Dra. Fernanda Valente | Reprodução Humana SP | WhatsApp
Agendar Consulta | (11) 99991-2499 | Telefone: (11) 3842-9532
Hidrossalpinge: saiba tudo sobre a doença

O que é histeroscopia?

114


Os exames de imagem revolucionaram a medicina diagnóstica quando permitiram a visualização do interior do corpo humano sem a necessidade de cortes. A aplicação médica dessas tecnologias melhorou as taxas de acerto dos diagnósticos e diminuiu o tempo para identificação das doenças.

Com o tempo, alguns desses exames se desenvolveram em procedimentos que permitem algum grau de intervenção, ou seja, na mesma ocasião em que é feito o diagnóstico, realiza-se o tratamento.

A histeroscopia foi uma dessas técnicas, desenvolvida com objetivo de obter imagens em tempo real que pudessem embasar melhor o diagnóstico, mas atualmente também utilizada como procedimento cirúrgico minimamente invasivo, em situações específicas.

Aplicada em processos diagnósticos sobre condições ginecológicas que afetam principalmente o útero, a histeroscopia é hoje uma das melhores formas de realizar a ressecção de massas celulares de diversas naturezas, correções anatômicas e a retirada de aderências e sinequias, bem como para a obtenção de material uterino para biópsia.

Quer entender melhor por quê? Continue a leitura deste texto e conheça a histeroscopia, como o procedimento é realizado e em que contextos a mulher pode receber indicação.

A histeroscopia pode ter finalidade cirúrgica e diagnóstica

O desenvolvimento da histeroscopia está diretamente ligado aos processos de aperfeiçoamento da endoscopia, uma modalidade diagnóstica que obtém imagens ao vivo do interior do corpo com o endoscópio.

Este aparelho é dotado de uma câmera e um foco de luz, que captam imagens em tempo real quando introduzido nas cavidades corporais – como a boca (endoscopia digestiva), o ânus (colonoscopia) e o canal vaginal (histeroscopia).

Normalmente solicitado após a realização de exames primários, na maior parte das vezes as imagens são úteis para confirmar ou excluir diagnósticos já direcionados, identificando detalhes e determinando a necessidade ou não de procedimentos cirúrgicos – como a videolaparoscopia.

No caso específico da histeroscopia, o endoscópio é chamado histeroscópio e é introduzido por via transvaginal até alcançar o útero, de onde transmite as imagens em tempo real para um monitor. Essas imagens guiam todo o procedimento da histeroscopia e podem ser armazenadas em mídias digitais.

A histeroscopia foi uma técnica utilizada inicialmente para fins exclusivamente diagnósticos – como a coleta de material para biópsia e a própria avaliação das imagens -, mas hoje também pode ser indicada como procedimento cirúrgico não invasivo.

Como é feita a histeroscopia cirúrgica?

A principal diferença entre a histeroscopia diagnóstica e a histeroscopia cirúrgica são suas aplicações, que por sua vez determinam especificidades na metodologia de cada procedimento.

A histeroscopia cirúrgica é a forma mais complexa da técnica e permite intervenções na superfície da parede uterina, que inclui o endométrio e parte do miométrio. Essas intervenções normalmente demandam anestesia geral ou raquidiana e, por isso, a histeroscopia cirúrgica deve ser realizada em ambiente hospitalar com preparação pré-cirúrgica, como jejum.

Com a mulher anestesiada e deitada em posição ginecológica, o histeroscópio é introduzido por via transvaginal até alcançar o útero. Em seguida são introduzidos, também pelo canal vaginal, os instrumentos cirúrgicos para a manipulação do útero, de acordo com a necessidade de cada caso.

Ao final da histeroscopia – cuja duração também depende das especificidades de cada situação – os instrumentos são retirados, assim como o histeroscópio, e a mulher é encaminhada para a recuperação pós-cirúrgica.

O pós-operatório costuma ser mais rápido e menos doloroso, se comparado à maior parte dos procedimentos que intervêm no útero, mas pode ser necessário realizar repouso.

Como é feita a histeroscopia diagnóstica?

A metodologia da histeroscopia diagnóstica é muito semelhante à modalidade cirúrgica, com a diferença essencial de que não é possível realizar qualquer tipo de intervenção no ambiente uterino, exceto a coleta de material para biópsia.

Como o grau de intervenção é menor, a histeroscopia diagnóstica demanda apenas anestesia local, eventualmente acompanhada de sedação, e pode ser feita em ambiente ambulatorial, como a própria clínica.

Nestes casos, a mulher também deve permanecer em posição ginecológica enquanto o histeroscópio é introduzido até o útero, para o registro das imagens diretamente da cavidade uterina, que oferecem informações importantes sobre o endométrio e o miométrio.

A recuperação da histeroscopia diagnóstica é rápida e a mulher normalmente pode retomar as atividades normalmente no mesmo dia.

A histeroscopia no contexto dos tratamentos para infertilidade feminina

A infertilidade feminina é uma condição que pode estar ligada a problemas em quaisquer dos órgãos reprodutivos, incluindo o útero. Frequentemente a mulher com infertilidade por fator uterino apresenta alterações causadas principalmente pelas seguintes doenças:

A principal semelhança entre essas doenças e condições são as alterações na integridade da parede uterina, que podem comprometer a nidação e a gestação como um todo.

A histeroscopia, nestes casos, pode ser utilizada no processo diagnóstico, mas é principalmente útil no tratamento, por ser a possibilidade menos invasiva para a retirada de massas celulares (como miomas e pólipos), aderências (como a sinequia) e para a correção de útero septado (uma das malformações uterinas mais frequentes).

Ainda restam dúvidas sobre a histeroscopia? Então toque neste link e leia nosso conteúdo completo sobre o assunto!

0 0 votes
Article Rating

Compartilhe:

Facebook Whatsapp Linkedin

Último Post:


Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments