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Existem muitas dúvidas relacionadas à trombofilia e à trombose, inclusive sobre a relação entre
elas. Esse é um assunto muito importante porque afeta tanto homens e mulheres e pode causar
alterações, inclusive na fertilidade.
Para que a mulher possa engravidar, seu sistema reprodutor precisa estar funcionando
corretamente. Quando a mulher tem alguma alteração que afeta esse funcionamento, uma das
consequências pode ser a infertilidade. A trombofilia é um exemplo das condições que podem
afetar a capacidade reprodutiva.
A trombofilia é um assunto importante, principalmente para quem quer engravidar. Leia o texto
até o final e saiba mais.
Os coágulos de sangue se formam naturalmente em nosso organismo para evitar que ocorra a
perda excessiva de sangue nos casos em que há o rompimento ou lesão de vasos sanguíneos.
Ou seja, são essenciais para evitar hemorragias e, após a contenção, dissolvem-se
naturalmente.
Há casos, no entanto, em que anomalias na coagulação sanguínea impedem a passagem do
sangue: os coágulos ocorrem em locais em que não houve sangramento, permanecem em seu
ponto de origem e são denominados trombos. Essa condição é conhecida como trombose.
Trombofilia é a propensão para a formação desses trombos e aumenta o risco de trombose.
Ela afeta cerca de 15% da população. Pode ser hereditária, resultar de doenças ou ser estimulada
por diferentes fatores de risco. Assim, é classificada de duas formas: adquirida ou hereditária.
Entre as principais consequências da trombofilia estão a trombose venosa profunda (TVP) e a
embolia pulmonar (EP).
No entanto, também pode interferir na gravidez, causando complicações para a mãe e para o
feto. Isso acontece porque as concentrações da maioria dos fatores coagulantes naturalmente
aumentam, enquanto as de anticoagulantes diminuem.
Por isso, mulheres com trombofilia hereditária têm maior risco de desenvolver coágulos quando
estão grávidas e, assim, de eventos trombolíticos. Além disso, a trombofilia pode afetar a
vasculatura placentária, resultando nesse caso em abortamento ou em complicações como préeclâmpsia, descolamento prematuro da placenta, retardo de crescimento intrauterino e bebês
nascidos mortos.
Dessa forma, é necessário que mulheres com trombofilia hereditária tenham atenção especial
durante a gravidez, com cuidados que visem diminuir as chances de que isso ocorra.
Geralmente, os sintomas da trombofilia estão relacionados às formas de manifestação da
doença. A trombose venosa profunda, quando os trombos normalmente se formam nas veias
das pernas, apresenta sintomas como o inchaço causado pela dificuldade encontrada pelo
sangue em fluir pelo trajeto venoso afetado. Pode ocorrer em uma das pernas, que tende a ficar
avermelhada, assim como pode haver dor, sensação de peso e de aquecimento na região.
Quando o coágulo se desloca do ponto de origem para os pulmões e se instala em uma das
artérias ou vasos da região, pode ocorre a embolia pulmonar (EP), cujos principais sintomas são
dor no peito ou nas costas, tosse seca com sangue ou muco, falta de ar e sensação de tontura.
Ambas as condições são potencialmente perigosas e devem ser imediatamente investigadas se
houver a manifestação de qualquer sintoma.
A investigação da trombofilia é feita por exames específicos. É indicada particularmente quando
há histórico familiar ou pessoal de trombose e para mulheres com histórico de abortamento
recorrente.
Os resultados orientam para adoção de medidas que previnam novas ocorrências,
principalmente em situações de risco, como a gravidez ou a impossibilidade de se movimentar
por períodos prolongados, para a definição do medicamento e de dosagens mais adequados em
cada caso.
O tratamento da trombofilia tem como objetivo diminuir o risco de ocorrência de eventos
trombolíticos e é feito de forma diferente caso a paciente seja ou não gestante.
Podem ser prescritos medicamentos anticoagulantes que visam evitar a formação dos trombos.
Nas gestantes, precisa ser feita uma avaliação cuidadosa da paciente. Como a gestação já
aumenta o risco de desenvolvimento de trombose e medicamentos também podem afetar a
gestação, a gestante que tenha trombofilia precisa ser avaliada e acompanhada de perto ao
longo da gravidez.
Ainda assim, ter trombofilia não significa que a mulher vá ter trombose durante a gestação. A
doença é uma predisposição, uma propensão ao desenvolvimento de trombos, não uma certeza.
Embora exista uma associação entre trombofilia e infertilidade, mulheres diagnosticadas com
trombofilia podem engravidar tanto de forma natural quanto por técnicas de reprodução
assistida, como a fertilização in vitro (FIV), mas o acompanhamento da gravidez é essencial. O
pré-natal aumenta as chances de uma gravidez sem intercorrências.
A trombofilia é uma condição em que há maior propensão para a formação de coágulos em
veias ou artérias, podendo levar à formação de trombos que podem causar obstruções. Sua
ocorrência está associada a possíveis complicações durante a gravidez, por isso é fundamental
o pré-natal.
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sobre essa condição!
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