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O ciclo menstrual é uma sequência de acontecimentos que ocorre no corpo da mulher, com uma duração de mais ou menos 28 dias, podendo ser um pouco mais longo, um pouco mais curto ou irregular.
Esse processo ajuda a identificar o período fértil da mulher, que emite sinais pelo corpo.
Se o desejo da mulher for tornar-se mãe ou não, entender o ciclo menstrual colocará nas mãos dessas mulheres um conhecimento que vai guiá-las a uma tentativa que garante altas taxas de sucesso na gravidez ou evita a sua ocorrência.
Para toda mulher que deseja formar uma família é extremamente importante compreender mais sobre seu corpo e, principalmente, sobre o ciclo menstrual.
Ao ler este conteúdo, vai descobrir o que é ciclo menstrual, suas fases e como acontecem, distúrbios ovulatórios que impedem a gravidez e quais os meios de obter uma gravidez saudável.
O ciclo menstrual, portanto, é um processo que ocorre no corpo feminino.
Regulado pelo sistema endócrino, o ciclo menstrual é um processo de diversas alterações fisiológicas que ocorrem no corpo da mulher durante um certo período, sendo o mais comum o de 28 dias, porém pode haver variação de mulher para mulher nesse período.
A finalidade do ciclo menstrual é a concepção, ou seja, a fecundação do óvulo que origina uma gravidez. Durante esse período muitas alterações hormonais ocorrem, e essas alterações regulam os órgãos do sistema reprodutivo feminino, ordenando suas ações.
O ciclo menstrual ocorre em três fases: folicular, ovulação e lútea.
No primeiro dia de menstruação, começa a fase folicular, que só vai ter seu fim na ovulação. Na fase folicular, uma glândula denominada de hipófise libera um hormônio (FSH – hormônio folículo-estimulante).
O papel do FSH, ao ser liberado, é estimular o crescimento de folículos nos ovários femininos.
Dentro de cada folículo há um óvulo que ainda precisa se desenvolver. Quando os folículos começam a crescer, apenas um, o mais sensível ao hormônio circulante, progride até estar pronto para a segunda fase, a ovulação.
Os outros folículos que não conseguem se desenvolver atrofiam.
No decorrer do desenvolvimento dos folículos ovarianos, o corpo produz estrogênio, um hormônio feminino responsável por emitir sinais ao útero para iniciar a preparação do endométrio, espessando o revestimento do útero que vai receber o embrião.
Enquanto isso ocorre, a hipófise envia o hormônio luteinizante (LH), responsável por induzir a segunda fase: a ovulação.
Para que isso ocorra, o LH faz com que o folículo se rompa e libere o óvulo que estava se desenvolvendo dentro dele, deixando esse óvulo maduro e pronto para ser fecundado pelo espermatozoide.
Na fase folicular inicial, as chances de gravidez são baixas, pois ainda há um desenvolvimento ocorrendo. As taxas de sucesso aumentam quanto mais próxima da ovulação a mulher estiver.
Essa fase consiste na liberação do óvulo já maduro. Normalmente, essa fase ocorre no meio do ciclo. Caso a mulher tenha um ciclo de 28 dias (pode variar entre 21 e 35 dias), essa fase ocorrerá no 14° dia do ciclo menstrual. A ovulação ocorre pelo alto nível de LH que o corpo feminino produz.
O óvulo então é captado pela tuba uterina e percorre sua extensão, local propício para a fecundação pelo espermatozoide.
Após ser liberado, o óvulo tem um período de sobrevivência de cerca de 24 horas. Caso não seja fecundado, o óvulo é reabsorvido pelo organismo.
Essa é uma fase em que o casal deve ficar alerta. Quando se há o desejo de engravidar, estar atento quando este período se inicia e à janela fértil da mulher vai aumentar as chances de gravidez.
Nessa etapa, o corpo prepara o revestimento do útero para receber o embrião formado.
Durante a ovulação, o óvulo é liberado do folículo, porém esse folículo continua dentro do ovário.
O folículo roto vai se modificando e se torna o corpo-lúteo, com uma importante função no decorrer de cerca das duas semanas seguintes.
A função do corpo-lúteo no ciclo menstrual é liberar o hormônio progesterona e, em menor quantidade, o estrogênio.
A união desses hormônios resulta na preservação do revestimento do útero (endométrio), deixando-o espesso e receptivo para o embrião fixar-se ali.
Distúrbios ovulatórios ocorrem quando há um desequilíbrio hormonal na mulher. Os hormônios regulam e enviam sinais para os órgãos do sistema reprodutivo feminino para que os órgãos trabalhem.
Quando há um desequilíbrio hormonal, os órgãos reprodutivos não funcionam como deveriam, causando diversas consequências, como a anovulação (ausência de ovulação) e a infertilidade.
Uma doença caracterizada pelo distúrbio hormonal é a SOP (síndrome dos ovários policísticos), que provoca anovulação, desencadeando alterações no corpo da mulher que a levam à infertilidade.
Nos casos de anovulação, SOP e algumas outras doenças que acometem o sistema reprodutor feminino, é possível recorrer às técnicas de reprodução assistida, desde as técnicas de baixa complexidade, como relação sexual programada, até tratamentos como a fertilização in vitro (FIV) com ICSI, que apresenta altas taxas de sucesso.
Quando o casal deseja formar uma família, mesmo que haja um obstáculo, é possível recorrer a tratamentos para obter a gravidez.
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