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O sistema reprodutor feminino é formado por diferentes órgãos (principalmente ovários, tubas
uterinas e útero), e cada um deles exerce papel fundamental na fertilidade para que uma
gravidez comece e prospere até o parto. É no útero, mais especificamente no endométrio, que
o embrião se implanta para dar início à gestação.
Cada um desses órgãos pode ser afetado por doenças e condições diversas. O útero, por
exemplo, pode apresentar malformações, congênitas, caso do útero bicorno, ou adquiridas,
que têm impacto direto na evolução da gravidez, podendo levar à infertilidade.
O útero é o órgão no qual o feto se desenvolve durante a gestação. Assim, alterações podem
dificultar a gravidez.
É comum que alguns casos sejam diagnosticados apenas após a apresentação de queixas por
parte da mulher sobre a dificuldade de engravidar, bem como durante o tratamento de
complicações obstétricas.
Essas malformações podem ocorrer devido a alterações morfológicas que se apresentam como
resultado de problemas durante a formação do bebê, ainda no útero. Sendo o útero bicorno
uma malformação relativamente frequente e que leva a uma redução do tamanho da cavidade
uterina, é importante entender o que é e como pode ser diagnosticado.
Continue a leitura do texto e saiba mais sobre as malformações uterinas, especialmente o útero
bicorno.
Malformações uterinas são alterações que ocorrem ainda durante a vida intrauterina, podendo
ter como resultado a infertilidade ou a diminuição das chances de que uma gravidez ocorra.
Essas alterações ou anomalias morfológicas do trato reprodutivo feminino são causadas por
motivos variados, de modo que seus aspectos anatômicos e clínicos variam de uma mulher para
outra. O fato de tais malformações serem geralmente assintomáticas faz com que elas
representem um desafio, principalmente para os casais que queiram engravidar.
O útero bicorno é um exemplo de malformação uterina que pode passar despercebido durante
toda a vida da mulher. O útero normalmente tem formato de pera, possuindo apenas uma
cavidade interna que é revestida pelo tecido chamado endométrio.
Útero bicorno é uma alteração na morfologia desse órgão. Há o desenvolvimento de uma
estrutura que faz com que ele se divida em duas partes.
Essa malformação acontece ainda durante a gestação. Ou seja, o útero bicorno ocorre ainda
durante o desenvolvimento do feto, de modo que as mulheres já nascem com tal condição, por
isso é considerada uma alteração congênita. É a alteração anatômica considerada mais
comum entre os distúrbios da formação uterina. Por ocorrer antes do nascimento, não há como
prevenir.
Essa condição é geralmente assintomática, embora possa, às vezes, apresentar sintomas.
Algumas mulheres têm fortes cólicas menstruais ou sangramento intenso.
No entanto, a falta de sintomas faz com que tais malformações uterinas não sejam
diagnosticadas na maioria dos casos.
É comum que o útero bicorno seja associado à dificuldade de engravidar, de modo que seu
diagnóstico ocorre geralmente quando o casal procura o médico após tentativas sem sucesso.
Essa dificuldade ocorre principalmente devido à redução do espaço para desenvolvimento do
feto. O embrião pode se implantar, mas o desenvolvimento da gestação pode ser comprometido.
As malformações uterinas são, portanto, um agravante para a fertilidade feminina. O útero
bicorno pode, ainda, fazer com que apenas uma tuba uterina fique disponível para a
fecundação, pois a estrutura que divide o órgão pode cobrir a outra.
As dificuldades de desenvolvimento do embrião, por outro lado, dependem do tamanho da
divisão do útero. Pacientes que desejam engravidar podem consultar um médico a fim de
verificar a possibilidade de cirurgia para restaurar a anatomia adequada do órgão, mas isso
depende de outros fatores. Tratamentos de reprodução assistida podem ser indicados,
dependendo do caso.
A decisão de qual técnica de reprodução assistida deve ser utilizada em pacientes em que o
diagnóstico de útero bicorno se configura como um empecilho à fertilidade depende de uma
análise detalhada da fertilidade como um todo, tanto da mulher como do homem.
Caso não haja condições de a gravidez se desenvolver, pode-se optar pela fertilização in vitro
(FIV) com útero de substituição (barriga de aluguel), técnica complementar à FIV em que os
embriões formados na fecundação são transferidos para o útero de outra mulher, que passará
pela gestação. Essa mulher precisa ser parente de até 4º grau de um dos pacientes em
tratamento.
A FIV é uma técnica de alta complexidade, com altas taxas de sucesso, indicada para
praticamente qualquer caso de infertilidade.
O útero bicorno é uma condição que ocorre em mulheres durante o desenvolvimento
intrauterino e pode passar despercebido por geralmente não provocar sintomas. No entanto,
pode levar à infertilidade, por isso é necessário realizar seu diagnóstico para verificar as
possibilidades de uma gravidez ser bem-sucedida.
Se ainda tiver dúvidas sobre esse tema, deixe um comentário que teremos prazer em responder!
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