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Hidrossalpinge: saiba tudo sobre a doença

Quais são os sintomas das sinequias uterinas?

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Durante o ciclo menstrual, os folículos presentes nos ovários são recrutados a crescer e apenas um deles se romperá, liberando um óvulo para uma possível fecundação.

Quando esta ocorre, o embrião formado irá aderir à parede do útero (implantação), cujo revestimento interno recebe o nome de endométrio. No entanto, há casos em que existem cicatrizes no útero, chamadas de sinequias uterinas, o que pode dificultar a implantação.

Os sintomas das sinequias dependem de suas características. Entretanto, elas podem levar à infertilidade e, por isso, é importante que seja o realizado o tratamento assim que forem diagnosticadas.

Continue a leitura e conheça melhor os sintomas das sinequias uterinas.

O que são sinequias uterinas e a síndrome de Asherman

Sinequias uterinas, que também recebem o nome de adesões uterinas, são aderências (cicatrizes) que se formam dentro da cavidade uterina, no endométrio. É nesse revestimento interno que o embrião se implantará para que tenha início a gestação.

Quando essas cicatrizes surgem, a superfície do revestimento uterino se torna reduzida e irregular, o que constitui uma possível causa de infertilidade.

Essas adesões podem ser de diferentes origens e ter repercussões diversas no organismo feminino. Quando as sinequias uterinas atingem toda a cavidade uterina, tem-se a chamada síndrome de Asherman e, nesse caso, a paciente pode apresentar a ausência de menstruação.

Sintomas

Uma das grandes dificuldades em se identificar as sinequias uterinas advém do fato de elas serem assintomáticas, ou seja, não apresentarem sintomas aparentes. Entretanto, há alguns sinais que podem tornar perceptível a presença de algum problema no organismo feminino e, dessa forma, facilitar seu diagnóstico.

Um dos primeiros sintomas que deve ser listado é a diminuição do fluxo menstrual, também conhecida como hipomenorreia, ou mesmo sua ausência completa, chamada de amenorreia.

Há, também, casos em que a mulher sente cólicas na região do baixo ventre e outros desconfortos durante o ciclo menstrual, caracterizando a dismenorreia, pela dificuldade de escoamento completo do sangue menstrual.

Outro sinal que deve servir de alerta para a mulher é a dificuldade de engravidar, já que as sinequias uterinas podem levar à infertilidade.

Há, também, casos em que ocorrem abortamentos espontâneos, uma vez que as cicatrizes atrapalham o crescimento do útero e o adequado desenvolvimento do endométrio.

A infertilidade feminina costuma ser caracterizada pela ausência de uma gravidez após um ano de tentativa.

É importante que casais que estejam tentando engravidar tenham acompanhamento médico para que sejam realizados exames que possam detectar prematuramente possíveis problemas que venham a impedir a gravidez.

Ao perceber esses sinais, a mulher deve consultar um médico o quanto antes para que possa ser encaminhada para a realização dos exames necessários. Dessa forma, será possível diagnosticá-la e proceder para o tratamento.

Exames e diagnóstico

Para realizar o diagnóstico das sinequias uterinas, o médico realiza uma investigação da cavidade uterina da paciente. O objetivo desse exame será observar os tecidos da parede interna do útero e analisar a cavidade uterina de modo a detectar possíveis anormalidades.

Desse modo, o médico poderá dispor de exames como a ultrassonografia, a histerossalpingografia ou a histeroscopia.

A preferência pela terceira técnica dá-se pelo fato de que ela poderá fornecer mais detalhes sobre a extensão e localização das sinequias uterinas com maior precisão e pode tratá-las, dependendo da extensão.

Além disso, o histórico clínico da paciente também é analisado. O tratamento dependerá da gravidade do problema, de acordo com o tipo de cicatriz apresentada e o risco de lesionar o útero.

Tratamento

O tratamento para as sinequias uterinas pode ser simples ou complexo, dependendo da gravidade da doença e do quanto ela tenha afetado o útero da paciente.

O tratamento simples é a opção para os casos em que as adesões podem ser tratadas com histeroscopias não cirúrgicas. Desse modo, o médico irá desfazer as sinequias durante o próprio exame de diagnóstico, com o auxílio do aparelho utilizado para esse fim.

Essa opção é a ideal para sinequias uterinas que não apresentem um tecido muito grosso, podendo ser facilmente desfeitas sem que haja a necessidade de uma intervenção cirúrgica.

No caso de adesões maiores, que se mostrem mais resistentes ou apresentem tecido mais grosso, faz-se necessária a realização de uma cirurgia. Sua intenção é restaurar a forma e tamanho original da cavidade uterina de modo a torná-la novamente apta a comportar uma possível gestação.

Sinequias e reprodução assistida

Sabe-se que as sinequias uterinas podem afetar a fertilidade feminina. Portanto, mulheres que tenham o sonho da maternidade e tenham sido diagnosticadas com tais adesões podem requerer informações sobre os diferentes métodos de reprodução assistida.

A técnica a ser escolhida depende das alterações que foram causadas na parede do útero e do grau de redução de sua superfície. Na maioria das vezes, os tratamentos cirúrgicos são capazes de corrigir a cavidade uterina.

São raros os casos muito graves, em que toda a cavidade está comprometida, impedindo o adequado crescimento do endométrio e, consequentemente, a implantação do embrião.

Nessa situação, na falha do tratamento do cirúrgico, pode-se optar por uma gestação por útero de substituição, também denominada cessão temporária do útero, em que outra mulher – parente de até 4º grau da paciente – recebe os embriões formados para passar pela gestação.

Após a correção das sinequias, algumas mulheres poderão gestar de forma natural. Outras passarão por procedimentos de fertilização in vitro (FIV) para um melhor preparo do endométrio antes da implantação do embrião.

Compartilhe esse texto em suas redes sociais para informar mais mulheres acerca desse silencioso problema que pode ter consequências para aquelas que desejam engravidar.

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