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O útero é o órgão do sistema reprodutor feminino em que o feto se desenvolve no decorrer da gestação. Para que a gravidez aconteça, o tecido endometrial, que reveste o útero internamente, aumenta de espessura ao longo do ciclo menstrual devido ao estímulo hormonal que recebe para que o embrião possa se fixar nele, num processo chamado nidação. O espessamento do endométrio é fundamental para a nidação.
Quando condições como a endometrite ocorrem, afetando o tecido endometrial, pode-se ter como resultado a infertilidade.
O útero é formado por três camadas: endométrio, miométrio e serosa (também conhecida como perimétrio). Dependendo da alteração que afetar o útero, pode-se criar um ambiente hostil à implantação do embrião (nidação) e a mulher não conseguir engravidar.
O diagnóstico precoce dessas condições é importante para que a fertilidade da mulher não seja prejudicada. Quando isso ocorre, é necessário analisar as causas exatas a fim de prosseguir para o tratamento mais adequado.
A endometrite é uma doença que pode levar à infertilidade, portanto requer tratamento, inclusive antes de qualquer ciclo de reprodução assistida, uma vez que em todas as técnicas a nidação acontece naturalmente, sem a intervenção médica. Leia o texto e saiba mais sobre o assunto!
Endometrite é a inflamação do endométrio, tecido que reveste o interior do útero e no qual ocorre a fixação embrionária – nidação –, que dá início à gravidez.
A infecção do tecido endometrial é causada por bactérias, que podem ser originárias do trato genital ou gastrointestinal.
A endometrite pode resultar em infertilidade porque a inflamação do tecido endometrial leva a interferências no ciclo do endométrio, o que dificulta ou impede a implantação embrionária, podendo resultar em abortamento.
A infertilidade consiste na ausência de gravidez após um ano de relações sexuais regulares sem o uso de métodos contraceptivos. Um dos fatores que pode causar o problema é a falha na implantação embrionária.
Nesse caso, o espermatozoide consegue chegar no óvulo e fecundá-lo, mas o embrião formado não consegue se fixar ao endométrio e, dessa forma, a gestação não ocorre.
Os sintomas da endometrite podem ser semelhantes aos de outras doenças, de modo que seu diagnóstico se torna mais difícil.
O sangramento vaginal anormal é um dos sintomas relacionados à endometrite. Mulheres com endometrite também podem apresentar corrimento vaginal com odor e de aspecto esbranquiçado ou amarelado.
Outros sintomas possíveis são febre, crescimento da região do abdômen e aumento da sensibilidade uterina. Algumas mulheres relatam ainda dor durante as relações sexuais.
O relato dos sintomas por parte da paciente e os exames ginecológicos podem levantar a suspeita de endometrite. O médico pode confirmar essa suspeita com exames de rotina e, também, solicitar outros complementares a fim de fechar o diagnóstico.
Pode, ainda, coletar células da região para serem analisadas em laboratório, a fim de identificar a presença de agentes infecciosos responsáveis pela infecção.
Tanto o exame de sangue quanto o de urina podem detectar a presença de tais agentes, fornecendo informações sobre a infecção.
A endometrite tende a causar infertilidade por estar associada a falhas de implantação do embrião no endométrio, por isso pacientes que desejam engravidar e estão pensando na fertilização in vitro (FIV), técnica de reprodução assistida com as mais altas taxas de sucesso, precisam primeiro tratar a endometrite.
O tratamento da endometrite é medicamentoso e visa eliminar o agente infeccioso. Como são bactérias que provocam a endometrite, o tratamento é feito com antibióticos.
A FIV pode então ter início depois de concluído o tratamento. A FIV oferece recursos para avaliar a receptividade endometrial e fazer a preparação do endométrio.
A FIV é a técnica de reprodução assistida de alta complexidade e oferece muitos recursos para aumentar as chances de gravidez. Em muitos casos, o casal também tem outros fatores de infertilidade associados e a FIV também pode superá-los.
Por exemplo, a FIV permite selecionar os melhores gametas masculinos e femininos para que a fecundação ocorra, resultando em embriões com mais qualidade e com maiores chances de se implantarem com sucesso no endométrio.
A FIV acontece em 5 etapas básicas: estimulação ovariana, coleta dos gametas (feminino e masculino), fecundação (geralmente feita por ICSI), cultivo embrionário e transferência dos embriões ao útero. As taxas de sucesso superam 40%. Saiba mais sobre a FIV aqui.
Endometrite é a denominação da inflamação que ocorre no tecido endometrial. Pode causar a infertilidade se não for tratada, por isso é essencial que a paciente esteja curada da doença antes de tentar engravidar, seja por meios naturais, seja por técnicas de reprodução assistida.
Esperamos que este texto sobre a relação entre a endometrite e a reprodução assistida tenha sido esclarecedor. Compartilhe-o em suas redes sociais e ajude mais mulheres a se informar sobre essa condição.
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