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Hidrossalpinge: saiba tudo sobre a doença

O que é SOP?

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Distúrbios hormonais configuram-se como problemas que podem causar complicações diversas no organismo. A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um exemplo.

As funções do nosso organismo são controladas pela produção e secreção de hormônios, produzidos pelas glândulas e órgãos do sistema endócrino e por de outros sistemas, por exemplo os ovários.

Essas importantes substâncias químicas regem as funções de nosso organismo, controlando a atividade dos órgãos e sendo responsáveis pelo funcionamento dos diferentes ciclos.

No organismo feminino, os hormônios produzidos nos ovários e fundamentais para a fertilidade regulam o ciclo menstrual, de modo que disfunções em seu funcionamento ou produção têm impacto na saúde reprodutiva da mulher, podendo levar à anovulação, nome dado à ausência de ovulação, causa comum de infertilidade feminina.

SOP pode prejudicar a qualidade de vida da mulher e sua autoestima, principalmente devido aos seus sintomas, incluindo muitas vezes as dificuldades reprodutivas. Continue a leitura e entende tudo sobre a doença!

Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

A SOP é um distúrbio endócrino reprodutivo, cuja característica é o aumento dos hormônios andrógenos (hiperandrogenismo), anovulação crônica e o surgimento de múltiplos cistos ovarianos em alguns casos. Esse distúrbio ocorre em mulheres durante a idade reprodutiva.

Ao regular o ciclo menstrual, os hormônios são responsáveis pela ovulação, que ocorre quando o óvulo maduro é liberado para ser fecundado por um espermatozoide. O desequilíbrio hormonal e a presença desses cistos podem causar interferências no ciclo menstrual que levam à anovulação e, dessa forma, à infertilidade.

A SOP afeta de 5% a 10% da população feminina. Além da possibilidade de infertilidade, o aumento da produção de hormônios tipicamente masculinos pode resultar em sérias consequências para a autoestima da paciente.

Suas causas não são totalmente conhecidas, embora saiba-se que a maioria das portadoras têm parentes de primeiro grau com a doença, dessa forma a genética se torna um dos fatores que podem levar ao desenvolvimento dessa síndrome, assim como a resistência à insulina (RI), comum a maioria das mulheres com SOP.

A resistência à insulina leva a uma elevação dos níveis de açúcar no sangue e, consequentemente, do hormônio, uma vez que ele é responsável pelo metabolismo da glicose para gerar energia. Níveis elevados também estimulam maior produção de andrógenos.

Sintomas e diagnóstico da SOP

Um dos sintomas da SOP é o surgimento de traços masculinos no corpo da mulher, causada pelo hiperandrogenismo. Por exemplo, o surgimento de pelos em locais tipicamente masculinos, como face ou seis, queda de cabelo temporária (alopecia), acne e seborreia.

Uma das características já citadas da doença, a resistência à insulina, também pode ser associada à obesidade, condição que aumenta o risco de síndrome metabólica, associada a acidente vascular cerebral (AVC), diabetes tipo 2 e doença cardíaca.

Devido à alteração na produção hormonal, a SOP pode causar a irregularidades na menstruação, como oligomenorreia, menstruação em intervalos superiores a 35 dias, ou amenorreia, ausência de menstruação.

O diagnóstico prematuro dessa doença torna seu tratamento mais eficiente. É feito por exclusão, ou seja, diferentes exames laboratoriais e de imagem são realizados para excluir a possibilidade de outras doenças com sintomas semelhantes.

Os laboratoriais são realizados para analisar os níveis dos hormônios andrógenos e dos envolvidos no processo reprodutivo, enquanto os de imagem, ao mesmo tempo que excluem a possibilidade de outras doenças, podem confirmar a presença dos cistos e alterações no volume ovariano. Geralmente, o primeiro a ser solicitado é a ultrassonografia transvaginal.

Além dos resultados desses exames, para confirmar o diagnóstico a paciente deve apresentar pelo menos dois dos seguintes critérios:

Tratamento e reprodução assistida

Pacientes diagnosticadas com infertilidade causada pela SOP e que manifestem o desejo de engravidar podem ser submetidas ao tratamento com técnicas de reprodução assistida.

Normalmente, a primeira indicação para mulheres com até 35 anos e as tubas uterinas saudáveis é a relação sexual programada (RSP), em que a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas.

Na RSP a mulher é submetida à estimulação ovariana, procedimento que utiliza medicamentos hormonais semelhantes aos naturais para induzir o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos ovarianos, processo acompanhado por exames de ultrassonografia que indicam o período de maior fertilidade para programar as relações sexuais.

Já para as pacientes acima dos 36 anos, a técnica mais adequada é a fertilização in vitro (FIV), em que a fecundação é realizada em laboratório. Na FIV, a mulher também deve passar pela estimulação ovariana, porém as dosagens dos medicamentos hormonais são mais altas, pois o objetivo é obter uma quantidade maior de óvulos para fecundação.

Quando a ultrassonografia aponta que os folículos atingiram o tamanho ideal novos medicamentos os induzem ao amadurecimento final e rompimento. A ovulação ocorre em cerca de 36 horas, período em os folículos maduros são coletados para que os óvulos sejam extraídos e selecionados em laboratório.

As duas técnicas, quando bem indicadas, aumentam bastante as chances de gravidez de mulheres com SOP.

Quer saber mais sobre a SOP? Toque aqui!

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