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Reserva ovariana: saiba como ela é importante para a sua fertilidade

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O sistema reprodutor feminino é formado pelos ovários, que produzem os hormônios sexuais femininos e armazenam os folículos; pelas tubas uterinas, que sediam a fecundação, transportam óvulos, espermatozoides e o embrião formado; e pelo útero, órgão no qual o embrião se implanta e se desenvolve durante a gestação.

Esses órgãos precisam estar saudáveis e funcionando corretamente para a gravidez ser bem-sucedida.

O início do processo se dá pela produção e liberação dos hormônios FSH (folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) pela hipófise durante a primeira fase do ciclo menstrual, na qual também acontece a menstruação. Esses hormônios atuam promovendo o desenvolvimento e amadurecimento dos folículos ovarianos: um deles se torna dominante e libera o óvulo na ovulação para ser fecundado pelo espermatozoide.

A quantidade de folículos existentes no ovário é chamada de reserva ovariana. É importante saber mais sobre esse assunto, principalmente mulheres que estão tentando engravidar. Continue a leitura até o final e entenda sua importância para a fertilidade feminina. Confira!

O que é a reserva ovariana?

Reserva ovariana é o termo utilizado para determinar a quantidade de folículos presentes nos ovários. É normal que essa quantidade diminua ao longo da vida reprodutiva. Isso acontece porque o corpo feminino não produz óvulos após o nascimento, ou seja, todas as mulheres já nascem com o número total de gametas disponíveis para uma possível gravidez.

Os ciclos menstruais iniciam na puberdade a partir da primeira menstruação conhecida como menarca e preparam o corpo da mulher para uma possível gravidez. A cada ciclo menstrual a mulher perde parte de sua reserva ovariana.

Isso acontece porque para aumentar as chances de uma possível fecundação diversos folículos são recrutados. No entanto, apenas um deles se torna dominante, desenvolvendo e amadurecendo o suficiente para liberar o óvulo contido em seu interior. Os folículos que não desenvolveram são, então, naturalmente eliminados, provocando assim a diminuição natural da reserva ovariana.

Quando a mulher atinge a menopausa, evento marcado pela última menstruação, geralmente já não existem mais folículos, o que impossibilita a gravidez de forma natural.

Como avaliar a reserva ovariana?

A avaliação da reserva ovariana é feita a partir da realização de diferentes tipos de exame, que permitem determinar a quantidade de folículos no momento da realização. Geralmente é solicitada quando há dificuldades de engravidar ou se a mulher possui mais do que 35 anos e pretende tornar-se mãe, pois a partir dessa idade ocorre uma queda mais acentuada.

Veja abaixo os principais exames realizados:

Os resultados dos exames são importantes para determinar os níveis da reserva ovariana naquele ciclo. Alterações que ocorrem independentemente da idade são um indicativo de possíveis condições que podem interferir na fertilidade feminina.

Quais fatores podem interferir na reserva ovariana?

As alterações apontadas pelos exames que avaliam a reserva ovariana geralmente são consequências de distúrbios de ovulação. Considerados a causa mais comum de infertilidade feminina, têm como característica dificuldades no desenvolvimento e amadurecimento do folículo ou falha em liberar o óvulo, resultando na ausência de ovulação, anovulação.

Geralmente são consequência de desequilíbrios hormonais, que podem ser percebidos por irregularidades menstruais, como ciclos mais longos do que o normal ou amenorreia, ausência de menstruação, causados por diferentes condições, embora a mais comum seja a síndrome dos ovários policísticos (SOP), um distúrbio endócrino.

Os endometriomas, um tipo de cisto ovariano característico da endometriose, quando crescem muito podem causar danos aos folículos ao redor comprometendo, muitas vezes de forma grave, os níveis da reserva ovariana.

A FOP, falência ovariana prematura, condição em que há perda da função normal dos ovários antes dos 40 anos, também pode comprometê-la. Conhecida ainda como menopausa precoce, geralmente está relacionada a distúrbios genéticos.

A exposição a ambientes tóxicos, os tratamentos para neoplasias, radioterapia e quimioterapia, além de cirurgias ovarianas são considerados fatores de risco para redução da reserva ovariana, em alguns casos de forma permanente.

Como solucionar a baixa de reserva ovariana?

Mulheres que pretendem adiar os planos de maternidade podem optar pelo congelamento dos óvulos para uso posterior. O procedimento também é uma alternativa antes de iniciarem os tratamentos contra o câncer.

Dessa forma é possível preservar a fertilidade e obter a gravidez no futuro com a utilização da fertilização in vitro (FIV), técnica de reprodução assistida em que a fecundação é realizada em laboratório.

Além disso, quando os exames indicam uma baixa na reserva ovariana, uma investigação é feita para determinar a causa, que pode ser tratada em boa parte dos casos. Se o tratamento não for possível ou não proporcionar o sucesso gestacional, todas as técnicas de reprodução assistida ajudam a aumentar as chances.

Os resultados apontados pelos testes de avaliação da reserva ovariana contribuem para a definição da técnica mais indicada em cada caso.

A relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a FIV são as três técnicas de reprodução assistida atualmente.

No caso de reserva ovariana baixa, dependendo da condição, o tratamento mais adequado é por FIV. Por exemplo, também pode ser realizado com a ovodoação quando não for possível contar com a própria reserva ovariana. Nesse caso, os embriões são formados com óvulos doados e espermatozoides do parceiro e posteriormente transferidos ao útero.

Ainda que a baixa reserva ovariana seja um fator que dificulta a gravidez, não a torna impossível. Ela pode ser alcançada com auxílio da reprodução assistida.

Conheça mais sobre a infertilidade feminina e condições que podem comprometer a capacidade reprodutiva tocando aqui!

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