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Hidrossalpinge: saiba tudo sobre a doença

O que é infertilidade feminina?

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Por muito tempo, a infertilidade era vista como um problema exclusivo da mulher, que se sentia culpada pela dificuldade em engravidar. No entanto, com o avanço da ciência, percebeu-se que pelo menos 50% das causas de infertilidade conjugal são decorrentes da infertilidade masculina, porcentagem similar à da feminina.

Também existem alguns casos de infertilidade sem causa aparente (ISCA), assim definida quando durante a investigação não foi possível diagnosticar uma causa específica, mas o casal não consegue ter filhos após um ano de tentativas.

Para confirmar o diagnóstico, o casal deve ser avaliado por um especialista. Mesmo que a infertilidade seja confirmada, o sonho de ter um filho ainda pode se tornar realidade com os métodos de reprodução assistida.

Neste artigo, vamos tratar especificamente da infertilidade feminina para explorar as suas causas, meios para diagnosticá-la e tratamentos.

O que é infertilidade feminina?

Muitos casais têm dúvidas sobre o momento certo de procurar um especialista em infertilidade. Essa condição é definida pela incapacidade de engravidar, mesmo tendo uma vida sexual ativa e não usando métodos contraceptivos, após 12 meses de tentativas. Se a mulher tiver mais de 35 anos, esse prazo diminui para 6 meses.

No caso da infertilidade feminina, em geral, ela pode ser causada por fatores relacionados à idade, alterações nas tubas uterinas e útero, endometriose, desequilíbrio hormonal, estilo de vida, entre outros. Quanto antes o diagnóstico for confirmado, melhores serão as chances de sucesso no tratamento.

Quais são as causas da infertilidade feminina?

Existe uma série de fatores que podem interferir na fertilidade da mulher. Conheça os principais:

Idade

A mulher nasce com uma quantidade determinada de folículos ovarianos, bolsas que guardam os óvulos imaturos, que amadurecem e são liberados a cada ciclo menstrual.

Com o passar dos anos, a quantidade de folículos diminui e os óvulos e perdem em qualidade, dificultando a gravidez. Por isso, há maior dificuldade para engravidar a partir dos 36 anos, quando os níveis da reserva ovariana (quantidade de folículos presentes nos ovários) são naturalmente mais baixos.

Sabe-se que o auge da fertilidade feminina está entre os 20 e os 30 anos. Após essa idade, uma série de fatores diminuem as chances de gravidez. No entanto, até os 35 anos a mulher ainda tem boas condições de fertilidade.

Endometriose

A endometriose é atualmente considerada a principal causa de infertilidade feminina e afeta milhões de mulheres no mundo todo. É caracterizada pelo desenvolvimento de um tecido semelhante ao endometrial — que reveste o interior do útero — fora da cavidade uterina.

De acordo com o tipo da doença, ela pode comprometer a anatomia do sistema reprodutivo da mulher, formar cistos ovarianos e diminuir a fertilidade.

A endometriose é uma doença estrogênio-dependente (isso significa que os focos da doença, assim como o endométrio normal, são estimulados pela ação do hormônio). Por outro lado, tende a regredir depois da última menstruação (menopausa).

Da mesma forma, na gravidez ela pode regredir motivada pelos baixos níveis do hormônio no organismo feminino.

Distúrbios hormonais

O fator hormonal corresponde a uma grande parcela dos casos de infertilidade feminina. Alguns hormônios atuam diretamente no ciclo menstrual e na ovulação, por isso influenciam a fertilidade.

Exemplos são o folículo-estimulante (FSH) e o luteinizante (LH), envolvidos diretamente no processo de crescimento e amadurecimento dos folículos para que seja possível a ovulação.

Alterações nas tubas uterinas e útero

Obstruções nas tubas uterinas dificultam o encontro do espermatozoide com o óvulo e o transporte do embrião até o útero.

A obstrução pode ser causada por:

Estilo de vida

Além de prejudicarem a saúde como um todo, o tabagismo, o alcoolismo e o consumo de substâncias tóxicas também afetam a função reprodutiva das mulheres. Esses hábitos influenciam negativamente a qualidade dos óvulos e, consequentemente, a fertilidade.

Fatores que não provocam a infertilidade

A infertilidade ainda é um assunto que causa muitas dúvidas e, combinado com a falta de informação, criou alguns mitos. Entre os maiores está a afirmação de que anticoncepcionais hormonais podem levar à infertilidade, o que não é verdade.

A pílula, o adesivo e o DIU — os maiores exemplos dessa categoria de medicamentos — impedem a ovulação apenas de forma transitória, enquanto estão em uso. Quando são interrompidos, a ovulação volta a acontecer e a mulher pode engravidar normalmente.

Como a infertilidade feminina é diagnosticada?

Quando a paciente procura ajuda profissional para avaliar a infertilidade, alguns exames são solicitados para a avaliação. O processo inicia com a anamnese, entrevista com a paciente e parceiro, caso possível e exame físico. Posteriormente são solicitados exame de sangue, ultrassonografia e, em alguns casos, a histerossalpingografia.

A anamnese e o exame físico são realizados no próprio consultório e têm o objetivo de já direcionar a pesquisa da infertilidade feminina.

O exame de sangue avalia a dosagem dos principais hormônios ligados à infertilidade, como o FSH, LH, estradiol e progesterona. A ultrassonografia é indicada para avaliar se existem problemas que podem estar relacionados a alterações no útero e nos ovários. As mais comuns são miomas, pólipos, cistos, tumores e endometriose.

Outro exame que pode ser solicitado é a histerossalpingografia, que avalia o útero e as tubas uterinas. Ele é um teste radiológico com a utilização de contraste para detectar alguma anormalidade anatômica ou obstrução.

Caso seja necessário, exames complementares podem ser pedidos. A partir dos resultados, o médico poderá indicar o melhor tratamento.

Quais são os tratamentos disponíveis?

Entre os tratamentos para a infertilidade, as técnicas de reprodução assistida dão uma possibilidade importante para aumentar as chances de o casal conceber um filho. As pricipais são a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV).

A dificuldade de engravidar atinge muitas mulheres, ocasionando problemas de ansiedade, angústia e estresse. Por isso, busque ajuda especializada o quanto antes para diagnosticar e iniciar o tratamento da infertilidade feminina.

Para saber mais sobre o assunto, acesse o nosso conteúdo especial.

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