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Hidrossalpinge: saiba tudo sobre a doença

Leiomiomas: o que são?

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O termo leiomiomas é formado pela união de três palavras do grego antigo – leiós (liso), myós (músculo) e oma (tumor) –, traduzindo com precisão uma das principais características da doença: a formação de nódulos tumorais em diferentes localiza da extensa faixa de musculatura lisa que compõe o útero, o miométrio.

Os leiomiomas são mais frequentes nas mulheres em idade reprodutiva – entre a puberdade e a menopausa – e, embora ofereçam riscos às funções uterinas, podem ou não resultar em problemas para engravidar e infertilidade feminina.

Tanto as possibilidades de infertilidade, como os demais sintomas que os leiomiomas podem desencadear dependem diretamente das regiões do miométrio em que essas formações tumorais se desenvolvem.

Continue conosco e entenda melhor o que são os leiomiomas, as consequências dos diferentes quadros que a doença pode provocar e as possibilidades de tratamento.

Boa leitura!

O que são leiomiomas?

Os leiomiomas são tumores estrogênio-dependentes que surgem como nódulos ao longo do miométrio e podem ser sésseis – totalmente aderidos ao miométrio – ou pediculados – que se destacam da parede uterina e se projetam em direção ao peritônio ou ao interior da cavidade uterina.

Quando dizemos que os leiomiomas são estrogênio-dependentes, isso significa que o próprio estrogênio natural do ciclo menstrual (estradiol) é o principal fator de crescimento desses tumores benignos, que também podem tornar-se inflamados sob ação deste hormônio.

A maior parte dos sintomas dos leiomiomas derivam desse crescimento e inflamação dos tumores e, embora possam variar de acordo com o tipo de leiomioma, normalmente incluem as seguintes alterações:

Entenda melhor a classificação dos leiomiomas

A parede uterina – onde os leiomiomas se desenvolvem – é formada por três camadas de tecido distintas e com funções específicas:

  1. Perimétrio: camada que delimita o útero em relação às outras estruturas da cavidade pélvica, formada por células serosas (de revestimento) e em contato com o peritônio (tecido de preenchimento da cavidade abdominal e pélvica);
  2. Miométrio: camada mais espessa da parede uterina, intermediária entre o perimétrio e o endométrio, formada por células de musculatura lisa que conferem ao útero elasticidade e contratilidade;
  3. Endométrio: tecido de revestimento da cavidade uterina, composto por células glandulares e estromáticas que, além de se modificar constantemente a cada ciclo menstrual, também mantêm contato direto com o embrião, no início da gravidez, e com a placenta, ao longo de toda a gestação.

Os leiomiomas são classificados de acordo com a região do miométrio onde se desenvolvem, em:

As mulheres, no entanto, normalmente apresentam quadros individualizados de leiomiomas, com a presença de um único tumor ou com tumores numerosos, que podem ser grandes ou pequenos, distribuídos nas proximidades de diversas camadas da parede uterina ao mesmo tempo.

Leiomiomas podem causar infertilidade?

A infertilidade é um dos sintomas possíveis dos leiomiomas, embora esteja mais restrita aos submucosos, que interferem na integridade do endométrio tanto por seu crescimento como pelo processo inflamatório disparado pelos tumores.

Considerando o papel do endométrio na gestação, nas mulheres com esse tipo de leiomioma a infertilidade pode se apresentar como dificuldade para engravidar, já que o preparo endometrial para receber o embrião pode ser prejudicado pelas alterações da doença, provocando falha na implantação embrionária.

Outro problema dos leiomiomas submucosos associados à fertilidade, nos casos em que a mulher consegue engravidar, é o risco de sangramento desses tumores durante a gestação, que pode provocar aborto espontâneo e, a longo prazo, criar um quadro de aborto de repetição.

Diagnóstico e tratamento dos leiomiomas

O diagnóstico dos leiomiomas começa com a abordagem dos sintomas apresentados e do histórico de saúde familiar e individual da mulher. A primeira consulta é seguida dos exames de imagem – como ultrassonografia pélvica, ressonância magnética e tomografia –, que buscam identificar e localizar os tumores, esclarecendo melhor o quadro geral da doença.

O tratamento dos leiomiomas pode variar de acordo com o quadro geral apresentado pela mulher e seu desejo reprodutivo.

Nos assintomáticos, pode-se optar por uma abordagem expectante (quando não se intervém com medicamentos ou cirurgias), apenas acompanha-se o desenvolvimento dos leiomiomas e o surgimento dos sintomas para intervir somente quando for necessário.

Se a mulher apresenta sintomas leves e não tem planos de engravidar em breve, os sintomas dos leiomiomas podem ser controlados por medicação hormonal (normalmente contraceptivos e minipílula), que regula o ciclo e o fluxo menstrual, e anti-inflamatórios, que atenuam os sintomas dolorosos.

O tratamento medicamentoso, no entanto, não interfere no crescimento dos leiomiomas, e a mulher pode receber indicação para retirada cirúrgica dos tumores. Isso acontece especialmente nos casos mais graves, em que os sintomas são severos, e quando a mulher apresenta infertilidade em função dos leiomiomas e deseja engravidar.

Reprodução assistida para mulheres com leiomiomas

A FIV (fertilização in vitro) é a principal técnica de reprodução assistida que pode ser indicada para mulheres com infertilidade em decorrência dos leiomiomas.

Neste caso, o diferencial da FIV é a possibilidade de realizar um trabalho mais minucioso sobre o preparo endometrial, porque a técnica permite a fecundação em laboratório e o congelamento dos embriões antes da transferência para o útero.

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