestão desses distúrbios e na melhoria das chances de concepção para mulheres que enfrentam essas condições e desejam engravidar.
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