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Hidrossalpinge: saiba tudo sobre a doença

O que é fecundação?

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A fecundação é um processo fascinante e essencial para a fertilidade conjugal. É nesse momento que a união de um espermatozoide com um óvulo ocorre, dando início ao desenvolvimento de uma nova vida.

Embora possa parecer um processo simples à primeira vista, a fecundação é repleta de detalhes e complexidades que são importantes de serem destacados.

A melhor compreensão sobre os processos que envolvem a fecundação permite uma visão mais clara dos desafios e possibilidades enfrentados por aquelas que buscam a maternidade – e, nesse sentido, a reprodução assistida desempenha um papel importante ao oferecer alternativas para casais com dificuldades de concepção.

Então, se você deseja aprofundar seus conhecimentos sobre a fecundação e seus processos, continue lendo nosso artigo e descubra os detalhes e curiosidades desse momento crucial da reprodução humana.

Conheça melhor as células e as estruturas associadas à fecundação

A fecundação é um processo que envolve células e estruturas especializadas, masculinas e femininas. No caso dos seres humanos, a fecundação ocorre quando um espermatozoide, produzido nos testículos, encontra o óvulo, produzido nos ovários.

Essas células reprodutivas possuem características únicas que permitem sua função na reprodução: o espermatozoide é uma célula pequena e móvel, dotada de uma cauda que lhe confere a capacidade de se locomover em direção ao óvulo – que, por sua vez, é uma célula maior e imóvel, envolta por uma camada externa chamada zona pelúcida: uma barreira protetora e que auxilia na seleção do espermatozoide mais apto para a fecundação.

Cada célula reprodutiva – óvulos e espermatozoides – carrega consigo metade do DNA da mulher e do homem, respectivamente, transmitidos para o embrião na fecundação.

Além do espermatozoide e do óvulo, outras estruturas estão envolvidas nesse processo: as tubas uterinas, local onde a fecundação acontece, com a formação do zigoto – que segue para o útero, onde a nidação e toda a gestação ocorrem.

Como a fecundação acontece

Nas mulheres, os óvulos se desenvolvem nos ovários antes do nascimento da mulher e passam a estar disponíveis para a fecundação após a primeira menstruação, quando os ciclos ovulatórios começam.

Enquanto isso, nos homens, os espermatozoides são produzidos nos testículos através da espermatogênese, a cada ejaculação, após a puberdade.

Quando a mulher ovula, um óvulo maduro é liberado do ovário e parte em direção às tubas uterinas, onde geralmente ocorre a fecundação. Os espermatozoides, por sua vez, são liberados no trato reprodutivo masculino através da ejaculação, durante a relação sexual.

A fecundação em si acontece quando um espermatozoide consegue chegar ao óvulo e penetrar sua camada externa, a zona pelúcida. O espermatozoide libera enzimas que ajudam a abrir caminho através dessa camada, permitindo sua entrada no óvulo.

Uma vez dentro do óvulo, ocorre a fusão do material genético do espermatozoide com o material genético do óvulo, resultando na formação do DNA do embrião – e é precisamente essa fusão dos gametas que chamamos fecundação.

Após a fecundação, o embrião passa por uma série de divisões celulares chamadas clivagens, se dividindo em células menores (blastômeros), que continuam a se multiplicar. O embrião se transforma então em mórula, uma bola compacta de células, e posteriormente, a mórula se desenvolve em um estágio chamado blastocisto.

É nessa fase que o blastocisto atinge o útero e, idealmente, se implanta em sua parede (endométrio), dando início à gestação.

O que pode prejudicar a fecundação?

Existem várias doenças que podem prejudicar a fecundação de diferentes maneiras.

Disfunções espermáticas, como a azoospermia obstrutiva – que impede a liberação de espermatozoides durante a ejaculação – e outras alterações identificadas pelo espermograma afetam a quantidade e qualidade dos espermatozoides, dificultando a fecundação.

Algumas doenças femininas, por sua vez, prejudicam as tubas uterinas e dificultam a fecundação, como a salpingite e a hidrossalpinge – provocadas, muitas vezes, por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).

Outras doenças, como a SOP (síndrome dos ovários policísticos) e a endometriose ovariana (endometrioma), interferem na ovulação e na qualidade dos óvulos, também prejudicando a fecundação.

Fecundação na reprodução assistida de baixa complexidade

Na reprodução assistida de baixa complexidade, a fecundação acontece como nas gestações naturais: no interior das tubas uterinas.

As duas técnicas comumente utilizadas são a RSP (relação sexual programada) e a IA (inseminação artificial) – e ambas envolvem etapas semelhantes, como estimulação ovariana, controle ultrassonográfico da ovulação e determinação do período fértil.

Na RSP, a determinação de período fértil permite que os casais sejam aconselhados a manter relações sexuais com mais chances de engravidar, já na IA, além das etapas mencionadas, é realizada a coleta de sêmen do parceiro ou de um doador.

O sêmen é então submetido a um processo de preparo seminal em laboratório, que visa selecionar os espermatozoides de melhor qualidade para a inseminação, diretamente no útero, durante o período fértil.

Fecundação na reprodução assistida de alta complexidade

A FIV (fertilização in vitro) é uma técnica de reprodução assistida de alta complexidade, que envolve a fecundação do óvulo fora do corpo da mulher, em um laboratório, com a posterior transferência do embrião para o útero.

Após a estimulação ovariana, os óvulos são coletados por aspiração folicular e, já no laboratório, são preparados para a fecundação. Existem duas técnicas principais utilizadas na fecundação na FIV: a fertilização in vitro convencional e a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide).

Na FIV convencional, vários espermatozoides e um óvulo são adicionados em uma mesma placa de cultura, permitindo que a fecundação ocorra naturalmente, já na ICSI, um único espermatozoide é injetado diretamente dentro de cada óvulo, usando uma agulha muito fina.

Após a fecundação, os embriões resultantes são cultivados em laboratório por alguns dias e aqueles de melhor qualidade são selecionados e transferidos para o útero da mulher.

Para saber mais detalhes sobre o processo de FIV, toque neste link e acesse nossa página principal.

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