Dra. Fernanda Valente | Reprodução Humana SP | WhatsApp
Agendar Consulta | (11) 99991-2499 | Telefone: (11) 3842-9532
Hidrossalpinge: saiba tudo sobre a doença

Progesterona baixa: o que significa?

92768


Os hormônios sexuais são alguns dos elementos mais fundamentais da fertilidade humana. Embora homens e mulheres produzam os mesmos hormônios sexuais, alguns desses hormônios são predominantes nos homens, enquanto outros são predominantes nas mulheres.

A progesterona é um dos hormônios sexuais produzidos de forma mais significante pelo corpo feminino, assim como os estrogênios. Além de participar do próprio ciclo menstrual, a progesterona também é essencial para a gestação.

Alterações na produção de progesterona podem interferir na fertilidade feminina e, nesse sentido, a progesterona baixa é um dos quadros mais frequentes e pode estar diretamente associado à infertilidade e aborto de repetição.

Com a leitura deste texto você vai entender melhor o que é progesterona baixa e quais são as consequências desse quadro para a fertilidade das mulheres.

Aproveite!

O que é progesterona?

A progesterona é um dos hormônios sexuais, produzido principalmente pelos ovários em momentos específicos do ciclo menstrual e pela placenta, durante a gestação.

A progesterona nos ciclos menstruais

Durante a primeira fase do ciclo menstrual (fase folicular) acontece uma elevação simultânea e gradual na concentração de alguns hormônios: LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo-estimulante) – duas gonadotrofinas produzidas pela hipófise – e o estradiol (estrogênio predominante do ciclo menstrual).

As gonadotrofinas hipofisárias interagem com as células dos folículos ovarianos convocados para a ovulação, provocando a produção de estrogênios – que atuam na própria ovulação, mas também no preparo do endométrio.

Neste momento, os estrogênios estimulam a multiplicação das células do endométrio, tornando este tecido mais espesso, embora ainda muito instável. Com a ovulação, ocorre a formação do corpo-lúteo e o início da produção de progesterona.

Em relação ao papel da progesterona sobre o útero, esse hormônio diminui a taxa de multiplicação celular, estratifica o endométrio e potencializa a vascularização uterina. Contudo, a progesterona também atua no controle da produção das gonadotrofinas FSH e LH.

Na medida em que a concentração de progesterona aumenta gradualmente, no início da fase lútea, a secreção das gonadotrofinas vai diminuindo até chegar aos seus níveis mínimos, desencadeando a menstruação.

A progesterona durante a gestação

Nos ciclos em que a fecundação não ocorre, esse mecanismo de controle das gonadotrofinas faz o corpo-lúteo regredir após alguns dias em atividade, interrompendo a produção de progesterona.

No entanto, se a fecundação acontece, as primeiras etapas da formação do embrião ocorrem nas tubas uterinas, mas a nidação marca o início da gravidez, que se desenvolve somente no útero.

Na nidação, a zona pelúcida remanescente do óvulo se rompe e algumas células embrionárias invadem o endométrio, fixando o embrião.

Estas mesmas células produzem hCG (gonadotrofina coriônica humana), um hormônio embrionário que mantém o corpo-lúteo ativo mesmo na ausência de LH – conservando, consequentemente, a produção de progesterona.

Durante toda gravidez, a progesterona exerce um papel essencial na manutenção da estabilidade do endométrio e por isso sua concentração normal pode ser variável, dependendo do tempo de gestação.

Os níveis normais da progesterona podem oscilar em diferentes situações

A progesterona é um hormônio cuja produção depende da formação adequada do corpo-lúteo, da secreção normal de LH e, quando a mulher engravida, também da produção correta de hCG, enquanto a placenta está em formação.

Por isso, estudos mostram que os níveis normais de progesterona podem oscilar nas diferentes fases do ciclo menstrual e dependendo da presença ou não de gravidez:

A progesterona baixa pode ter origens e consequências diversas

O rebaixamento anormal da progesterona – conhecido como progesterona baixa – pode estar associado a problemas na ovulação e na formação do corpo-lúteo, mas também pode ser resultado de alterações na produção de outros hormônios que interagem com a progesterona e com as gonadotrofinas.

A SOP (síndrome dos ovários policísticos) é uma das principais causas de distúrbios ovulatórios que podem resultar em uma diminuição anormal na produção de progesterona, entre outras consequências.

Na SOP, a produção das gonadotrofinas FSH e LH é desproporcional e por isso impede a ovulação, retendo nos ovários o folículo dominante (que forma um cisto). Sem ovulação, a formação do corpo-lúteo – e consequentemente a produção de progesterona – não acontecem.

A prolactina, normalmente típica do final da gestação e puerpério, também inibe a secreção de gonadotrofinas e a ovulação. Por isso, mulheres que apresentam níveis de prolactina anormalmente elevados podem apresentar um quadro semelhante à SOP, no que diz respeito à formação do corpo-lúteo e à produção de progesterona.

A causa mais conhecida dos quadros de progesterona baixa, no entanto, é chamada defeito da fase lútea e sua origem ainda não foi bem estabelecida pela medicina. Nesses casos, acredita-se que a mulher possa produzir quantidades insuficientes de progesterona ou apresentar problemas nos receptores endometriais para este hormônio.

Progesterona baixa e infertilidade

Uma das principais consequências da progesterona baixa, além do quadro de anovulação que pode estar envolvido com as causas da redução deste hormônio, são os problemas associados à receptividade endometrial, que podem dificultar a gestação e provocar perdas gestacionais precoces – que chamamos aborto de repetição.

Se o embrião, formado nas tubas, chega ao útero e encontra um endométrio pouco receptivo a nidação não acontece. Em alguns casos, a mulher até chega a engravidar, mas a baixa atividade da progesterona pode tornar o endométrio instável e provocar o aborto espontâneo.

A reprodução assistida pode ser indicada para mulheres que apresentam progesterona baixa, especialmente a FIV (fertilização in vitro), que conta com técnicas complementares para o congelamento dos embriões, após a fecundação em laboratório, para que sejam transferidos somente quando o endométrio está devidamente receptivo.

Além da progesterona baixa, a FIV também pode ser indicada para praticamente todos os casos de infertilidade feminina.

Toque neste link e leia tudo sobre infertilidade feminina.

3.2 6 votes
Article Rating

Compartilhe:

Facebook Whatsapp Linkedin

Último Post:


Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments