Dra. Fernanda Valente | Reprodução Humana SP | WhatsApp
Agendar Consulta | (11) 99991-2499 | Telefone: (11) 3842-9532
Hidrossalpinge: saiba tudo sobre a doença

Sintomas de miomas

590


Quem deseja engravidar precisa saber que existem diversas doenças que podem interferir ou até mesmo impedir uma gestação. Endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP), pólipos endometriais e miomas são algumas delas.

O termo mioma pode assustar em um primeiro momento, mas, dependendo do seu tamanho e localização, não necessita de tratamento além da observação clínica, assim como nem sempre provoca sintomas. Porém, por outro lado, também pode ser motivo para várias complicações, incluindo sintomas severos, entre eles infertilidade.

Neste texto, explicamos detalhadamente sobre miomas, sintomas, causas, diagnóstico, tratamento e como eles podem afetar a saúde reprodutiva das mulheres. Confira!

O que são miomas?

Também chamados de fibromas e leiomiomas, os miomas são tumores benignos musculares e fibrosos, formados a partir de uma única célula do miométrio, camada intermediária do útero. Ou seja, eles não se transformam em câncer e muito raramente apresentam risco de malignização.

O útero, um dos principais órgãos reprodutores das mulheres, é formado por 3 camadas: endométrio, miométrio e perimétrio. Apesar de serem formados a partir das células do miométrio, podem crescer nas diferentes camadas uterinas e, de acordo com a localização, apresentar diferentes tipos de sintomas ou causar interferências na fertilidade.

Porém, nem toda mulher com miomas se torna infértil ou apresenta outras sintomas. São fatores que variam de acordo com critérios como localização, tamanho ou quantidade: os miomas podem ser únicos ou múltiplos.

O que causa o desenvolvimento de miomas?

Ainda que a causa exata da formação de miomas permaneça desconhecida até os dias atuais, eles são associados a diferentes fatores de risco, como a genética, à idade, obesidade ou mesmo diferença racial.

Mulheres negras, por exemplo, as com casos na família e as obesas têm uma propensão muito maior para desenvolvê-los. Além disso, estão entre as doenças estrogênio-dependentes, ou seja, são estimulados pela ação desse hormônio.

Por isso, mulheres que menstruaram precocemente ou as que nunca tiveram filhos também têm risco aumentado, uma vez que estão expostas por mais tempo à ação desse hormônio. Da mesma forma que miomas podem diminuir após a menopausa, quando os níveis hormonais são mais baixos.

Quais são os tipos e sintomas de miomas?

Os miomas são classificados em três tipos principais conforme sua localização:

Miomas subserosos

Se desenvolvem na camada externa do útero, por terem mais espaço podem alcançar dimensões maiores e comprimir órgão próximos como a bexiga e o intestino, resultando em micção frequente e urgente e constipação, além de provocarem inchaço abdominal.

Miomas intramurais

São os mais comuns e crescem no miométrio. Quando são menores geralmente não causam complicações. Porém, em tamanhos maiores podem provocar distorções na anatomia do útero e dificultar o desenvolvimento da gravidez, cólicas fortes e aumento do fluxo menstrual.

Miomas submucosos

Apesar de serem os mais raros são os mais associados à infertilidade, pois crescem próximos ao endométrio, camada de revestimento interno do útero em que o embrião se implanta para dar início à gestação. Assim, podem provocar falhas na implantação e abortamento, muitas vezes de repetição.

Miomas submucosos, além do aumento do fluxo e cólicas severas podem causar, ainda, sangramento entre os períodos menstruais e são associados a desfechos obstétricos adversos, como parto prematuro, descolamento da placenta e hemorragia pós-parto. A perda de sangue excessiva também pode resultar em anemia.

Como é feito o diagnóstico de miomas?

Por serem assintomáticos em boa parte dos casos os miomas geralmente são diagnosticados durante os exames ginecológicos de rotina.

No entanto quando há sintomas, o diagnóstico inicia durante o exame clínico, quando além do acolhimento desses sintomas e análise do histórico pessoal e familiar, podem ser detectadas alterações como maior volume uterino e presença de massas perceptíveis à palpação.

Para confirmar a suspeita podem ser realizados diferentes exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal, a histerossonografia, uma variação da ultrassonografia com a utilização de soro fisiológico para expandir o útero e melhorar a visualização de miomas submucosos, a ressonância magnética e a histeroscopia ambulatorial, que possibilita uma visualização direta do útero.

Os resultados diagnósticos são fundamentais para definição do tratamento mais adequado a cada paciente.

Como os miomas uterinos são tratados?

O tratamento de miomas considera critérios como sintomas, localização, tamanho, e quantidade, além do desejo da mulher de engravidar no momento. Se forem pequenos e assintomáticos, por exemplo, são apenas periodicamente observados.

Os principais tratamentos de miomas são:

Após a remoção dos miomas é possível engravidar na maioria dos casos. Porém, se ainda existirem dificuldades é possível obter a gravidez com auxílio da reprodução assistida.

Miomas e reprodução assistida

A técnica indicada quando a dificuldade de engravidar permanece mesmo após a cirurgia é a fertilização in vitro (FIV). Na FIV, a fecundação é realizada em laboratório e os embriões transferidos ao útero materno.

Para evitar falhas de implantação e abortamento, antes da transferência o endométrio é preparado por medicamentos hormonais. Além disso o teste ERA, técnica complementar à FIV, possibilita a análise dos genes envolvidos no ciclo endometrial, determinando o período mais receptivo para transferir o embrião. A receptividade endometrial é fundamental para a implantação ser bem-sucedida.

Nos casos em que a cirurgia não possibilitou a correção da anatomia uterina, ou se foi necessária a retirada do útero, ainda é possível engravidar com a utilização do útero de substituição, quando uma mulher parente de até quarto grau dos pacientes em tratamento cede o útero para o desenvolvimento da gravidez.

Para entender mais sobre miomas uterinos, toque aqui!

0 0 votes
Article Rating

Compartilhe:

Facebook Whatsapp Linkedin

Último Post:


Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments