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As dúvidas sobre o que é o sêmen são bastante frequentes. Do que é composto o líquido ejaculado? Qual o papel do sêmen na reprodução humana? Como a qualidade do sêmen pode estar associada à infertilidade masculina?
Essas e outras perguntas serão respondidas neste texto. Continue conosco na leitura e aproveite!
O líquido ejaculado, que carrega os espermatozoides para a fecundação, é cientificamente chamado sêmen, mas também conhecido popularmente como esperma – ainda que todos os termos se referem à mesma coisa.
A qualidade do sêmen depende de muitos fatores, entre eles o equilíbrio da dinâmica hormonal que produz testosterona, o desenvolvimento e crescimento dos espermatozoides – que são as células reprodutivas masculinas propriamente ditas – e os nutrientes e fatores protetivos da parte viscosa do sêmen, resultado da atividade das glândulas anexas.
Vamos entender melhor o que são e como são produzidos os espermatozoides e como se dá o funcionamento das glândulas anexas para compreender a importância do sêmen, especialmente no contexto da fertilidade masculina.
O termo espermatogênese refere-se a todo o processo de desenvolvimento e crescimento dos espermatozoides e acontece nas paredes dos túbulos seminíferos, que compõem majoritariamente os testículos.
Nessas estruturas localizam-se três tipos celulares: os espermatócitos (precursores dos espermatozoides), as células de Leydig e as células de Sertoli. O desenvolvimento dos espermatócitos em espermatozoides é mediado pelas células de Leydig e de Sertoli:
Dos túbulos seminíferos os espermatozoides seguem para os epidídimos, a cauda cresce e adquire motilidade, como comentamos, e daí para os ductos deferentes, onde encontram os líquidos glandulares para a formação do sêmen.
As glândulas anexas são três: a próstata, mais conhecida, as glândulas bulbouretrais e a vesícula seminal. Cada uma produz secreções específicas que compõem a parte viscosa do sêmen e desempenham funções próprias na conservação e nutrição dos espermatozoides.
Todas as glândulas anexas desembocam nos ductos deferentes, que recebem suas secreções e os espermatozoides já maduros, vindos dos epidídimos, sediando a formação do sêmen.
A maior parte do sêmen é composto pelas secreções da próstata e da vesícula seminal, e uma pequena parte pelo produto da atividade das glândulas bulbouretrais. Os papéis dessas substâncias, no entanto, são complementares e interligados:
A função central do sêmen, em uma relação sexual e na reprodução humana, é conduzir os espermatozoides ao longo de todo o trajeto entre a ejaculação e o encontro com o óvulo, nas tubas uterinas – onde a fecundação acontece naturalmente.
Quanto mais espermatozoides conseguem chegar saudáveis e disputar a entrada no meio intracelular do óvulo, maiores são as chances de que ocorra fecundação e a mulher engravide.
Para isso o sêmen precisa proporcionar um ambiente que permita um alto grau de sobrevivência dessas células, protegendo-as e fornecendo energia para seu deslocamento.
A qualidade do sêmen também depende do próprio processo de espermatogênese e da produção abundante de espermatozoides saudáveis, dotados de motilidade e morfologia adequados para disputar a fecundação.
A avaliação da qualidade do sêmen pode ser feita pelo espermograma, um exame laboratorial que utiliza uma amostra de sêmen, obtida na maior parte das vezes por masturbação.
O espermograma utiliza parâmetros internacionais para avaliar a qualidade do sêmen segundo alguns aspectos macro e microscópicos fundamentais:
FIV (fertilização in vitro) e IA (inseminação artificial) são as técnicas indicadas para casais com infertilidade por fator masculino, por permitirem o preparo seminal, que busca espermatozoides saudáveis na amostra de sêmen, aumentando as chances de fecundação.
Dependendo das causas da infertilidade masculina, alguns tratamentos primários podem ser indicados, mas em muitas situações a reprodução assistida costuma ser a única forma de ter filhos biológicos.
Isso porque alterações espermáticas, que podem ser diagnosticadas com ajuda do espermograma, com frequência prejudicam a qualidade do sêmen chegando a reduzir muito as chances de fecundação.
Fatores genéticos e doenças adquiridas podem estar por trás dessas alterações e requerem exames específicos, além do espermograma, para o diagnóstico final.
As alterações seminais mais frequentemente encontradas no espermograma de homens com infertilidade são:
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