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O que é hiperandrogenismo?

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Os androgênios (hormônios sexuais masculinos) são hormônios esteroides que incluem principalmente a testosterona. Esses hormônios são produzidos em homens e em mulheres, mas em maior quantidade nos homens, já que são responsáveis pelas características sexuais secundárias masculinas e por outras funções.

Nas mulheres, os androgênios são produzidos em menor quantidade pelos ovários e glândulas adrenais. Com o tempo, com a falência ovariana, a mulher pode ter uma redução de androgênios no corpo.

Por outro lado, pode haver, durante a vida da mulher, um aumento da produção de androgênios, que leva ao hiperandrogenismo. Isso pode afetar profundamente alguns aspectos da vida da mulher, como a autoestima, a libido e, também, a fertilidade.

Os hormônios são fundamentais a muitas funções do corpo humano. Eles precisam estar em equilíbrio. Qualquer alteração pode levar a disfunções, como é o caso da elevação da produção de androgênios no corpo feminino.

Para entender melhor esse assunto, convidamos você para continuar a leitura!

O que é hiperandrogenismo?

Hiperandrogenismo é o termo que define o desequilíbrio hormonal caracterizado pelo excesso de androgênios no corpo da mulher. Isso geralmente aumenta a oleosidade da pele, provoca o surgimento de acne e o crescimento excessivo de pelos e afeta a ovulação.

Uma das principais causas do hiperandrogenismo é a síndrome dos ovários policísticos (SOP), em que há uma deficiência do FSH e do LH, hormônios importantes para a fertilidade feminina, o que provoca o aumento das concentrações de testosterona no corpo da mulher.

Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

A SOP é caracterizada pela presença de múltiplos cistos nos ovários. Em virtude de problemas hormonais, pode ser produzida uma quantidade excessiva de androgênios, levando ao hiperandrogenismo. Na verdade, acontece uma falha na conversão da testosterona em estrogênio, aumentando as concentrações do hormônio masculino.

Muitas mulheres com SOP também apresentam resistência à insulina e problemas com o metabolismo de carboidratos na corrente sanguínea.

A SOP piora a qualidade dos óvulos, afeta a ovulação, podendo levar à anovulação (ausência de ovulação), altera o ciclo menstrual e pode afetar a implantação do embrião no útero. Dessa forma, a SOP tem uma relação direta com a infertilidade.

Além da SOP, altos níveis de testosterona no corpo feminino podem causar os seguintes sinais e sintomas:

Hiperandrogenismo e fertilidade 

Quando o corpo produz testosterona em excesso, como costuma ser o caso de mulheres com SOP, isso pode levar a vários efeitos na saúde, incluindo infertilidade.

Durante cada ciclo menstrual, os folículos nos ovários começam a crescer em preparação para a ovulação (quando um folículo libera um óvulo maduro). Altos níveis de testosterona podem dificultar o crescimento do folículo e impedir a ovulação. 

Esse é um dos motivos pelos quais as mulheres com SOP tendem a ter menstruações irregulares ou não ter menstruação. Com isso, a mulher não pode engravidar.

Tratamentos 

O tratamento depende de uma série de fatores, como o desejo reprodutivo. Para mulheres que desejam engravidar, a primeira linha de tratamento é fazer mudanças no estilo de vida, o que geralmente envolve perder peso e aumentar os exercícios. Muitas vezes a reprodução assistida é necessária.

Quando não há desejo reprodutivo, o tratamento é feito com anticoncepcionais cuja ação reduzem os níveis de androgênios no sangue.

Reprodução assistida – coito programado ou fertilização in vitro (FIV)

Mesmo depois de fazer mudanças no estilo de vida, algumas mulheres permanecem com dificuldade em engravidar. Nesses casos, as mulheres podem optar pela reprodução assistida, principalmente o coito programado (ou relação sexual programada) ou a fertilização in vitro (FIV)

A indicação é feita depois de uma investigação detalhada do casal, que tem início na anamnese e envolve a realização de uma série de exames, cujo objetivo é identificar as causas de infertilidade para que a melhor conduta seja indicada.

O coito programado é a técnica mais simples de reprodução assistida. A mulher passa apenas pela estimulação ovariana, que é a injeção diária de hormônios para estimular os ovários a liberarem pelo menos um óvulo durante o ciclo menstrual. O casal é orientado a manter relações sexuais no período mais fértil do ciclo para aumentar as chances de engravidar.

Já a FIV é um tratamento de alta complexidade, em que boa parte de todo o processo reprodutivo é feito em laboratório, fora do corpo da mulher. A primeira etapa também é a estimulação ovariana, mas o objetivo nesse caso é conseguir um número maior de óvulos. A etapa seguinte é a coleta dos gametas, tanto masculinos como femininos, que na sequência são fecundados. Os embriões resultantes desse processo são mantidos em incubadoras por alguns dias e depois transferidos ao útero para que a gestação possa começar. 

Esperamos que este post tenha sido útil para você. Caso você ainda tenha alguma dúvida, sugerimos também a leitura sobre síndrome dos ovários policísticos para entender melhor essa condição.

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