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Casais homoafetivos femininos: como ter filhos com auxílio da reprodução assistida?

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O modelo familiar considerado padrão durante o século XX, composto por pai, mãe e filhos sofreu mudanças. O conceito de família tornou-se mais amplo e inclusivo, podendo designar mães e pais solteiros e casais homoafetivos femininos e masculinos.

Se antigamente a parentalidade parecia restrita, o desenvolvimento das técnicas de reprodução assistida representou uma transformação não somente para casais inférteis, mas também para casais homoafetivos e pessoas solteiras. A principal vantagem é permitir ter filhos biológicos.

Vou mostrar neste texto como as técnicas de reprodução assistida estão à disposição dos casais homoafetivos para o planejamento familiar. Continue a leitura para saber mais!

Casais homoafetivos e as técnicas de reprodução assistida

Há pouco mais de duas décadas, casais homoafetivos femininos e masculinos que desejavam ter filhos não tinham a possibilidade de realizar esse sonho.

No entanto, o século XXI representou uma mudança na forma como esses casais são tratados perante a lei, por meio do reconhecimento legal da união entre homoafetivos em vários países ao redor do mundo.

O reconhecimento legal trouxe a possibilidade de buscar a parentalidade conjunta. No Brasil, desde 2013 casais homoafetivos podem gerar seus próprios filhos com o auxílio de técnicas de reprodução assistida e regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Atualmente, a técnica mais indicada para esses casos é a fertilização in vitro (FIV). O primeiro registro de FIV com sucesso aconteceu em 1978, na Inglaterra, e hoje já são milhões de pessoas nascidas com o auxílio da técnica. Os casais homoafetivos femininos podem utilizar ainda a inseminação artificial (IA), dependendo das condições da mulher que vai passar pela gestação.

A legislação que regula essa permissão inclui também algumas condições que precisam ser atendidas para a autorização do uso dessas técnicas. Entre elas o fato de não poder haver nenhum caráter comercial para utilização de gametas doados (espermatozoides e óvulos) ou do útero de substituição.

Dessa forma, casais homoafetivos femininos e masculinos que desejam ter filhos podem utilizar a reprodução assistida a fim de realizar o desejo da parentalidade. A técnica escolhida para os casais femininos vai depender da avaliação médica e do desejo das futuras mães.

FIV para casais homoafetivos femininos

A FIV, nos casos de união entre mulheres é mais simples do que na união de homens, pois só é necessária a doação de sêmen. No caso dos homens, são necessários os óvulos e o útero.

Normalmente, as mulheres optam pela gestação compartilhada. O óvulo é coletado de uma das parceiras e após a fecundação o embrião é transferido ao útero da outra para que ambas possam, de alguma forma, participar do processo de gestação.

A mulher que vais fornecer os óvulos é então submetida à estimulação ovariana, como normalmente ocorre na FIV. O crescimento dos folículos é monitorado por ultrassonografia. Quando eles atingem o tamanho ideal é feita a indução hormonal da ovulação.

Pouco antes da ovulação é realizada a aspiração folicular. O procedimento acontece em ambiente ambulatorial, não precisando de internação, com a mulher sob sedação, sendo, portanto, necessário apenas um tempo de repouso após. Prevê a coleta individual dos folículos maduros para posterior remoção e seleção dos óvulos em laboratório.

A fertilização ou fecundação é feita in vitro, ou seja, em ambiente laboratorial. Os embriões se desenvolvem em um meio de cultura adequado durante de 3 a 6 dias. Em seguida, são transferidos ao útero da mulher que vai gerar o bebê e alguns dias depois o exame de gravidez deve ser feito para confirmar se o ciclo foi bem-sucedido.

Na gestação compartilhada, portanto, o casal homoafetivo feminino usa o óvulo de uma das parceiras e o útero da outra.

O doador de sêmen, por outro lado, pode ser selecionado em bancos especializados ou na própria clínica de reprodução assistida, de acordo com as características biológicas do casal. As amostras são submetidas ao preparo seminal, técnica que possibilita a seleção dos melhores espermatozoides para fecundação.

IA para casais homoafetivos femininos

A IA, por outro lado, não permite a gestação compartilhada. Assim, uma parceiras deve ser selecionada para vivenciar todo o processo de gestação. Ela também passa pela estimulação ovariana, assim como os espermatozoides do doador são selecionados pelo preparo seminal. Porém, após a seleção os melhores são depositados no útero durante o período fértil para que a fecundação aconteça naturalmente.

Taxas de sucesso

Na IA a idade da mulher é um dos principais fatores prognósticos, uma vez que há um declí­nio mais acentuado da fer­ti­li­da­de a par­tir dos 35 anos, quando ocorre uma redução significativa do número e da qualidade dos óvulos.

Por isso, geralmente é indicada no máximo até essa idade, da mesma forma que as tubas uterinas devem estar permeáveis, sem nenhuma obstrução, já que a fecundação acontece naturalmente.

Quando o casal cumpre esses critérios as chances de sucesso da IA acompanham as da gestação natural: 20% por ciclo de tratamento.

Já a FIV, indicada também para mulheres acima de 36 anos ou com fatores de infertilidade como obstrução tubária, além de possibilitar a gravidez compartilhada possui os percentuais mais altos da reprodução assistida: em média 40% a cada ciclo.

Casais homoafetivos femininos que desejam ter filhos podem recorrer às técnicas de reprodução assistida para realizar esse sonho, sendo a FIV a mais recomendada, embora a inseminação artificial (IA) também seja uma possibilidade. Toque aqui para saber mais!

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