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Hidrossalpinge: saiba tudo sobre a doença

Trombofilia durante a gravidez precisa de acompanhamento?

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A gravidez é um processo complexo, que passa por várias etapas, desde a fecundação até o
momento do parto. Para minimizar os problemas que podem acontecer durante a gestação, é
importante que a mulher faça o pré-natal, que é o acompanhamento médico ao longo dos 9
meses.

O pré-natal é especialmente importante quando a mulher tem algum problema de saúde que
possa afetar a gravidez. Esse problema pode ser conhecido ou ser descoberto durante o prénatal.

O diagnóstico antecipado de problemas como a trombofilia e doenças uterinas pode evitar
problemas durante a gestação, assim como infertilidade, abortos, entre outros problemas.
Acompanhe este texto para entender o que é trombofilia e quais os riscos que essa condição
oferece para a gravidez. Saiba também quais cuidados especiais devem ser tomados antes e
durante a gestação para evitar complicações.

O que é trombofilia?

Trombofilia é uma alteração no sistema hemostático causada por fatores genéticos ou
adquiridos que aumenta a predisposição para o desenvolvimento de coágulos sanguíneos,
também chamados de trombos.

Essa condição pode levar à trombose venosa profunda (TVP), uma doença conhecida por afetar,
sobretudo, os membros inferiores. Além da manifestação trombótica nas pernas, a trombofilia
também pode provocar quadros fatais, como embolia pulmonar (EP) e acidente vascular cerebral
(AVC). Todos esses problemas são consequência da obstrução de veias e artérias devido à
formação excessiva de coágulos.

Os quadros acima mencionados podem ocorrer com qualquer pessoa, gestante ou não. No
entanto, a trombofilia também está associada a outros riscos na gravidez.

 

Quais são as causas e sintomas da trombofilia?

A trombofilia tem causas hereditárias e adquiridas. As causas genéticas tornam a pessoa mais
suscetível aos eventos trombóticos, principalmente quando são somadas a fatores de risco. As
alterações congênitas do sistema de coagulação incluem:

• deficiência de antitrombina e proteínas C e S;
• mutação do fator V Leiden;
• mutação da protrombina;
• resistência à proteína C ativada.

Os fatores de risco das trombofilias adquiridas envolvem condições clínicas como traumas e
imobilização após cirurgia, doenças mieloproliferativas e neoplasias. Uso prolongado de
anticoncepcionais orais, terapias à base de hormônios, assim como idade, gravidez e puerpério
também são estímulos trombogênicos.

A síndrome do anticorpo antifosfolípide é uma das causas mais importantes de trombofilia
adquirida. Trata-se de uma doença sistêmica autoimune, na qual o sistema de defesa do
organismo ataca proteínas saudáveis do próprio sangue. Os critérios clínicos desse quadro
apontam para trombose vascular e morbidade gestacional.

A trombofilia é uma condição assintomática, mas os problemas desencadeados por ela
apresentam sintomas. A trombose venosa, por exemplo, provoca dor, inchaço e veias dilatadas
na região em que os trombos se formam. Já a embolia pulmonar pode ter indícios sintomáticos
como falta de ar, dor no peito e tosse. Na gravidez, há ainda outras manifestações, como
veremos agora.

Por que a trombofilia pode prejudicar a gravidez?

A gravidez e o puerpério aumentam a suscetibilidade para a formação de trombos, uma vez que
o organismo feminino entra em estado de hipercoagulação para evitar perda sanguínea. Assim,
a mulher que já tem trombofilia corre o risco de passar por várias complicações gestacionais,
como:

• abortamentos de repetição;
• placenta prévia;
• restrição no crescimento do feto;
• pré-eclâmpsia;
• parto prematuro;
• óbito fetal.

Além dos problemas que colocam em risco a vida do feto, a mãe também pode ter
tromboembolismo, condição que caracteriza a combinação entre trombose e embolia pulmonar

 

Quais cuidados devem ser tomados antes e durante a
gestação?

Como a trombofilia em si é assintomática e nem sempre desencadeia eventos trombóticos, a
mulher pode não ter conhecimento do problema. Assim, a ocorrência de dificuldades obstétricas
acaba se tornando o ponto de partida para a investigação diagnóstica.

O mais indicado é que toda mulher que esteja na tentativa de engravidar faça o
acompanhamento prévio para identificar esse e outros quadros que ofereçam riscos à gestação.
Por meio de exames de sangue, é possível verificar se há alguma alteração nos fatores de
coagulação e iniciar o tratamento ainda antes da concepção. Isso ajuda a evitar acontecimentos
negativos, como o abortamento.

O tratamento é feito com medicamentos que controlam a coagulação sanguínea. Mudanças de
hábito também são necessárias na conduta preventiva, antes e durante a gravidez, como se
exercitar, parar de fumar e reduzir o peso corporal (no caso de pacientes com sobrepeso). Outra
recomendação inclui o uso de meias elásticas de compressão, além de tirar alguns minutos por
dia para repousar com as pernas elevadas.

Tanto na gestação espontânea quanto na reprodução assistida é importante fazer a avaliação
diagnóstica antes de engravidar. A fertilização in vitro (FIV), por exemplo, é uma técnica
reconhecida por sua alta eficácia, mas que também pode ter falhas na implantação embrionária
devido à trombofilia. Contudo, há uma vantagem da FIV nesses casos: a possibilidade de fazer
a intervenção medicamentosa em momentos precisos do procedimento.

Na FIV, todos os estágios reprodutivos, desde a estimulação ovariana até a transferência do
embrião para o útero, são acompanhados de perto pelos especialistas. Dessa forma, é possível
administrar os anticoagulantes antes que os embriões sejam transferidos para evitar a formação
de trombos na região uterina e favorecer a implantação.

Portanto, em ambos os tipos de reprodução os cuidados especiais para pacientes com
trombofilia devem começar antes mesmo da gravidez e persistir por toda a gestação.
Você já sabia o que é trombofilia e quais os riscos para a gestação? É necessário conscientizar
mais pessoas sobre a importância do acompanhamento médico. Faça sua parte e compartilhe
este texto em suas redes sociais!

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