43805
O desenvolvimento embrionário passa por diversas fases, que são nomeadas de acordo com o crescimento do embrião.
Para entender o que é blastocisto, primeiro é necessário saber como funciona cada etapa do desenvolvimento embrionário humano, seja ele natural ou em técnicas de reprodução assistida, pois ocorre da mesma forma.
Quando o espermatozoide penetra o oócito (óvulo), ainda na tuba uterina, tem-se a fecundação. Seus núcleos se fundem e, dessa forma, os cromossomos maternos e paternos se combinam para iniciar a divisão celular do zigoto (estágio pré-embrionário).
Iniciam-se, então, as clivagens do zigoto, que consistem nas múltiplas divisões celulares. É também durante essa fase que o zigoto se encaminha da tuba para o útero. As células advindas destas múltiplas divisões recebem o nome de blastômeros.
Quando o pré-embrião atinge cerca de 12 a 32 blastômeros, as células se aglomeram e começam a formar uma estrutura compacta, a mórula. Essa forma é atingida cerca de 4 dias após a fecundação e, nesse momento, o pré-embrião está prestes a chegar ao útero.
Quer saber o que é blastocisto e como o embrião se desenvolve? Continue a leitura do texto.
Quando a mórula chega ao útero, geralmente após o 5º a 7º dia da fecundação, inicia-se o estágio de blastocisto, que consiste em um embrião composto por, aproximadamente, 150 células.
Esse é o estágio de desenvolvimento do embrião em que ocorre sua implantação na parede do útero materno, no tecido endometrial.
Esse embrião também é chamado embrião de D5, pois corresponde ao número de dias em desenvolvimento. Alguns embriões serão blastocistos apenas em D6 ou D7.
O embrião, nessa fase, já tem uma estrutura definida que permite diferenciar as células que darão origem à placenta, chamadas trofectoderma, e as células que formarão o feto, chamadas de massa celular interna.
Esse embrião em fase de blastocisto irá, então, implantar-se no endométrio para que dê início à gestação e ao desenvolvimento embrionário.
Entre o quinto e o sétimo dia de seu crescimento, o blastocisto estabelecerá contato com o tecido endometrial.
Então, a implantação natural do blastocisto no endométrio uterino ocorrerá. No final da primeira semana, ele estará implantado de forma superficial na camada endometrial.
A fertilização in vitro (FIV) é um método no qual são retirados o óvulo e os espermatozoides do organismo da mulher e do homem, respectivamente.
A fecundação ocorre fora do corpo humano, em laboratório, e é indicada quando há fatores que impedem ou dificultam a concepção natural dentro do organismo. A técnica aumenta as chances de gravidez.
Quando essa fecundação ocorre, o embrião será, então, transferido para o útero da mulher para que possa se implantar na parede uterina (processo também denominado nidação) e a gestação se inicie.
Entretanto, a transferência pode ser feita em diferentes fases do desenvolvimento embrionário, com vantagens e desvantagens.
A transferência de embriões em estágio de blastocisto tem apresentado excelentes resultados no que tange à possibilidade de uma gravidez bem-sucedida.
Para que isso ocorra, tal embrião é cultivado em laboratório, em condições adequadas aos requisitos nutritivos exigidos por cada fase de seu desenvolvimento.
Essa cultura do embrião permite a seleção de embriões mais viáveis, o que auxiliará para aumentar a taxa de uma implantação, diminuirá o risco de gestações múltiplas e permitirá uma sincronização mais eficiente entre o desenvolvimento do embrião e a receptividade da cavidade uterina, mais especificamente do tecido endometrial, no qual o embrião se implanta.
É na fase pré-implantação do embrião que se pode realizar testes genéticos. Esses testes são realizados a partir de algumas células do embrião e têm como objetivo fazer o diagnóstico de algumas doenças genéticas e cromossômicas.
Eles também permitem melhorar o resultado dos diferentes tratamentos de reprodução assistida, além de auxiliar a evitar abortamentos por causa genética.
A nidação é o momento no qual o embrião será finalmente implantado no útero da mulher. Após a preparação do óvulo e do espermatozoide e da fecundação, o óvulo fecundado será cultivado para desenvolver-se até a fase de blastocisto.
Então, eles são transferidos para o organismo da mulher, penetram no útero e se fixam no epitélio endometrial.
Existe um risco de gestação gemelar, mas o ideal é que apenas um embrião se fixe, pois a gestação única traz menos riscos para a gestante e para o feto. Ali, ele se desenvolverá e terá início, de fato, a gestação.
A nidação é assintomática na grande maioria dos casos. Entretanto, algumas mulheres podem apresentar sintomas como cólicas abdominais e sensações no baixo ventre que se assemelham a pontadas.
Há, também, mulheres que apresentam um pequeno sangramento vaginal. Esses sintomas, entretanto, não devem permanecer mais do que três dias.
Caso isso ocorra, é importante procurar o médico para que seja realizada uma avaliação a fim de verificar os motivos da permanência dos sintomas.
A nidação é um processo natural da gestação e recomenda-se aguardar pela realização do teste de gravidez. O médico indicará o momento certo para que o teste seja realizado, de acordo com a fase em que o embrião foi transferido, e fazê-lo antes e por conta própria pode gerar frustrações desnecessárias.
É importante que a mulher que esteja passando pelo processo de reprodução assistida seja sempre acompanhada pelo seu médico e aproveite o momento das consultas para tirar todas as suas dúvidas.
Do momento da fecundação até a implantação do blastocisto, da nidação até a confirmação da gravidez e durante as diferentes fases da gestação até o parto, consulte sempre seu médico, profissional especializado para ajudar e tranquilizar os futuros pais.
Compartilhe esse texto em suas redes sociais para que mais mulheres possam se informar sobre o funcionamento da reprodução assistida.
Compartilhe:
Último Post: