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Fecundação na FIV: clássica e ICSI

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A fecundação é o encontro de um óvulo (gameta feminino) com um espermatozoide (gameta masculino), resultando na formação de um embrião, que se desenvolverá no útero materno até o fim da gestação. Esse encontro pode acontecer naturalmente nas tubas uterinas ou em um laboratório, no contexto da fertilização in vitro (FIV), técnica de alta complexidade de reprodução assistida.

Nem sempre a fecundação acontece de forma natural, nas tentativas por relações sexuais. Depois que o óvulo é captado pela tuba uterina (antigamente chamada de trompa de Falópio) (desde que não esteja bloqueada), o espermatozoide deve encontrá-lo dentro de 24 horas. Se isso não acontecer, o óvulo se desfaz e não é mais possível a fecundação.

Uma vez que o espermatozoide dura até 72 horas dentro do sistema reprodutor da mulher, uma relação sexual deve, portanto, ocorrer no máximo 3 dias antes e 24 horas depois da ovulação para que a gravidez seja possível. Para que a mulher possa engravidar naturalmente, portanto, esse encontro precisa acontecer durante o período fértil.

Quando a gravidez não ocorre após um ano de tentativas (sem nenhum uso contraceptivo), a infertilidade pode ser investigada e diagnosticada. Caso a mulher tenha mais do que 35 anos, esse tempo é reduzido para 6 meses.

E quando a infertilidade é diagnosticada, é possível recorrer à reprodução assistida, sendo a FIV uma das técnicas que pode ser indicada e que oferece as melhores taxas de sucesso.

Existem duas técnicas de fecundação na FIV, mas a clássica, que é uma delas, praticamente não é mais realizada. Hoje, a injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) é indicada em praticamente todos os casos de infertilidade.

Você sabe o que é e qual é a diferença entre elas? Descubra aqui, no texto de hoje!

FIV clássica e ICSI: o que é e qual é a diferença?

A FIV clássica e a ICSI são dois métodos de fecundação da fertilização in vitro. Conheça as duas para entender as diferenças e por que hoje a ICSI é indicada em praticamente todos os casos.

A fecundação é a terceira etapa da FIV.

FIV clássica

A FIV clássica consiste em colocar o óvulo coletado em uma placa de cultivo, em meio nutriente específico, e colocar nessa mesma placa, em volta do óvulo, os espermatozoides, que foram coletados e tratados previamente com técnicas de processamento seminal.

Assim como a fecundação acontece naturalmente nas tubas uterinas ele acontece nessa técnica. Os espermatozoides se movem e são atraídos na direção do óvulo, até alcançá-lo e fecundá-lo. Esse processo é todo monitorado em laboratório.

Os embriões formados são cultivados por alguns dias em laboratório, até que atinjam o estágio ideal, e então são transferidos ao útero, dando início à gestação.

FIV com ICSI

A ICSI precisa apenas de alguns espermatozoides para conseguir os embriões. Muito diferente da FIV clássica, a ICSI requer um equipamento chamado de micromanipulador de gametas par ser feita.

Os óvulos e os espermatozoides também são colocados em placas de cultivo. No entanto, na ICSI, cada espermatozoide é aspirado por uma microagulha e injetado diretamente dentro do citoplasma do óvulo, por isso a técnica tem esse nome. A agulha penetra no óvulo e deposita suavemente o espermatozoide lá dentro, no citoplasma, facilitando a fecundação.

Dessa forma, a FIV se tornou uma indicação até para casos gravíssimos de infertilidade conjugal por fatores masculinos, já que com apenas um espermatozoide pode ser possível conseguir um embrião e, talvez, a gravidez.

Principal diferença

Dessa forma, a principal diferença entre a FIV clássica e FIV com ICSI é a forma como o espermatozoide fertiliza o óvulo.

Na FIV clássica, cada óvulo precisa de mais de 100.000 espermatozoides para que a fecundação possa acontecer. Os espermatozoides móveis entram em contato espontaneamente com o óvulo e um deles o fertilizará.

Na ICSI, um único espermatozoide é depositado no citoplasma do óvulo com o auxílio do micromanipulador de gametas.

Como é feita a FIV?

A FIV é feita em 5 etapas, sendo uma delas a fecundação. Veja as outras etapas.

Estimulação ovariana

A primeira etapa da FIV tem o objetivo de aumentar o número de óvulos disponíveis para a fecundação. Ela é feita com medicamentos hormonais e dura cerca de 10 a 12 dias. Durante esse período, são feitas ultrassonografias para acompanhar o crescimento dos folículos. Quando eles atingem o estágio esperado, é desencadeada, também com hormônio (hCG), a ovulação, mas um pouco antes de ela acontecer é feita a segunda etapa, que é a aspiração folicular por punção.

Aspiração folicular por punção e coleta do sêmen

A coleta de óvulos (é aspirado o líquido folicular e esse líquido tem o óvulo) é feita cerca de 35 horas após a injeção de hCG. O médico, com o auxílio de uma agulha, retira o líquido folicular dos folículos mais maduros que estão nos ovários. Esse procedimento é feito sob anestesia.

Esse líquido é encaminhado para o laboratório para que os óvulos sejam separados do líquido folicular.

Praticamente de forma simultânea o parceiro coleta o sêmen por masturbação. Esse material é encaminhado para o laboratório de andrologia para passar pelo processamento seminal.

Fecundação por ICSI

Nesse momento acontece a fecundação, em que os espermatozoides coletados e tratados são injetados, um a um, nos óvulos disponíveis para que se formem os embriões.

Cultivo embrionário

Os embriões são mantidos em incubadoras por alguns dias para que se desenvolvam até o estágio ideal para que sejam transferidos ao útero e deem início à gestação.

Transferência embrionária

Hoje, de 1 a 3 embriões podem ser transferidos ao útero, dependendo das características do casal e principalmente da mulher. Se os embriões forem de qualidade, no máximo 2 podem ser transferidos.

A transferência é um procedimento simples e rápido. É utilizado um cateter para depositar com delicadeza o ou os embriões próximos ao endométrio, dentro da cavidade uterina.

Gostou do texto? Para obter mais informações sobre ICSI e FIV, leia mais sobre fertilização in vitro.

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