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O que é estimulação ovariana?

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O sistema reprodutor feminino é formado pelos ovários, tubas uterinas e útero. O funcionamento correto de todos é fundamental para a gravidez ser bem-sucedida.

Os ovários são responsáveis pela produção dos hormônios femininos estrogênio e progesterona e pela liberação de um óvulo a cada ciclo menstrual, captado pela tubas uterinas que sediam a fecundação, união entre óvulo e espermatozoide para gerar uma nova vida.

Além de serem responsáveis pela fecundação, as tubas uterinas garantem o transporte dos espermatozoides e do embrião formado até o útero para se implantar no endométrio, camada de revestimento interno, e dar início à gestação. O útero vai abrigar o futuro bebê até o nascimento.

Os ciclos reprodutivos têm início na puberdade e se encerram na menopausa. São divididos em três fases e preparam o corpo para uma possível gravidez. Para que ocorra a fecundação, por exemplo, vários folículos são recrutados, um deles se destaca durante o desenvolvimento, amadurece e rompe liberando o óvulo para ser fecundado pelo espermatozoide.

No entanto, diferentes condições podem causar alterações nesse processo, resultando em distúrbios de ovulação, causa comum de infertilidade feminina. A estimulação ovariana, primeira etapa de todas as técnicas de reprodução assistida, é fundamental para contornar esses problemas e aumentar as chances de engravidar.

Continue a leitura até o final e entenda em detalhes o que é a estimulação ovariana, como é realizada e sua importância nos tratamentos de reprodução assistida, uma das principais alternativas quando há dificuldades reprodutivas. Confira!

Ciclo menstrual e estimulação ovariana

Ao nascer, a mulher já conta com todos os folículos que, ao longo dos ciclos menstruais, desenvolvem e amadurecem para liberar os óvulos que armazenam. Dessa forma, a mulher nasce já com sua reserva ovariana.

O ciclo menstrual ou reprodutivo inicia com a menstruação, quando o hipotálamo secreta o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) de forma pulsátil, para estimular a hipófise a liberar o hormônio o hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) na fase chamada folicular.

O FSH atua no recrutamento e desenvolvimento dos folículos ovarianos, enquanto o LH os induz ao amadurecimento. Os folículos em desenvolvimento passam a secretar estrogênio, que por sua vez atua inicia o preparo do endométrio, tornando-o mais espesso para receber um possível embrião.

Na segunda fase, chamada ovulatória, ocorre um pico desses hormônios, o que leva o folículo ao rompimento para liberação do óvulo. O folículo rompido se transforma então em corpo lúteo, uma glândula endócrina temporária que passa a secretar progesterona na terceira fase, chama lútea.

A progesterona é o hormônio feminino responsável pelo preparo final do endométrio, tornando-o receptivo para a implantação do embrião ser bem-sucedida. Se não houver fecundação, o corpo lúteo degenera, os níveis hormonais diminuem e o endométrio descama, originando a menstruação e um novo ciclo menstrual.

A ovulação marca o período fértil da mulher, momento em que a fecundação pode ocorrer. Após tentativas malsucedidas de engravidar durante um ano sem o uso de nenhum método contraceptivo para mulheres de até 35 anos e durante seis meses acima dessa idade, o quadro é de infertilidade e um especialista deve ser consultado para investigar o problema.

Diferentes doenças femininas podem resultar em problemas de ovulação, a mais comum delas é a síndrome dos ovários policísticos (SOP), doença caracterizada pelo aumento dos hormônios andrógenos que pode resultar em anovulação crônica, ou ausência de ovulação em estágios mais graves, e oligovulação, ovulação irregular, nos iniciais.

No entanto, além da SOP, outras condições também podem causar desequilíbrios hormonais e provocar o problema. Por isso, para definir o melhor tratamento a fertilidade da mulher é investigada por diferentes exames.

E estimulação ovariana é um procedimento realizado com medicamentos hormonais em todas as técnicas de reprodução assistida, consideradas o tratamento padrão para infertilidade feminina ou masculina, que tem como objetivo estimular o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos ovarianos.

Entenda como a estimulação ovariana é realizada

Atualmente, as principais técnicas de reprodução assistida são a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV), divididas em dois grupos de acordo com a complexidade.

A RSP e IA são consideradas de baixa complexidade, pois a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas, enquanto na FIV, de alta complexidade, acontece em laboratório. A estimulação ovariana é a primeira etapa de todas elas, entenda como é realizada nas técnicas de baixa e alta complexidade:

Estimulação ovariana nas técnicas de baixa complexidade

Na RSP e na IA a estimulação ovariana tem como objetivo o desenvolvimento e amadurecimento de até 3 folículos maduros, aumentando, dessa forma, as chances de um deles ovular. Por isso, as dosagens hormonais utilizadas são mais baixas.

O tratamento inicia no primeiro dia da menstruação e o desenvolvimento dos folículos é acompanhado periodicamente por exames de ultrassonografia transvaginal, que indicam o momento em que os folículos atingem o tamanho ideal para induzi-los por novos medicamentos hormonais ao amadurecimento final e ovulação, que ocorre em aproximadamente 36 horas.

Na RSP, após a administração dos medicamentos indutores a relação sexual é programada, enquanto na IA, os espermatozoides do parceiro são selecionados pelo preparo seminal e inseridos no útero durante esse período, o mais fértil da mulher.

Estimulação ovariana na FIV, técnica de alta complexidade

Na FIV, o procedimento tem alguns diferenciais. As dosagens dos medicamentos hormonais são mais altas para obter até 10 óvulos maduros, uma vez que a fecundação é realizada em laboratório.

Após a administração dos medicamentos indutores os folículos maduros são coletados por aspiração folicular e os óvulos extraídos em laboratório, quando os melhores são selecionados para a fecundação. Os embriões formados são então cultivados por alguns dias e transferidos ao útero materno.

A estimulação ovariana, portanto, é um procedimento fundamental para aumentar as chances de gravidez em todas as técnicas de reprodução assistida, garantindo, assim, o sucesso dos tratamentos. Siga o link para saber mais! ciclo a fim de potencializar as chances de uma gravidez.

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