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O que é clivagem?

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A clivagem é um processo fundamental no desenvolvimento embrionário, desempenhando um papel crucial na formação de um embrião saudável – tanto nas gestações naturais, como na reprodução assistida.

O desenvolvimento embrionário acontece após a formação do zigoto – ou seja, quando um óvulo (a célula reprodutiva feminina) é fertilizado por um espermatozoide (a célula reprodutiva masculina). Essa célula, resultante dessa fusão, contém a combinação de material genético de ambos os pais.

Nesse momento, inicia-se o processo de clivagem, no qual o zigoto passa por uma série de divisões celulares rápidas e sucessivas. Conforme essas divisões ocorrem, o embrião começa a se formar, passando por diferentes estágios de desenvolvimento, transformando-se e diferenciando-se em um feto.

A compreensão da clivagem é essencial para acompanhar a importância desse processo também no contexto da reprodução assistida.

Por isso, nos próximos tópicos deste artigo, exploraremos mais a fundo o processo da clivagem, sua relevância no desenvolvimento embrionário e como isso afeta os tratamentos de reprodução assistida.

Acompanhe para descobrir os detalhes fascinantes dessa jornada!

Clivagem é um termo específico do desenvolvimento embrionário

A palavra clivagem vem do francês, cliver, que significa separar, dividir e, no contexto da embriologia, refere-se especificamente às divisões celulares iniciais do zigoto, cujo objetivo é dar início ao desenvolvimento embrionário.

É importante notar que, fora desse contexto, o termo clivagem não é geralmente utilizado para descrever as divisões celulares em outros tipos de células do corpo. Nas células somáticas (células do corpo em geral), as divisões celulares são geralmente chamadas mitoses ou simplesmente divisão celular.

As divisões celulares na clivagem são caracterizadas por sua rapidez, sequencialidade e por não levarem a um crescimento significativo do embrião – já que as células resultantes ainda estão limitadas pela zona pelúcida herdada do óvulo.

As células que resultam das clivagens são geneticamente idênticas e os processos de especialização das células começam a acontecer somente após o estágio de blastocisto.

Entenda o contexto em que a clivagem acontece naturalmente

O processo do desenvolvimento embrionário é uma jornada que começa com a fecundação, que ocorre naturalmente nas tubas uterinas, onde o óvulo é captado após a ovulação. A fertilização acontece com a penetração de um espermatozoide no óvulo, formando assim o zigoto.

O zigoto, resultado da fusão do óvulo e do espermatozoide, é o início desse processo. Ele contém o material genético de ambos os pais e dá início às clivagens, que são as divisões celulares rápidas e sucessivas. Essas clivagens ocorrem sem aumentar significativamente o tamanho das células e levam à formação de uma massa compacta de células chamada mórula.

Conforme as clivagens continuam, a mórula se transforma em um blastocisto, uma estrutura composta por duas partes distintas: o trofoblasto (camada externa de células) e o embrioblasto (massa interna de células). O trofoblasto desempenha um papel fundamental na nidação, enquanto o embrioblasto dará origem aos tecidos e órgãos do embrião propriamente dito.

Assim, após sua formação, o blastocisto migra para o útero e se implanta no endométrio, em um processo chamado nidação. Para isso, o trofoblasto se adere ao revestimento do útero e estabelece uma conexão com os vasos sanguíneos maternos, permitindo a troca de nutrientes e oxigênio entre a mãe e o embrião em crescimento.

As células do trofoblasto também são essenciais para a formação dos anexos embrionários – placenta, cordão umbilical e líquido amniótico – e para a produção de hCG (gonadotrofina coriônica humana), que mantém o corpo lúteo e, consequentemente, a produção de progesterona e a estabilidade do endométrio.

Para aqueles que passam por tratamentos de reprodução assistida, entender esses estágios é especialmente significativo, pois é uma maneira de se conectar com o processo que pode tornar o sonho de ter um filho uma realidade.

Qual a importância do estágio de clivagem para a reprodução assistida?

A etapa de clivagem é essencial para o desenvolvimento embrionário nas gestações naturais e também na reprodução assistida, especialmente na FIV (fertilização in vitro). Nessa técnica, o processo pode ser observado fora do corpo da mãe, em um laboratório especializado.

Na FIV, existem cinco etapas principais que desempenham um papel fundamental no processo de concepção. A primeira etapa é a estimulação ovariana, em que a mulher recebe medicamentos para estimular os ovários a produzirem múltiplos folículos, que contêm os óvulos. Essa etapa é importante para maximizar a quantidade de óvulos disponíveis para a fertilização.

Após a estimulação ovariana, os óvulos são coletados por punção folicular, um processo realizado sob anestesia, em que os óvulos são retirados dos folículos por uma agulha guiada por ultrassom – e os espermatozoides também são coletados, por masturbação ou recuperação espermática.

Uma vez coletados, os gametas são fertilizados em laboratório, normalmente por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), na qual um espermatozoide é injetado diretamente em cada óvulo, dando origem a um número específico de zigotos.

Logo em seguida, o cultivo embrionário é uma fase importante em que os zigotos e embriões são mantidos em um ambiente controlado e quando ocorrem as clivagens, resultando na formação da mórula e, posteriormente, do blastocisto.

O cultivo embrionário é acompanhado de perto pelos especialistas para avaliar a qualidade e o desenvolvimento dos embriões e também é o período em que se pode realizar o PGT (teste genético pré-implantacional), uma importante ferramenta para a seleção dos melhores embriões.

Por fim, os embriões de melhor qualidade são selecionados para a transferência para o útero, em um procedimento realizado também com ajuda de ultrassom, mas sem necessidade de anestesia, e cerca de 20 dias depois a mulher pode fazer o teste de gravidez para confirmar o sucesso do tratamento.

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