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Investigação da infertilidade: o primeiro passo é a consulta

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade é definida como a incapacidade de conceber após pelo menos um ano de relações sexuais regulares sem o uso de métodos contraceptivos.

Este desafio, no entanto, vai além do aspecto individual, afetando não apenas a saúde reprodutiva de cada parceiro, mas também a dinâmica emocional e psicológica da relação.

Por isso, investigar as causas da infertilidade é um passo essencial na busca por respostas que não apenas ofereçam soluções médicas, mas também compreendam as implicações emocionais dessa jornada.

Além disso, a investigação da infertilidade é importante porque um diagnóstico preciso pode orientar o casal em direção a estratégias de tratamento eficazes, incluindo a reprodução assistida.

Ao longo deste texto, exploraremos como é e qual a importância da consulta inicial para investigação da infertilidade – e como este é o primeiro passo em direção à realização do sonho de ter filhos.

O acolhimento é essencial na primeira consulta

A dificuldade de engravidar pode desencadear uma série de angústias e preocupações profundas no casal e principalmente na mulher, para quem essa jornada pode estar ligada à sua identidade e autorrealização, despertando sentimentos de inadequação e pressão social.

Por isso, a primeira consulta para investigação da infertilidade, começa sempre com o acolhimento do casal, suas expectativas e seus receios a respeito da gravidez. Nesse contexto, uma escuta empática e o reconhecimento das emoções vivenciadas são elementos-chave para estabelecer uma atmosfera de compreensão e apoio.

Esse acolhimento inicial é tão essencial quanto os procedimentos médicos para identificar e reverter a infertilidade conjugal, já que não apenas valida as experiências emocionais do casal, mas também proporciona um espaço seguro para expressar suas preocupações e expectativas ao longo de todo o tratamento.

Entenda a importância da anamnese

Em termos gerais, a anamnese é uma entrevista detalhada para coletar informações relevantes sobre a história de saúde do paciente. No contexto da investigação da infertilidade, a anamnese abrange uma variedade de aspectos, desde os hábitos de vida até a saúde física e emocional do casal.

Nesse momento, explora-se hábitos de vida, como dieta, exercícios, consumo de substâncias e níveis de estresse, assim como possíveis sintomas do casal, que possam direcionar os primeiros exames da investigação da infertilidade.

O histórico de saúde individual e familiar é outro componente essencial da anamnese, em que se fala sobre doenças crônicas, condições médicas prévias e histórico de tratamentos médicos que possam ajudar a avaliar possíveis conexões com a infertilidade.

A história reprodutiva do casal é outro aspecto abordado, rememorando gestações pregressas, abortos espontâneos, e qualquer outro evento relevante que possa influenciar a capacidade reprodutiva.

Como o exame físico pode ser determinante na investigação da infertilidade

Logo após o acolhimento e a anamnese, o exame físico pode ser feito também na primeira consulta, para uma avaliação mais objetiva do casal, utilizando principalmente técnicas de palpação e observação direta.

A palpação pode revelar o aumento do volume uterino e abdominal, sugerindo a possibilidade de miomas ou pólipos, além de identificar dor e hipersensibilidade ao toque pélvico, que podem indicar a necessidade de exames mais específicos para endometriose ou infecções.

Ainda sobre o exame físico feminino, a observação direta do colo do útero pode ser feita tanto com ajuda do espéculo, para identificar secreções indicativas de infecções, como por um exame inicial de ultrassonografia transvaginal.

Embora esse exame ofereça uma visão mais superficial, ele é capaz de identificar malformações uterinas, miomas, pólipos e eventualmente cistos ovarianos que possam influenciar a fertilidade.

No parceiro masculino, a observação direta pode perceber alterações no volume testicular e a palpação pode identificar hipersensibilidade testicular, que sugerem condições como varicocele, que podem impactar negativamente a produção de espermatozoides.

Investigação diagnóstica: conheça os exames após a primeira consulta

Com base nas informações e conclusões a que se chega na primeira consulta, a investigação da infertilidade demanda uma bateria de exames, cujo objetivo central é fornecer informações mais precisas.

Inicialmente, o espermograma é realizado para avaliar a qualidade e quantidade de espermatozoides no sêmen, parâmetros essenciais da fertilidade do homem que podem ser afetados por doenças assintomáticas e, por isso, precisam ser realizados mesmo na ausência de sintomas.

As dosagens hormonais podem ser solicitadas tanto para homens, quanto para mulheres, bem como exames mais gerais, incluindo hemograma e exames de urina.

Em casos de suspeita de varicocele, o ultrassom testicular com Doppler é o exame mais indicado, por possibilitar a visualização da rede venosa e das dilatações anormais típicas da varicocele. Também utilizando a tecnologia de ultrassom, a ultrassonografia transvaginal com preenchimento uterino é valiosa quando se suspeita de endometriose.

Mais específica que os procedimentos mencionados, a histerossalpingografia é um procedimento radiológico que verifica a permeabilidade das tubas uterinas com ajuda de contraste, é específica para identificar obstruções tubárias.

Finalmente, quando há histórico de doenças crônicas e problemas genéticos na família do casal, os exames de cariótipo e sequenciamento genético podem ser solicitados para saber se possíveis alterações genéticas podem estar contribuindo para a infertilidade.

Tratamentos possíveis e o papel da reprodução assistida

Os tratamentos medicamentosos podem ser utilizados na abordagem inicial da infertilidade, incluindo antibióticos, anti-inflamatórios e medicações hormonais específicas para regularizar a ovulação e a produção de espermatozoides.

Em certos casos, abordagens cirúrgicas podem ser necessárias, como a correção da varicocele e de malformações uterinas, além da retirada de miomas, pólipos e sinequias (aderências cicatriciais uterinas e tubárias).

Na maior parte das vezes, a reprodução assistida é considerada quando outros tratamentos não alcançam o sucesso desejado e em situações nas quais não existem tratamentos primários eficazes, como obstruções nas tubas uterinas, baixa qualidade espermática, endometriose avançada e fatores genéticos.

A FIV (fertilização in vitro) pode ser recomendada na maior parte das situações, mesmo nas mais desafiadoras. Este procedimento envolve a fertilização do óvulo fora do corpo, seguida do cultivo embrionário e da transferência do embrião diretamente para o útero.

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